Considerações sobre os granitos pegmatíticos da Província Pegmatítica do Seridó: mapeamento geológico e geoquímica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sales, Marcos da Costa Câmara
Data de Publicação: 2020
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34376
Resumo: A Província Pegmatítica da Borborema, está inserida dentro do contexto da Faixa Seridó e abrange uma área de 75 por 150 km2 alongada na direção NE-SW. Está localizada entre os estados da Paraíba e Rio Grande do Norte e representa os últimos estágios magmáticos da Orogênese Brasiliana. Possui milhares de corpos cadastrados, entre homogêneos e heterogêneos (zonados), sendo estes últimos responsáveis por conter as principais mineralizações de Ta-Nb-Be-Li-Sn-Cu. O presente trabalho tem foco nos granitos pegmatíticos: Areias, Marcação, Malhada Limpa, Telemar, Picuí, Pedra Lavrada e Serra Verde. O primeiro objetivo do estudo consistiu da realização de um mapeamento (1:10.000) do corpo pegmatítico da pedreira Marcação e da confecção de um mapa regional (1:100.000) compilado das folhas geológicas da porção centro-sul da província pegmatítica. O segundo consistiu de um estudo das características químicas (litoquímica e mineral) destes corpos pegmatíticos homogêneos cambrianos, através de análises químicas de elementos maiores, menores e traços de rocha total, feldspatos e micas. Esses corpos são geralmente tabulares e intrudem sub concordantemente paragnaisses, metaconglomerados e micaxistos do Grupo Seridó, orientados, normalmente, na direção N-S. Tratam-se de leucogranitos pegmatíticos (homogêneos) que se apresentam em três fácies texturais, a pegmatítica grossa, a pegmatítica média e a aplítica. Possuem duas fácies mineralógicas: a fácies biotita + magnetita ± granada e a fácies biotita + muscovita ± granada, além de conter quartzo, feldspato e turmalina. Uma feição comum é a ocorrência de bandamentos aplito-pegmatito, com relativa maior quantidade de granada associada aos aplitos. Estas estruturas geralmente estão dispostas paralelamente ao contato com as rochas encaixantes. Quimicamente, possuem elevada peraluminosidade (ASI > 1~1,5) marcada pela mineralogia aluminosa e a presença de coríndon normativo. Diagramas geoquímicos discriminantes apontam para um baixo a moderado grau de fracionamento, tanto nos feldspatos, quanto nas micas e sugerem um baixo potencial para mineralizações. Quanto aos ETR, apresentam uma leve tendência de enriquecimento dos ETR leves em relação aos pesados e possuem anomalias negativas de Európio em rocha total e micas, enquanto nos feldspatos potássicos as anomalias de Európio são positivas. Finalmente, as diferenças entre estes pegmatitos sugerem a possibilidade de diferentes fontes para suas gerações.
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Trabalho de conclusão de curso (Graduação) - Curso de Geologia, Departamento de Geologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2020.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/34376Universidade Federal do Rio Grande do NorteUFRNBrasilGeologiaGranitos pegmatíticosQuímicaMapeamento.Pegmatitic granitesGeochemistryMappingConsiderações sobre os granitos pegmatíticos da Província Pegmatítica do Seridó: mapeamento geológico e geoquímicainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisA Província Pegmatítica da Borborema, está inserida dentro do contexto da Faixa Seridó e abrange uma área de 75 por 150 km2 alongada na direção NE-SW. Está localizada entre os estados da Paraíba e Rio Grande do Norte e representa os últimos estágios magmáticos da Orogênese Brasiliana. Possui milhares de corpos cadastrados, entre homogêneos e heterogêneos (zonados), sendo estes últimos responsáveis por conter as principais mineralizações de Ta-Nb-Be-Li-Sn-Cu. 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