Estudo tectonossedimentar da porção emersa da Bacia de Barreirinhas com base em dados geofísicos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida Júnior, Miguel Maestu
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34354
Resumo: A Bacia de Barreirinhas encontra-se inserida na Margem Equatorial Brasileira, sendo formada no âmbito da abertura do Atlântico Equatorial no Cretaceo Inferior. Sua origem se deu por meio de um regime tectônico misto, retratado por esforços distensionais, responsáveis pela separação do supercontinente Gondwana durante o Mesozoico, e cisalhantes, com influência direta da Zona de Fratura Romanche. Seu início exploratório deu-se pela influência do petróleo na década de 1960, porém devido ao fato deste ocorrer de forma insatisfatória a bacia permaneceu estigmatizada, sendo seus estudos retomados recentemente com a descoberta de indícios promissores de óleo e gás na sua margem conjungada na África, no Campo Petrolífero de Jubilee. Este estudo visa a construção de modelos geofísicos e geológicos, que representem de forma fiel a arquitetura interna e o preenchimento sedimentar da porção emersa da Bacia de Barreirinhas. Para isto, realizou-se a interpretação de duas seções sísmicas 2D em conjunto com informações de cinco perfis geofísicos de poços e de dados gravimétricos. As seções sísmicas estão dispostas perperdicularmente entre si e orientadas em direções WNW-ESE e NNE-SSW, estando localizadas no segmento central da bacia, ao norte da Zona de Falhas de Sobradinho e ao sul da linha de costa. A utilização dos atributos sísmicos promoveu um realce significativo tanto nos horizontes sismoestratigráficos, quanto nas feições estruturais, evidenciando, dessa maneira, o predomínio de falhas lístricas de rejeito normal na sequência rifte e a cinemática transtesional de ocorrência posterior, associada à uma movimentação dextral durante a separação da América do Sul e África. Em relação aos dados gravimétricos, a análise qualitativa das suas anomalias permitiu a subdivisão da área de estudo em três principais domínios: D1, D2 e D3, associados geologicamente a intercalações de rochas meta-vulcano-sedimentares e gnaisses ortoderivados, à geometria interna da bacia e à ascensão da Moho em direção à linha de costa. A interpretação quantitativa dos dados gravimétricos, vinculada aos dados sísmicos previamente analisados, permitiu delimitar em subsuperfície quatro unidades, sendo associadas à supersequência Rifte e Drifte e blocos crustais de alta e baixa densidade. A integração das informações geofísicas possibilitou a construção de um modelo geológico simplificado da porção emersa da bacia, como também a inferência de uma geometria do tipo Pinch out para os depocentros.
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Seu início exploratório deu-se pela influência do petróleo na década de 1960, porém devido ao fato deste ocorrer de forma insatisfatória a bacia permaneceu estigmatizada, sendo seus estudos retomados recentemente com a descoberta de indícios promissores de óleo e gás na sua margem conjungada na África, no Campo Petrolífero de Jubilee. Este estudo visa a construção de modelos geofísicos e geológicos, que representem de forma fiel a arquitetura interna e o preenchimento sedimentar da porção emersa da Bacia de Barreirinhas. Para isto, realizou-se a interpretação de duas seções sísmicas 2D em conjunto com informações de cinco perfis geofísicos de poços e de dados gravimétricos. As seções sísmicas estão dispostas perperdicularmente entre si e orientadas em direções WNW-ESE e NNE-SSW, estando localizadas no segmento central da bacia, ao norte da Zona de Falhas de Sobradinho e ao sul da linha de costa. A utilização dos atributos sísmicos promoveu um realce significativo tanto nos horizontes sismoestratigráficos, quanto nas feições estruturais, evidenciando, dessa maneira, o predomínio de falhas lístricas de rejeito normal na sequência rifte e a cinemática transtesional de ocorrência posterior, associada à uma movimentação dextral durante a separação da América do Sul e África. Em relação aos dados gravimétricos, a análise qualitativa das suas anomalias permitiu a subdivisão da área de estudo em três principais domínios: D1, D2 e D3, associados geologicamente a intercalações de rochas meta-vulcano-sedimentares e gnaisses ortoderivados, à geometria interna da bacia e à ascensão da Moho em direção à linha de costa. A interpretação quantitativa dos dados gravimétricos, vinculada aos dados sísmicos previamente analisados, permitiu delimitar em subsuperfície quatro unidades, sendo associadas à supersequência Rifte e Drifte e blocos crustais de alta e baixa densidade. A integração das informações geofísicas possibilitou a construção de um modelo geológico simplificado da porção emersa da bacia, como também a inferência de uma geometria do tipo Pinch