Caracterização da comunidade bentônica do recife raso de Pirangi/RN, Brasil, e avaliação do seu processo de estruturação sob impacto de pisoteio
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19454 |
Resumo: | Ambientes recifais sofrem com os impactos do pisoteio humano, prejudicial à estrutura da comunidade bentônica. Esse trabalho objetivou 1) caracterizar a comunidade bentônica no recife de Pirangi/RN, identificando padrões de zonação, e 2) avaliar o seu processo de estruturação sob diferentes graus de pisoteio. Foram coletados dados de abundância dos organismos, porcentagem de cobertura do substrato e parâmetros físico-químicos. Para responder ao primeiro objetivo, foram amostradas estações com diferentes tempos de exposição. Verificou-se a formação de duas zonas: uma abrangendo áreas submersas e de menor tempo de exposição, de menor rugosidade e maior heterogeneidade na cobertura de substrato, relacionada a organismos como gastrópodes, caranguejos e ouriço-do-mar; a segunda zona compreende áreas de maior tempo de exposição, maior rugosidade e predomínio de substrato rochoso, associada à organismos como cracas, gastrópodes, bivalves e caranguejos. Conclui-se que o recife apresenta padrão próprio de zonação, influenciado tanto pelo tempo de emersão quanto por características do substrato. Para o segundo objetivo deste trabalho, foram montados experimentos nas áreas com diferentes intensidades de pisoteio, contendo os tratamentos: controle (isolado de pisoteio), isolado raspado, pisoteio e pisoteio raspado. Dados de abundância, índices de diversidade e cobertura viva foram comparados e os resultados mostraram que não houve diferença na estrutura da comunidade dos tratamentos raspados, porém, a fauna raspada desses tratamentos apresentou uma abundância de organismos menor na área de pisoteio intermediário. Entre os tratamentos não raspados, observou-se uma maior abundância da fauna móvel e riqueza da cobertura viva na área de impacto elevado, enquanto a área de pisoteio intermediário apresentou uma maior porcentagem de cobertura viva. As áreas controle iniciais e finais diferiram apenas quanto à porcentagem de cobertura viva. As áreas que foram raspadas e isoladas não diferiram do tratamento pisoteio ao término do experimento. Sugere-se que a atividade de pisoteio em Pirangi seja descentralizada. |
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Barboza, Alina Rocha Pireshttp://lattes.cnpq.br/2727127676037650http://lattes.cnpq.br/1003039770050759Aguiar, Aline Augustohttp://lattes.cnpq.br/8774102394700819Ganade, Gislene Maria da Silvahttp://lattes.cnpq.br/3024078007563102Rosso, Sérgiohttp://lattes.cnpq.br/07714495155572572015-12-10T20:32:35Z2015-12-10T20:32:35Z2014-04-30BARBOZA, Alina Rocha Pires. Caracterização da comunidade bentônica do recife raso de Pirangi/RN, Brasil, e avaliação do seu processo de estruturação sob impacto de pisoteio. 2014. 80f. Dissertação (Mestrado em Ecologia) - Centro de Biociências, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2014.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/19454Ambientes recifais sofrem com os impactos do pisoteio humano, prejudicial à estrutura da comunidade bentônica. Esse trabalho objetivou 1) caracterizar a comunidade bentônica no recife de Pirangi/RN, identificando padrões de zonação, e 2) avaliar o seu processo de estruturação sob diferentes graus de pisoteio. Foram coletados dados de abundância dos organismos, porcentagem de cobertura do substrato e parâmetros físico-químicos. Para responder ao primeiro objetivo, foram amostradas estações com diferentes tempos de exposição. Verificou-se a formação de duas zonas: uma abrangendo áreas submersas e de menor tempo de exposição, de menor rugosidade e maior heterogeneidade na cobertura de substrato, relacionada a organismos como gastrópodes, caranguejos e ouriço-do-mar; a segunda zona compreende áreas de maior tempo de exposição, maior rugosidade e predomínio de substrato rochoso, associada à organismos como cracas, gastrópodes, bivalves e caranguejos. Conclui-se que o recife apresenta padrão próprio de zonação, influenciado tanto pelo tempo de