Auriculoterapia e a síndrome de Burnout em enfermeiras da atenção primária à saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Cleyton Cézar Souto
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26221
Resumo: A auriculoterapia utiliza pontos energéticos específicos da orelha para tratar várias desordens do corpo. A Síndrome de Burnout é uma resposta ao estresse crônico e apresenta três dimensões: exaustão emocional, desumanização e decepção com o trabalho. O objetivo do estudo é analisar a utilização da auriculoterapia no enfrentamento e controle da SB em enfermeiras da Atenção Primária em Saúde. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento quase-experimental do tipo pré-teste e pós-teste. Foi desenvolvido nas unidades da APS do município de Natal, RN. A amostra não-probabilística acidental foi composta por 75 enfermeiras diagnosticadas com a doença em níveis leve, moderado e grave através da Escala de Caracterização do Burnout. O cortisol salivar foi coletado em todas as enfermeiras para comparação da concentração antes e após a aplicação da auriculoterapia nas trabalhadoras identificadas com a síndrome, sendo a dosagem do hormônio realizada pela técnica de ELISA competitiva. Doze sessões foram realizadas e o pontos utilizados foram: de ação específica (ansiedade), da Medicina Tradicional Chinesa (fígado, baço/pâncreas e coração), do sistema nervoso (Shem Men e simpático) e do sistema endócrino (suprarrenal). Obteve-se parecer favorável junto ao Comitê de Ética em Pesquisa, CEP/UFRN, protocolo nº 2.444.525, e cadastro na plataforma de Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos sob o número RBR-4xbqbw. Os dados foram coletados de janeiro a junho de 2017 através de um questionário sociodemográfico e ocupacional, da Escala de Caracterização do Burnout e do cortisol salivar pelo dispositivo SalivetteMR. Foram utilizadas técnicas de estatística descritiva com medidas de frequência para variáveis categóricas. Na análise inferencial foi utilizado o teste Qui quadrado para verificação da associação entre as variáveis categóricas estado civil, filhos e formação. Posteriormente foi testada a normalidade dos dados para as variáveis numéricas por meio do teste Kolmogorov Smirnov, utilizado o teste T Student, teste de Mann-Whitney e a análise de variância para comparação entre os grupos. Todas as dimensões da ECB apresentaram valores de Alfa acima de 0,70: Exaustão=0,943; Desumanização=0,824; Decepção no trabalho 0,738. As enfermeiras apresentaram frequência percentual moderada de exaustão emocional (74,7%), acompanhadas de leve desumanização (81,3%) e leve decepção no trabalho (60%). A prevalência da Síndrome de Burnout em níveis foi: grave (n=2), moderado (n=5) e leve (n=64). Apenas quatro enfermeiras não apresentaram a doença. As correlações entre as variáveis sóciodemográficas e ocupacionais demostraram significância estatística fraca para as correlações negativas entre exaustão e o tempo de serviço; e entre decepção e o tempo de serviço; e correlações positivas fracas entre desumanização com exaustão e decepção; e entre decepção com exaustão, além de uma forte tendência estatística para a correlação positiva entre a decepção e a idade. Os testes de comparação entre as dimensões da doença e as variáveis ocupacionais mostraram que a exaustão emocional e a decepção com trabalho possuem relação com o tempo de serviço (menos de 8 anos) e entre a exaustão emocional com relação à carga horária de trabalho (jornada de 40h semanais). A análise de variância entre as dimensões da escala revelou diferença estatisticamente significativa entre todas as dimensões da doença. A comparação do cortisol salivar dentro dos grupos (Burnout leve, moderado, grave e sem a doença) entre os turnos de coleta (manhã e tarde) mostrou significância estatística entre os grupos da Síndrome de Burnout leve, grave e sem a doença. Não houve associação significativa entre as concentrações de cortisol salivar e as variáveis tempo de serviço e carga horária de trabalho. Comparando-se a concentração do cortisol salivar (manhã e noite) antes e após a intervenção observou-se uma redução significativa nas enfermeiras que realizaram a terapia e que possuíam a doença em seu nível grave. Conclui-se que a Síndrome de Burnout possui associação com tempo de serviço menor de 8 anos e jornada de trabalho de 40h semanais e que a auriculoterapia reverteu sintomas físicos e mentais reduzindo a concentração do cortisol salivar das enfermeiras com nível moderado e grave da doença.