out para os depocentros.The Barreirinhas Basin is located in the Brazilian Equatorial Margin. It was formed during the opening of the Equatorial Atlantic in the Lower Cretaceous. The Basin was genereted by a combined tectonic regime which are distension, responsible for the separation of the supercontinent Gondwana during the Mesozoic, and shearering strain, influenced by the Romanche Fracture zone. Barreirinhas basin had its exploratory beginning occurred in the 1960s, but due to the fact that this occurs unsatisfactorily the basin remained stigmatized. Its studies have recently been resumed with the discovery of promising indication of oil and gas in its conjugated margin in Africa, in the Oil Field of Jubilee. This study purpuses at the construction of reliable geophysical and geological models, which represent the internal architecture and the sedimentary filling of the emerged portion of the Barreirinhas Basin. For this, the interpretation of two 2D seismic sections was integrated with information from five of geophysical profiles of wells and gravimetric data. The seismic sections are arranged perpendicular to each other and oriented in WNW-ESE and NNE-SSW directions, being located in the central segment of the basin, north of the Sobradinho Fault Zone and south of the coastline. The use of seismic attributes provided a significant highlight in both the seismic and the structural features, thus evidencing the predominance of listric normal faults in the rifte sequence and a later occurrence of trantensional kinematics, associated with a dextral movement during separation of South America and Africa. In relation to the gravimetric data, the qualitative analysis of its anomalies allowed the subdivision of the study area into three main domains: D1, D2 and D3, it is associated to intercalations of meta-vulcano-sedimentary rocks and ortho-derivative gneisses, to the internal geometry of the basin and the Moho Rise toward the coastline. The quantitative interpretation of the gravimetric data, linked to the seismic data previously analyzed, allowed to delimit in four subsurface units, being associated to the Rifte and Drifte supersequence and crustal blocks of high and low density. The integration of the geophysical information made possible the construction of a simplified geological model of the emersed portion of the basin, as well as the inference of a Pinch out type geometry for the depocenters.Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilGeofísicaAtributos SísmicosSeismic AttributesModelagem Gravimétrica 2D2D Gravity ModelingBacia de BarreirinhasZona de Falhas de SobradinhoZona de Fratura RomancheEstudo tectonossedimentar da porção emersa da Bacia de Barreirinhas com base em dados geofísicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTEstudoTectonossedimentar_AlmeidaJunior_2018.pdf.txtExtracted texttext/plain141006https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34354/1/EstudoTectonossedimentar_AlmeidaJunior_2018.pdf.txt2c5e8a8d901e67d63dc02ffd0e83beb6MD51ORIGINALEstudoTectonossedimentar_AlmeidaJunior_2018.pdfapplication/pdf5218405https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34354/2/EstudoTectonossedimentar_AlmeidaJunior_2018.pdf5b5d966517a4ff0a68e6ced55d67cbbcMD52CC-LICENSElicense_rdfapplication/octet-stream701https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34354/3/license_rdf42fd4ad1e89814f5e4a476b409eb708cMD53LICENSElicense.txttext/plain714https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/34354/4/license.txt7278bab9c5c886812fa7d225dc807888MD54123456789/343542023-02-23 16:14:54.829oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/34354PGNlbnRlcj48c3Ryb25nPkZFREVSQUwgVU5JVkVSU0lUWSBPRiBSSU8gR1JBTkRFIERPIE5PUlRFPC9zdHJvbmc+PC9jZW50ZXI+CjxjZW50ZXI+PHN0cm9uZz5ESUdJVEFMIE1PTk9HUkFQSFMgTElCUkFSWTwvc3Ryb25nPjwvY2VudGVyPgoKPGNlbnRlcj5BdXRob3JpemF0aW9uIFRlcm0gZm9yIHRoZSBhdmFpbGFiaWxpdHkgb2YgTW9ub2dyYXBocyBmb3IgVW5kZXJncmFkdWF0ZSBhbmQgU3BlY2lhbGl6YXRpb24gaW4gdGhlIERpZ2l0YWwgTGlicmFyeSBvZiBNb25vZ3JhcGhzIChCRE0pPC9jZW50ZXI+CgpBcyB0aGUgY29weXJpZ2h0IG93bmVyIG9mIHRoZSBtb25vZ3JhcGgsIEkgYXV0aG9yaXplIHRoZSBGZWRlcmFsIFVuaXZlcnNpdHkgb2YgUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSAoVUZSTikgdG8gbWFrZSBhdmFpbGFibGUgdGhyb3VnaCB0aGUgRGlnaXRhbCBMaWJyYXJ5IG9mIE1vbm9ncmFwaHMgb2YgVUZSTiwgd2l0aG91dCByZWltYnVyc2VtZW50IG9mIGNvcHlyaWdodCwgYWNjb3JkaW5nIHRvIExhdyA5NjEwLzk4ICwgdGhlIGZ1bGwgdGV4dCBvZiB0aGUgd29yayBzdWJtaXR0ZWQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHJlYWRpbmcsIHByaW50aW5nIGFuZCAvIG9yIGRvd25sb2FkaW5nLCBhcyBhIG1lYW5zIG9mIGRpc3NlbWluYXRpbmcgQnJhemlsaWFuIHNjaWVudGlmaWMgcHJvZHVjdGlvbiwgYXMgb2YgdGhlIGRhdGUgb2Ygc3VibWlzc2lvbi4KRepositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-02-23T19:14:54Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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