Petrologia do Plutão Bom Jardim de Goiás (PBJG): implicação na evolução neoproterozoica da Província Tocantins
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da UFRN |
Texto Completo: | https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21059 |
Resumo: | O plutão Bom Jardim de Goiás (PBJG) é um corpo de geometria semi-circular, situado na porção central da Província Tocantins, intrusivo em ortognaisses e metassupracrustais do Arco Magmático Arenópolis. Estas metasupracrustais apresentam um bandamento / xistosidade de ângulo baixo a moderado, definido por micas, andalusita, silimanita e cordierita, caracterizando um metamorfismo na fácies anfibolito. Tal estrutura é truncada pela colocação das rochas do PBJG. O caráter abrupto dos contatos e a ausência de estruturas dúcteis demonstram que a intrusão se deu em crosta relativamente fria. Em termos petrográficos, o plutão compõe-se de monzodioritos, tonalitos e granodioritos, seguindo a trajetória evolutiva cálcio-alcalina de potássio baixo a intermediário. As rochas do PBJG possuem hornblenda e biotita como fases máficas principais, além da ocorrência subordinada de clinopiroxênio, titanita, epídoto e opacos. Diques tardios de leucogranito contêm apenas biotita como mineral acessório relevante. Uma datação U-Pb em zircão do monzodiorito forneceu uma idade de 550±12 Ma (MSWD = 1,06). Dados litogeoquímicos e de química mineral sugerem que as rochas em foco são cálcio-alcalinas, tendo evoluído por cristalização fracionada de minerais cálcicos e ferro-magnesianos, sob condições de alta fugacidade de oxigênio. Utilizando o geotermômetro do par anfibólio-plagioclásio e o geobarômetro de Al em anfibólio, foram determinadas temperaturas e pressões em torno de 692-791 °C e 2,4 e 5,0 kbar para a intrusão do PBJG, o que é corroborado por associações metamórficas pré-existentes nas encaixantes. As características geológicas, geoquímicas e a geocronologia do PBJG demonstram sua natureza pós-tectônica ou pós-colisional, com colocação em crosta já soerguida e relativamente fria, ao final da orogênese brasiliana nesta porção da Província Tocantins. |
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Coimbra, Keyla Thayrinne OliveiraViana, Rúbia RibeiroVilalva, Frederico Castro JobimConceição, HerbetSouza, Zorano Sérgio de2016-07-29T00:13:31Z2016-07-29T00:13:31Z2015-08-25COIMBRA, Keyla Thayrinne Oliveira. Petrologia do Plutão Bom Jardim de Goiás (PBJG): implicação na evolução neoproterozoica da Província Tocantins. 2015. 83f. Dissertação (Mestrado em Geodinâmica e Geofísica) - Centro de Ciências Exatas e da Terra, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2015.https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/21059O plutão Bom Jardim de Goiás (PBJG) é um corpo de geometria semi-circular, situado na porção central da Província Tocantins, intrusivo em ortognaisses e metassupracrustais do Arco Magmático Arenópolis. Estas metasupracrustais apresentam um bandamento / xistosidade de ângulo baixo a moderado, definido por micas, andalusita, silimanita e cordierita, caracterizando um metamorfismo na fácies anfibolito. Tal estrutura é truncada pela colocação das rochas do PBJG. O caráter abrupto dos contatos e a ausência de estruturas dúcteis demonstram que a intrusão se deu em crosta relativamente fria. Em termos petrográficos, o plutão compõe-se de monzodioritos, tonalitos e granodioritos, seguindo a trajetória evolutiva cálcio-alcalina de potássio baixo a intermediário. As rochas do PBJG possuem hornblenda e biotita como fases máficas principais, além da ocorrência subordinada de clinopiroxênio, titanita, epídoto e opacos. Diques tardios de leucogranito contêm apenas biotita como mineral acessório relevante. Uma datação U-Pb em zircão do monzodiorito forneceu uma idade de 550±12 Ma (MSWD = 1,06). Dados litogeoquímicos e de química mineral sugerem que as rochas em foco são cálcio-alcalinas, tendo evoluído por cristalização fracionada de minerais cálcicos e ferro-magnesianos, sob condições de alta fugacidade de oxigênio. Utilizando o geotermômetro do par anfibólio-plagioclásio e o geobarômetro de Al em anfibólio, foram determinadas temperaturas e pressões em torno de 692-791 °C e 2,4 e 5,0 kbar para a intrusão do PBJG, o que é corroborado por associações metamórficas pré-existentes nas encaixantes. As características geológicas, geoquímicas e a geocronologia do PBJG demonstram sua natureza pós-tectônica ou pós-colisional, com colocação em crosta já soerguida e relativamente fria, ao final da orogênese brasiliana nesta porção da Província Tocantins.The Bom Jardim de Goiás Pluton (PBJG) is a semi-circular body, located in the central portion of the Tocantins Province, intrusive into orthogneisses and metassupracrustals of the Arenópolis Magmatic Arc. These metasupracrustals present a low to moderate dipping banding or schistosity, have a low to moderate angle of banding / foliation, defined