Arquitetura da experimentação: o caso dos pavilhões

• Autor(a) principal: Lima, Emilly Tavares
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47537
• topic: Arquitetura; Arquitetura experimental; Arquitetura temporária; Exposições; Exposição mundial; Serpentine; Pavilhões

Os pavilhões são estruturas, geralmente desenvolvidas para eventos, onde o seu contexto, normalmente, permite a experimentação de novas ideias, podendo servir para o desenvolvimento de novos conceitos para construções mais complexas. Apesar de ser um assunto conhecido, observa-se uma lacuna na literatura especializada, que apresenta abordagens superficiais e generalistas sobre o tema, sendo necessário estudos mais aprofundados sobre o tema. Nessa dissertação, foram adotados dois tipos de evento para análise: a Exposição Mundial e os pavilhões desenvolvidos para o programa de verão anual da galeria Serpentine, sendo contabilizado, ao menos, um pavilhão por cada edição realizada desses eventos, considerando o período de 1851 a 2021. Para isso, inicialmente, é apresentada a ideia do que seja um pavilhão e, posteriormente, são expostos os exemplares mais conhecidos de cada edição da Exposição Mundial e da Serpentine. Em seguida, os objetivos foram estabelecidos, como: (1) revelar as principais características presentes nos pavilhões selecionados quanto: à forma (amórfico, curvo e inflexível), à visibilidade (transparente, fosco e opaco), ao sistema estrutural (formaativa, seção-ativa, superfície-ativa, vetor-ativo, híbrido), ao revestimento externo (alvenaria e concreto, metal, vidro, polímero, madeira e outros) e às cores (monocromático e policromático); e (2) identificar padrões e sugerir classificações mais recorrentes para as categorias elencadas, a fim de sintetizar a produção arquitetônica desse nicho. Para que isso fosse possível, realizouse pesquisa bibliográfica e documental por meio de publicações em livros, artigos, documentários, entrevistas e demais fontes pertinentes. Após o levantamento dos elementos necessários, foram compiladas as informações em um banco de dados, que possibilitou identificar as características predominantes em cada categoria. Embora não tenha sido possível realizar a análise com todos os pavilhões desenvolvidos ao longo de quase 200 anos de evento, por não haver disponibilidade de informações sobre todos, esse estudo permitiu compreender que há uma crescente tendência nos pavilhões mais recentes no apelo da imagem e do sensorial, sendo talvez, a espetacularização dessas estruturas uma das novas formas de inovação e experimentação.