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Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa e delineamento quase-experimental do tipo pré-teste e pós-teste. Foi desenvolvido nas unidades da APS do município de Natal, RN. A amostra não-probabilística acidental foi composta por 75 enfermeiras diagnosticadas com a doença em níveis leve, moderado e grave através da Escala de Caracterização do Burnout. O cortisol salivar foi coletado em todas as enfermeiras para comparação da concentração antes e após a aplicação da auriculoterapia nas trabalhadoras identificadas com a síndrome, sendo a dosagem do hormônio realizada pela técnica de ELISA competitiva. Doze sessões foram realizadas e o pontos utilizados foram: de ação específica (ansiedade), da Medicina Tradicional Chinesa (fígado, baço/pâncreas e coração), do sistema nervoso (Shem Men e simpático) e do sistema endócrino (suprarrenal). Obteve-se parecer favorável junto ao Comitê de Ética em Pesquisa, CEP/UFRN, protocolo nº 2.444.525, e cadastro na plataforma de Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos sob o número RBR-4xbqbw. Os dados foram coletados de janeiro a junho de 2017 através de um questionário sociodemográfico e ocupacional, da Escala de Caracterização do Burnout e do cortisol salivar pelo dispositivo SalivetteMR. Foram utilizadas técnicas de estatística descritiva com medidas de frequência para variáveis categóricas. Na análise inferencial foi utilizado o teste Qui quadrado para verificação da associação entre as variáveis categóricas estado civil, filhos e formação. Posteriormente foi testada a normalidade dos dados para as variáveis numéricas por meio do teste Kolmogorov Smirnov, utilizado o teste T Student, teste de Mann-Whitney e a análise de variância para comparação entre os grupos. Todas as dimensões da ECB apresentaram valores de Alfa acima de 0,70: Exaustão=0,943; Desumanização=0,824; Decepção no trabalho 0,738. As enfermeiras apresentaram frequência percentual moderada de exaustão emocional (74,7%), acompanhadas de leve desumanização (81,3%) e leve decepção no trabalho (60%). A prevalência da Síndrome de Burnout em níveis foi: grave (n=2), moderado (n=5) e leve (n=64). Apenas quatro enfermeiras não apresentaram a doença. As correlações entre as variáveis sóciodemográficas e ocupacionais demostraram significância estatística fraca para as correlações negativas entre exaustão e o tempo de serviço; e entre decepção e o tempo de serviço; e correlações positivas fracas entre desumanização com exaustão e decepção; e entre decepção com exaustão, além de uma forte tendência estatística para a correlação positiva entre a decepção e a idade. Os testes de comparação entre as dimensões da doença e as variáveis ocupacionais mostraram que a exaustão emocional e a decepção com trabalho possuem relação com o tempo de serviço (menos de 8 anos) e entre a exaustão emocional com relação à carga horária de trabalho (jornada de 40h semanais). A análise de variância entre as dimensões da escala revelou diferença estatisticamente significativa entre todas as dimensões da doença. A comparação do cortisol salivar dentro dos grupos (Burnout leve, moderado, grave e sem a doença) entre os turnos de coleta (manhã e tarde) mostrou significância estatística entre os grupos da Síndrome de Burnout leve, grave e sem a doença. Não houve associação significativa entre as concentrações de cortisol salivar e as variáveis tempo de serviço e carga horária de trabalho. Comparando-se a concentração do cortisol salivar (manhã e noite) antes e após a intervenção observou-se uma redução significativa nas enfermeiras que realizaram a terapia e que possuíam a doença em seu nível grave. Conclui-se que a Síndrome de Burnout possui associação com tempo de serviço menor de 8 anos e jornada de trabalho de 40h semanais e que a auriculoterapia reverteu sintomas físicos e mentais reduzindo a concentração do cortisol salivar das enfermeiras com nível moderado e grave da doença.Auriculotherapy uses specific ear points to treat various body disorders. Burnout Syndrome is a response to chronic stress and has three dimensions: emotional exhaustion, dehumanization and disappointment with work. The aim of the study is to analyze the application of auriculotherapy in coping with and controlling the Burnout Syndrome in Primary Health Care nurses. This is a descriptive study, with a quantitative approach and quasi-experimental design, of pre-test and post-test types. It was carried out in the Primary Health Care units of the municipality of Natal, RN. The non-probabilistic sample consisted of 75 nurses diagnosed with the disease at mild, moderate and severe levels by the Burnout Characterization