emersão quanto por características do substrato. Para o segundo objetivo deste trabalho, foram montados experimentos nas áreas com diferentes intensidades de pisoteio, contendo os tratamentos: controle (isolado de pisoteio), isolado raspado, pisoteio e pisoteio raspado. Dados de abundância, índices de diversidade e cobertura viva foram comparados e os resultados mostraram que não houve diferença na estrutura da comunidade dos tratamentos raspados, porém, a fauna raspada desses tratamentos apresentou uma abundância de organismos menor na área de pisoteio intermediário. Entre os tratamentos não raspados, observou-se uma maior abundância da fauna móvel e riqueza da cobertura viva na área de impacto elevado, enquanto a área de pisoteio intermediário apresentou uma maior porcentagem de cobertura viva. As áreas controle iniciais e finais diferiram apenas quanto à porcentagem de cobertura viva. As áreas que foram raspadas e isoladas não diferiram do tratamento pisoteio ao término do experimento. Sugere-se que a atividade de pisoteio em Pirangi seja descentralizada.Despite being areas of socioeconomic and ecological importance, the reef environments in northeastern Brazil have been suffering with cluttered tourism impacts, such as trampling, activity that leads to decrease in abundance of organisms, especially benthic, and loss of biodiversity. The objectives of this study were 1) to characterize the benthic community in the shallow sandstone reef of Pirangi/RN, identifying patterns of zonation, and 2) evaluate its process of structuring under different degrees of impact of trampling, providing information to the proper use of the area. Data on abundance of organisms, the percentage coverage of the substrate and physic-chemical parameters were collected. The formation of two zones on the reef was observed: one that considers submerged areas and ones with shorter time of exposure, lower roughness and higher heterogeneity in the coverage of the substrate, with a predominance of sand, foliose algae, rodolit, being related to organisms such as gastropods, crabs and sea-urchin; the second zone comprises areas with longer time of exposure, greater roughness and predominance of bedrock uncovered, being associated with organisms such as barnacles, gastropods, bivalves and crabs. It is concluded that the studied reef presents its own zonation pattern, influenced by both the time of immersion and the substrate characteristics, such as roughness and type of coverage. To answer the second objective of this study, four experimental blocks were mounted on each of the three areas of different intensities of trampling, containing the following treatments: control (isolated from trampling), shaved isolated, trampling and shaved trampling, with data collection by 11 months. The data in abundance, diversity indices and living coverage of the substrate were compared between areas and treatments. The results showed that at the trampling areas, at the end of the experiment, differences were observed between the intensities of the impact, where higher values of abundance and richness of mobile fauna and richness of live coverage (ANOVA, p <0.05) were found in the area of higher trampling intensity. For fauna withdrawal of trampled scraped treatments, it was observed in the area of greatest impact that the abundance of small benthic invertebrates is more than three times smaller than that at the area of intermediate trampling (ANOVA, p <0.05). Initial isolated areas and final ones differed only as to the percentage of live coverage, with an increase of 35% at the end of this experiment. As for the areas that were completely scraped and isolated at the end of the experiment was observed an increase in the percentage of live coverage of 11.11% compared to the initial amount in the area of intermediate impact and 37.5% in the area with greater impact, indicating recovery of the area. It is suggested that the current use of the reef of Pirangi be reviewed, with a decentralization of trampling, or a decrease in visits, so that it does not occur at high intensitiesCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIAComunidade