Análise do uso do sulfato de magnésio na doença hipertensiva gestacional.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mello, Matheus Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48173
Resumo: Introdução: as doenças hipertensivas gestacionais são bastante frequentes, afetando cerca de 10% das gestações, e são responsáveis por cerca de um quinto das mortes maternas. A administração de sulfato de magnésio como medida profilática e de tratamento na pré-eclâmpsia grave é uma boa prática baseada em evidência, mas a sua implementação nos serviços ainda é variável, comprometendo a efetividade da assistência. Objetivo: avaliar a adequação do uso do sulfato de magnésio em gestantes com pré-eclâmpsia grave, considerando sua extensa recomendação pela Organização Mundial da Saúde e outras diretrizes clínicas atuais. Metodologia: o desenho foi quase-experimental, uma vez que houve a introdução de um checklist, comparando-se o momento antes com o depois da introdução, não havendo randomização da instituição participante. Como a coleta de dados foi quinzenal durante um ano caracteriza-se também como série temporal. O cenário de pesquisa foi uma maternidade de referência para partos de alto risco na cidade de Natal-RN durante os anos de 2015 e 2016. Avaliaram-se critérios, baseados em guidelines atuais, relacionados com o uso adequado do sulfato de magnésio. Os critérios foram medidos quinzenalmente em amostras de 30 partos, totalizando 720 partos em 24 quinzenas. A fonte de dados foi os prontuários e a coleta foi feita por colaboradores treinados, com auxílio de um aplicativo ad hoc. Resultados: a incidência de pré-eclâmpsia grave foi de 18,3% dentre os 718 casos avaliados, sendo o principal critério definidor a hipertensão severa (≥160 x 110mmHg). A adequação de uso do sulfato de magnésio na população geral foi de 84,5%, porém nos casos de pré-eclâmpsia grave foi de 31,3%. Durante o ano de seguimento, houve predomínio do baixo uso do sulfato de magnésio nos casos de inadequação. Além disso, observou-se evolução positiva da adequação do uso, porém marginalmente significativa. Conclusão: a incidência de pré-eclâmpsias graves na maternidade foi alta, associando-se a maior tempo de internação e indicação de cesárea. Além disso, foi prevalente o underuse do sulfato de magnésio. Por outro lado, os dados revelaram uma importante margem de melhoria na adequação do uso de sulfato de magnésio nestas gestantes de alto risco. Intervenções de melhoria da qualidade e segurança do paciente, como a implantação do checklist de parto seguro, tem potencial para auxiliar a adesão a esta boa prática e prevenir complicações evitáveis nas gestantes atendidas.
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Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina) - Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2021.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48173Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilMedicinaGuideline adherenceQuality of health careHypertension, pregnancy-inducedEclampsiaMagnesium sulfateAnálise do uso do sulfato de magnésio na doença hipertensiva gestacional.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisIntrodução: as doenças hipertensivas gestacionais são bastante frequentes, afetando cerca de 10% das gestações, e são responsáveis por cerca de um quinto das mortes maternas. A administração de sulfato de magnésio como medida profilática e de tratamento na pré-eclâmpsia grave é uma boa prática baseada em evidência, mas a sua implementação nos serviços ainda é variável, comprometendo a efetividade da assistência. 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