Scale. Salivary cortisol was collected in all nurses to compare the concentration before and after auriculotherapy in the workers identified with the syndrome, and the hormone dosage was performed using the competitive ELISA technique. Twelve sessions were performed and the points used were: specific action (anxiety), Traditional Chinese Medicine (liver, spleen/pancreas and heart), nervous system (Shem Men and sympathetic) and endocrine system (adrenal). A favorable technical advice was obtained from the Research Ethics Committee (CEP/UFRN), protocol no. 2.444.525, and registered on the platform of the Brazilian Registry of Clinical Trials under the number RBR-4xbqbw. Data were collected from January to June of 2017 through a sociodemographic and occupational questionnaire, BCS and salivary cortisol by the Salivette™ device. Descriptive statistics techniques were used with frequency measures for categorical variables. In the inferential analysis, the ChiSquare test was used to verify the association between categorical variables: marital status, children and professional qualification. Subsequently, the normality of the data for the numerical variables was tested using the Kolmogorov Smirnov test, the Student's t test, the Mann-Whitney test and analysis of variance were used to compare the groups. All dimensions of Burnout Characterization Scale presented alpha values above 0.70: exhaustion = 0.943; dehumanization = 0.824; disappointment at work 0.738. Primary Health Care nurses had a moderate percentage of emotional exhaustion (74.7%), accompanied by mild dehumanization (81.3%) and slight disappointment at work (60%). The prevalence of Burnout Syndrome at levels was: severe (n = 2), moderate (n = 5) and mild (n = 64). Only four nurses did not present the disease. Correlations between socio-demographic and occupational variables showed weak statistical significance for the negative correlations between exhaustion and length of service; and between disappointment and length of service; and weak positive correlations between dehumanization with exhaustion and deception; and between deception and exhaustion, as well as a strong statistical tendency for the positive correlation between disappointment and age. Analysis of variance between Burnout Characterization Scale dimensions revealed a statistically significant difference between all dimensions of the disease. Comparison of salivary cortisol within the groups (mild, moderate, severe, and nonsickness Burnout) between collection shifts (morning and afternoon) showed statistical significance among the groups of mild, severe and non-disease Burnout Syndrome. There was no significant association between salivary cortisol concentrations and the variables time of service and workload. Comparing the concentration of salivary cortisol (morning and evening) before and after the intervention, there was a significant reduction in the nurses who performed the therapy and who had the disease at a severe level. In conclusion, Burnout Syndrome is associated with service time of less than 8 years and 40-hour workweek and auriculartherapy reversed physical and mental symptoms in reducing the salivary cortisol concentration in nurses with a serious and average disease level.porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ENFERMAGEMSíndrome de BurnoutAuriculoterapiaEnfermagemHidrocortisolAtenção primária à saúdeAuriculoterapia e a síndrome de Burnout em enfermeiras da atenção primária à saúdeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEMUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALAuriculoterapiasíndromeBurnout_Silva_2018.pdfapplication/pdf3358182https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26221/1/Auriculoterapias%c3%adndromeBurnout_Silva_2018.pdff5f2be5d7773704f226ff4998d899bcdMD51TEXTAuriculoterapiasíndromeBurnout_Silva_2018.pdf.txtAuriculoterapiasíndromeBurnout_Silva_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain224052https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26221/2/Auriculoterapias%c3%adndromeBurnout_Silva_2018.pdf.txt27adee21b65cb0889cdc19b8fd9f7518MD52THUMBNAILAuriculoterapiasíndromeBurnout_Silva_2018.pdf.jpgAuriculoterapiasíndromeBurnout_Silva_2018.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3074https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26221/3/Auriculoterapias%c3%adndromeBurnout_Silva_2018.pdf.jpg9f66d6758d9681bc95456beee024b746MD53123456789/262212019-01-29 20:06:28.83oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/26221Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-29T23:06:28Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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