bentônicaRecife sedimentarZonaçãoPisoteioSucessão ecológicaCaracterização da comunidade bentônica do recife raso de Pirangi/RN, Brasil, e avaliação do seu processo de estruturação sob impacto de pisoteioinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALCaracterizaçãoComunidadeBentônica_Barboza_2014.pdfCaracterizaçãoComunidadeBentônica_Barboza_2014.pdfapplication/pdf2470914https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/19454/1/Caracteriza%c3%a7%c3%a3oComunidadeBent%c3%b4nica_Barboza_2014.pdf70cb8e2a91fea0d039f4b3d275b23fa8MD51TEXTAlinaRochaPiresBarboza_DISSERT.pdf.txtAlinaRochaPiresBarboza_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain148914https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/19454/6/AlinaRochaPiresBarboza_DISSERT.pdf.txt42cb4f513455319bf606da713f64533aMD56CaracterizaçãoComunidadeBentônica_Barboza_2014.pdf.txtCaracterizaçãoComunidadeBentônica_Barboza_2014.pdf.txtExtracted texttext/plain148882https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/19454/8/Caracteriza%c3%a7%c3%a3oComunidadeBent%c3%b4nica_Barboza_2014.pdf.txt4cdf8e9c0f619053f1c83729470f3620MD58THUMBNAILAlinaRochaPiresBarboza_DISSERT.pdf.jpgAlinaRochaPiresBarboza_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3701https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/19454/7/AlinaRochaPiresBarboza_DISSERT.pdf.jpg9363fa5b5186941e4e6f736ce065f292MD57CaracterizaçãoComunidadeBentônica_Barboza_2014.pdf.jpgCaracterizaçãoComunidadeBentônica_Barboza_2014.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1380https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/19454/9/Caracteriza%c3%a7%c3%a3oComunidadeBent%c3%b4nica_Barboza_2014.pdf.jpg64136aa09c2d2b21c251e5dfa7b47820MD59123456789/194542019-06-02 02:16:11.131oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/19454Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-06-02T05:16:11Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Ambientes recifais sofrem com os impactos do pisoteio humano, prejudicial à estrutura da comunidade bentônica. Esse trabalho objetivou 1) caracterizar a comunidade bentônica no recife de Pirangi/RN, identificando padrões de zonação, e 2) avaliar o seu processo de estruturação sob diferentes graus de pisoteio. Foram coletados dados de abundância dos organismos, porcentagem de cobertura do substrato e parâmetros físico-químicos. Para responder ao primeiro objetivo, foram amostradas estações com diferentes tempos de exposição. Verificou-se a formação de duas zonas: uma abrangendo áreas submersas e de menor tempo de exposição, de menor rugosidade e maior heterogeneidade na cobertura de substrato, relacionada a organismos como gastrópodes, caranguejos e ouriço-do-mar; a segunda zona compreende áreas de maior tempo de exposição, maior rugosidade e predomínio de substrato rochoso, associada à organismos como cracas, gastrópodes, bivalves e caranguejos. Conclui-se que o recife apresenta padrão próprio de zonação, influenciado tanto pelo tempo de emersão quanto por características do substrato. Para o segundo objetivo deste trabalho, foram montados experimentos nas áreas com diferentes intensidades de pisoteio, contendo os tratamentos: controle (isolado de pisoteio), isolado raspado, pisoteio e pisoteio raspado. Dados de abundância, índices de diversidade e cobertura viva foram comparados e os resultados mostraram que não houve diferença na estrutura da comunidade dos tratamentos raspados, porém, a fauna raspada desses tratamentos apresentou uma abundância de organismos menor na área de pisoteio intermediário. Entre os tratamentos não raspados, observou-se uma maior abundância da fauna móvel e riqueza da cobertura viva na área de impacto elevado, enquanto a área de pisoteio intermediário apresentou uma maior porcentagem de cobertura viva. As áreas controle iniciais e finais diferiram apenas quanto à porcentagem de cobertura viva. As áreas que foram raspadas e isoladas não diferiram do tratamento pisoteio ao término do experimento. Sugere-se que a atividade de pisoteio em Pirangi seja descentralizada. |
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