Desenvolvimento de hidrogéis de poli (álcool vinílico) contendo anfotericina B para o tratamento de leishmaniose tegumentar americana
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22099 |
Resumo: | A leishmaniose é uma infecção parasitária, emergente e não controlada, que por usa elevada incidencia está presente no programa de doenças tropicais negligenciadas da Organização Mundial da Saúde (OMS). Adicionalmente, esta é considerada, neste programa, a segunda maior causa de perda de anos de vida útil devido a óbito ou debilidade, chegando em 2004 a quase 2 bilhões de anos de vida útil perdidos em todo o mundo. Anualmente, registra-se 1,3 milhão de casos, dos quais aproximadamente 1 milhão corresponde a sua forma tegumentar (LTA). Apesar desta contundente realidade, atualmente não há uma proposta de tratamento ou medicamento que adeque simultaneamente eficacia terapêutica, boa relação custo-benefício, fácil produção e eventos adversos negligenciaveis. Com o intúito de elaborar uma abordagem alternativa e inovadora para o tratamento da LTA, esse trabalho propôs o desenvolvimento e a avaliação de uma formulação tópica do tipo curativo polimérico, baseado em um hidrogél de álcool polivinílico contendo anfotericina B (AmB). Após a produção dos hidrogéis foi observado que a AmB incorporada pode estar entre as cadeias poliméricas sob a forma de dispersão molecular. Essa localização alterou o mecanismo de intumescimento, de um transporte limitado pela difusão (caso I) para anômalo, permitindo que o sistema intumesça mais e mais rápido, quando comparado com o mesmo sem o ativo. No entanto, não foi observada a liberação imediata da AmB, sendo esta liberada de forma contínua e seguindo o modelo o cinético de Higuchi. O hidrogél contendo AmBdemonstrou ter eficiente atividade leishmanicida nas primeiras 24 horas. Além disso, apresentou impermeabilidade a microrganismos, e permeabilidade ao vapor d’água compatível com as necessidades da pele em seu estado lesionado, o que indica uma possível habilidade de prevenir infecções secundárias e manter um ambiente favorável ao processo cicatricial. Estes resultados demonstram que os hidrogéis são sistemas promissores para a liberação controlada de AmB e um potencial tratamento tópico para a LTA. |
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