Rotação estelar e ambiente galáctico
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58225 |
Resumo: | Neste trabalho, estudamos as distribuições de velocidades rotacionais, juntamente com a cinemática e abundâncias químicas, de estrelas anãs de diferentes populações do disco, a fim de compreender a relação entre esses observáveis e o ambiente Galáctico. A Via Láctea abriga diversas estruturas, entre elas o halo estelar, o bojo, o disco fino e o disco espesso, cada uma habitada por estrelas com origens e processos de formação únicos, associadas a distintas propriedades químicas e cinemáticas. No entanto, devido às interações e aos processos dinâmicos, como a migração radial, essas populações misturam-se e, por consequência, a nossa vizinhança solar é composta por estrelas formadas em diferentes épocas e em diferentes regiões da Galáxia. Como resultados da presente tese, utilizando informações químicas e rotacionais, desemaranhamos as populações canônicas do disco Galáctico e reproduzimos as principais propriedades dessas populações como enriquecimento químico, idade, cinemática, gradientes de velocidade orbital e a razão de densidade local. Adicionalmente, também lançamos luz a respeito da origem do momentum angular estelar e da natureza estatística da distribuição da velocidade rotacional projetada, v sin i, das componentes do disco e demonstramos um possível acoplamento espacial da rotação estelar com o ambiente Galáctico. Nossos resultados sugerem que as velocidades rotacionais das estrelas não são definidas apenas por seus processos evolutivos, mas também pelos seus sítios de formação. Através de estimativas dos raios de nascimento, encontramos que o índice entrópico q das distribuições de v sin i depende do cisalhamento da rotação diferencial da Galáxia, revelando que a rotação estelar está intimamente ligada a eventos que se desdobram em escalas globais. Além disso, observamos que as propriedades rotacionais de algumas estrelas estão possivelmente associadas aos efeitos da barra Galáctica. Por fim, nossos resultados apontam que o cisalhamento rotacional da Via Láctea aumenta em regiões mais externas do disco. |
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Silva, Moisés Pereira dahttp://lattes.cnpq.br/1553210529805480https://orcid.org/0000-0001-7804-2145http://lattes.cnpq.br/5498036360601584Brito, Alan AlvesCastro, Matthieu SebastienSilva Júnior, RaimundoAlencar, Silvia Helena PaixãoNascimento Júnior, José Dias do2024-04-23T19:40:17Z2024-04-23T19:40:17Z2024-01-29SILVA, Moisés Pereira da. Rotação estelar e ambiente galáctico. Orientador: Dr. José Dias do Nascimento Júnior. 2024. 125f. Tese (Doutorado em Física) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2024.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/58225Neste trabalho, estudamos as distribuições de velocidades rotacionais, juntamente com a cinemática e abundâncias químicas, de estrelas anãs de diferentes populações do disco, a fim de compreender a relação entre esses observáveis e o ambiente Galáctico. A Via Láctea abriga diversas estruturas, entre elas o halo estelar, o bojo, o disco fino e o disco espesso, cada uma habitada por estrelas com origens e processos de formação únicos, associadas a distintas propriedades químicas e cinemáticas. No entanto, devido às interações e aos processos dinâmicos, como a migração radial, essas populações misturam-se e, por consequência, a nossa vizinhança solar é composta por estrelas formadas em diferentes épocas e em diferentes regiões da Galáxia. Como resultados da presente tese, utilizando informações químicas e rotacionais, desemaranhamos as populações canônicas do disco Galáctico e reproduzimos as principais propriedades dessas populações como enriquecimento químico, idade, cinemática, gradientes de velocidade orbital e a razão de densidade local. Adicionalmente, também lançamos luz a respeito da origem do momentum angular estelar e da natureza estatística da distribuição da velocidade rotacional projetada, v sin i, das componentes do disco e demonstramos um possível acoplamento espacial da rotação estelar com o ambiente Galáctico. Nossos resultados sugerem que as velocidades rotacionais das estrelas não são definidas apenas por seus processos evolutivos, mas também pelos seus sítios de formação. Através de estimativas dos raios de nascimento, encontramos que o índice entrópico q das distribuições de v sin i depende do cisalhamento da rotação diferencial da Galáxia, revelando que a rotação estelar está intimamente ligada a eventos que se desdobram em escalas globais. Além disso, observamos que as propriedades rotacionais de algumas estrelas estão possivelmente associadas aos efeitos da barra Galáctica. Por fim, nossos resultados apontam que o cisalhamento rotacional da Via Láctea aumenta em regiões mais externas