Internações por condições psiquiátricas e associação com a quantidade de CAPS no Rio Grande do Norte: estudo ecológico

• Autor(a) principal: Fagundes, Izabel Viviane de Oliveira
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46390
• topic: Desinstitucionalização.; Hospitalização.; Serviços de saúde mental.; Deinstitutionalization.; Mental health services.; Hospitalization.

Introdução: Em consonância com a Reforma Psiquiátrica, no final dos anos 80 surge a perspectiva de criação de serviços que se mostrem como práticas inovadoras ao modelo manicomial. Os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) foram uma das estratégias que surgiu com vistas a substituição dos hospitais psiquiátricos, visando o acolhimento e a prestação de atendimento clínico às pessoas com sofrimento psíquico, e configuram-se como o principal ponto estratégico da Rede de Atenção Psicossocial. Objetivo: Avaliar a associação entre a quantidade de CAPS e as internações por condições psiquiátricas nas regiões de saúde e no estado do Rio Grande do Norte no período de março de 2008 a 2020, além de verificar a incidência das taxas de internação por condições psiquiátricas no estado. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico de séries temporais, com abordagem quantitativa, que foi realizado a partir da coleta de dados secundários obtidos por meio do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e que foram submetidos à análise descritiva e estatística. Resultados: Os resultados demonstraram redução do número de internações psiquiátricas em função de uma maior quantidade de CAPS para a maioria das regiões de saúde (p < 0,001), além de uma correlação forte e negativa (R = – 0 ,881) e p < 0,001 entre do número de CAPS e a ocorrência de internações psiquiátricas em todo estado do Rio Grande do Norte ao longo dos anos. Conclusão: Foi possível observar a importância da construção da Reforma Psiquiátrica para a desinstitucionalização a partir da criação de serviços com base territorial como os CAPS. Esses achados reforçam a importância e a continuidade das políticas de saúde mental implementadas a partir da Reforma Sanitária e Psiquiátrica ao longo dos anos.