by mica, andalusite and sillimanite and cordierite, which characterize an amphibolite facies metamorphism. This structure is crosscut by the emplacement of the PBJG rocks. The abrupt nature of the contacts and the absence of ductile structures indicate that the intrusion took place in a relatively cold crust. Under petrographic grounds, the pluton consists mainly of monzodiorites, tonalite and granodiorite, following the low to medium-K calk-alkaline alkaline trend. Rocks of the PBJG have hornblende and biotite as the main mafic phases, besides subordinate clinopyroxene, titanite, epidote and opaque. Late dikes of leucogranite contain only mineral biotite as relevant accessory mineral. One U-Pb zircon dating of a monzodiorite yielded an age of 550 ± 12 Ma (MSWD = 1.06). Whole-rock and mineral chemistry suggest that the studied rocks are calc-alkaline, having evolved by fractional crystallization of Ca- and Fe-Mg minerals under high oxygen fugacity. Using the amphibole-plagioclase geothermometer and the Al-in amphibole geobarometer, we calculate temperatures and pressures of, respectively, 692-791 °C e 2.4-5.0 kbar for the intrusion of the PBJG, which is corroborated by previous metamorphic assemblages in the country rocks. The geological, geochemical and geochronological features of PBJG demonstrate their post-tectonic or post-collisional nature, with emplacement into an already uplifted and relatively cool crust at the end of brasiliano orogeny in this portion of the Tocantins Province.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEODINÂMICA E GEOFÍSICAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS: GEODINÂMICA E GEOFÍSICAProvíncia TocantinsEdiacaranoGeologiaQuímica mineralLitogeoquímicaGeocronologiaPetrologia do Plutão Bom Jardim de Goiás (PBJG): implicação na evolução neoproterozoica da Província Tocantinsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALKeylaThayrinneOliveiraCoimbra_DISSERT.pdfKeylaThayrinneOliveiraCoimbra_DISSERT.pdfapplication/pdf20100351https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21059/1/KeylaThayrinneOliveiraCoimbra_DISSERT.pdf6a5e0295b254fc9bbf11f5011eba68b0MD51TEXTKeylaThayrinneOliveiraCoimbra_DISSERT.pdf.txtKeylaThayrinneOliveiraCoimbra_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain168292https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21059/6/KeylaThayrinneOliveiraCoimbra_DISSERT.pdf.txtbcc48ca618f907cabf64c9a40f1574e5MD56THUMBNAILKeylaThayrinneOliveiraCoimbra_DISSERT.pdf.jpgKeylaThayrinneOliveiraCoimbra_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg3838https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/21059/7/KeylaThayrinneOliveiraCoimbra_DISSERT.pdf.jpgad827b160b48f488097954b60b9c9bccMD57123456789/210592017-11-03 11:53:58.728oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/21059Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2017-11-03T14:53:58Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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O plutão Bom Jardim de Goiás (PBJG) é um corpo de geometria semi-circular, situado na porção central da Província Tocantins, intrusivo em ortognaisses e metassupracrustais do Arco Magmático Arenópolis. Estas metasupracrustais apresentam um bandamento / xistosidade de ângulo baixo a moderado, definido por micas, andalusita, silimanita e cordierita, caracterizando um metamorfismo na fácies anfibolito. Tal estrutura é truncada pela colocação das rochas do PBJG. O caráter abrupto dos contatos e a ausência de estruturas dúcteis demonstram que a intrusão se deu em crosta relativamente fria. Em termos petrográficos, o plutão compõe-se de monzodioritos, tonalitos e granodioritos, seguindo a trajetória evolutiva cálcio-alcalina de potássio baixo a intermediário. As rochas do PBJG possuem hornblenda e biotita como fases máficas principais, além da ocorrência subordinada de clinopiroxênio, titanita, epídoto e opacos. Diques tardios de leucogranito contêm apenas biotita como mineral acessório relevante. Uma datação U-Pb em zircão do monzodiorito forneceu uma idade de 550±12 Ma (MSWD = 1,06). Dados litogeoquímicos e de química mineral sugerem que as rochas em foco são cálcio-alcalinas, tendo evoluído por cristalização fracionada de minerais cálcicos e ferro-magnesianos, sob condições de alta fugacidade de oxigênio. Utilizando o geotermômetro do par anfibólio-plagioclásio e o geobarômetro de Al em anfibólio, foram determinadas temperaturas e pressões em torno de 692-791 °C e 2,4 e 5,0 kbar para a intrusão do PBJG, o que é corroborado por associações metamórficas pré-existentes nas encaixantes. As características geológicas, geoquímicas e a geocronologia do PBJG demonstram sua natureza pós-tectônica ou pós-colisional, com colocação em crosta já soerguida e relativamente fria, ao final da orogênese brasiliana nesta porção da Província Tocantins. |
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