do disco.In this work, we study the distributions of rotational velocities, along with the kinematics and chemical abundances, of dwarf stars from different disk populations, in order to comprehend the relationship between these observables and the Galactic environment. The Milky Way is home to several structures, including the stellar halo, the bulge, the thin disk, and the thick disk, each inhabited by stars with unique origins and formation processes, associated with distinct chemical and kinematic properties. However, due to interactions and dynamic processes, such as radial migration, these populations mix and, as a result, our solar neighborhood is composed of stars formed at different times and in different regions of the Galaxy. As a result of the present work, utilizing chemical and rotational information, we disentangled the canonical populations of the Galactic disk and reproduce the main properties of these populations such as chemical enrichment, age, kinematics, orbital velocity gradients and the ratio of local density. Additionally, we also shed light on the origin of stellar angular momentum and the statistical nature of the distribution of projected rotational velocity, v sin i, of the disk components and demonstrate a possible spatial coupling of this observable with the Galactic environment. Our results suggest that the rotational velocities of stars are not only defined by their evolutionary processes, but also by their sites of formation. Through estimates of birth radii, we find that the entropic index q of the v sin i distributions depends on the shear of the Galaxy’s differential rotation, revealing that stellar rotation is closely linked to events unfolding on global scales. Furthermore, we observed that the rotational properties of some stars are possibly associated with the effects of the Galactic bar. Finally, our results indicate that the rotational shear of the Milky Way increases in outer regions of the disk.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FÍSICAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::FISICAFísicaRotação estelarCinemática e dinâmicaAbundânciasVizinhança solarRotação estelar e ambiente galácticoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALRotacaoestelarambiente_Silva_2024.pdfapplication/pdf20214145https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/58225/1/Rotacaoestelarambiente_Silva_2024.pdf630ba3bd8c4549f6d96f9b566dcacf0eMD51123456789/582252024-04-23 16:40:49.174oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/58225Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2024-04-23T19:40:49Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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Neste trabalho, estudamos as distribuições de velocidades rotacionais, juntamente com a cinemática e abundâncias químicas, de estrelas anãs de diferentes populações do disco, a fim de compreender a relação entre esses observáveis e o ambiente Galáctico. A Via Láctea abriga diversas estruturas, entre elas o halo estelar, o bojo, o disco fino e o disco espesso, cada uma habitada por estrelas com origens e processos de formação únicos, associadas a distintas propriedades químicas e cinemáticas. No entanto, devido às interações e aos processos dinâmicos, como a migração radial, essas populações misturam-se e, por consequência, a nossa vizinhança solar é composta por estrelas formadas em diferentes épocas e em diferentes regiões da Galáxia. Como resultados da presente tese, utilizando informações químicas e rotacionais, desemaranhamos as populações canônicas do disco Galáctico e reproduzimos as principais propriedades dessas populações como enriquecimento químico, idade, cinemática, gradientes de velocidade orbital e a razão de densidade local. Adicionalmente, também lançamos luz a respeito da origem do momentum angular estelar e da natureza estatística da distribuição da velocidade rotacional projetada, v sin i, das componentes do disco e demonstramos um possível acoplamento espacial da rotação estelar com o ambiente Galáctico. Nossos resultados sugerem que as velocidades rotacionais das estrelas não são definidas apenas por seus processos evolutivos, mas também pelos seus sítios de formação. Através de estimativas dos raios de nascimento, encontramos que o índice entrópico q das distribuições de v sin i depende do cisalhamento da rotação diferencial da Galáxia, revelando que a rotação estelar está intimamente ligada a eventos que se desdobram em escalas globais. Além disso, observamos que as propriedades rotacionais de algumas estrelas estão possivelmente associadas aos efeitos da barra Galáctica. Por fim, nossos resultados apontam que o cisalhamento rotacional da Via Láctea aumenta em regiões mais externas do disco. |
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