Histomorfometria testicular e processo espermatogênico do morcego Artibeus planirostris (Chiroptera: Phyllostomidae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Kadigna Carla Silva
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22657
Resumo: Os morcegos atuam de diversas maneiras na regulação dos ecossistemas. Dentre seus representantes, Artibeus planirostris é uma espécie frugívora, que atua tanto como dispersora de sementes quanto como polinizadora. Diante da escassez de estudos sobre a biologia reprodutiva de morcegos, sobretudo em machos, e da carência de informações sobre a reprodução dos indivíduos da ordem quiróptera no Nordeste do Brasil, este estudo teve por objetivo quantificar o processo espermatogênico de A. planirostris, bem como sua variação sazonal, através de análises morfológicas e morfométricas dos testículos. Os animais foram coletados nos anos 2013 e 2014, entre as estações seca (n=10) e chuvosa (n=10), no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Natal-RN). Após eutanásia os testículos foram coletados e processados histologicamente para inclusão em historesina e analise sob microscopia de luz. As lâminas histológicas foram fotografadas e a morfometria foi realizada utilizando-se o software Image-Pro Plus. Os resultados obtidos quanto à morfometria e biometria foram comparados pelo teste de Kruskall Wallis ou pelo teste de Student, considerando-se um nível de significância de 5% (p<0,05). Considerando-se as duas estações, os animais apresentaram índice gonadossomático médio de 0,54%. Os túbulos seminíferos representaram cerca de 92% do parênquima testicular, sendo o restante representado pelo intertúbulo. Os túbulos seminíferos foram compostos por cerca de 27% de lúmen, 60% de epitélio seminífero e 4% de túnica própria. Dentre os parâmetros morfométricos analisados, apenas o lúmen apresentou variação significativa entre as estações, de modo que o maior percentual foi encontrado na estação chuvosa, com cerca de 29%. O diâmetro tubular e a altura do epitélio seminífero apresentaram médias de 142 μm e 43 μm, respectivamente. Obteve-se comprimento tubular médio por grama de testículo de 64,7 m e índice tubulossomático de 0,47 %. A população celular do epitélio seminífero mostrou-se composta por espermatogônias, espermatócitos primários na transição de pré-leptóteno para leptóteno, em zigóteno e em paquíteno, espermátides arredondadas e alongadas e células de Sertoli. Apenas a população de espermatócitos primários em pré-leptóteno/leptóteno apresentou variação entre as estações, com maiores valores na estação seca. Obteve-se índice mitótico anual de 14%, índice meiótico de 3%, rendimento geral da espermatogênese de 51 células e índice de células de Sertoli de 6 células. A análise da frequência dos estádios do ciclo do epitélio seminífero mostrou que os estádios mais e menos frequentes foram, respectivamente, o 1 e o 6. Os estádios 1 e 4 variaram estatisticamente entre as estações, sendo que o estádio 1 foi mais frequente na estação chuvosa e o estádio 4 foi mais frequente na estação seca. O intertúbulo foi composto predominantemente por células de Leydig, as quais apresentaram maiores percentuais no parênquima testicular na estação seca, assim como a proporção volumétrica dos vasos linfáticos. Os demais componentes intertubulares não variaram estatisticamente entre as estações, bem como os parâmetros analisados quanto à morfometria das células de Leydig. Estas células apresentaram número por grama de testículo com média anual de 5,63x107células, e índice Leydigossomático de 0,005%. Observou-se grande investimento em túbulos seminíferos, com baixa capacidade de suporte pelas células de Sertoli, e grande investimento em células de Leydig no parênquima testicular, sobretudo na estação seca, bem como na população de espermatócitos primários em pré-leptóteno/leptóteno indicando padrão espermatogênico anual contínuo no Nordeste do país em A. planirostris.
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Diante da escassez de estudos sobre a biologia reprodutiva de morcegos, sobretudo em machos, e da carência de informações sobre a reprodução dos indivíduos da ordem quiróptera no Nordeste do Brasil, este estudo teve por objetivo quantificar o processo espermatogênico de A. planirostris, bem como sua variação sazonal, através de análises morfológicas e morfométricas dos testículos. Os animais foram coletados nos anos 2013 e 2014, entre as estações seca (n=10) e chuvosa (n=10), no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Natal-RN). Após eutanásia os testículos foram coletados e processados histologicamente para inclusão em historesina e analise sob microscopia de luz. As lâminas histológicas foram fotografadas e a morfometria foi realizada utilizando-se o software Image-Pro Plus. Os resultados obtidos quanto à morfometria e biometria foram comparados pelo teste de Kruskall Wallis ou pelo teste de Student, considerando-se um nível de significância de 5% (p<0,05). 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Due to the scarcity of studies on the reproductive biology of bats, especially in males, and the lack of information about the reproduction of the specimens of order chiroptera in the Brazilian Northeast, this study aimed to quantify the spermatogenic process of A. planirostris, as well as its seasonal variation, through the morphological and morphometric analysis of the testes. The animals were collected in the years of 2013 and 2014, between the dry (n = 10) and rainy seasons (n = 10), at the central campus of the Federal University of Rio Grande do Norte (Natal-RN). After euthanasia, the testes were collected and processed histologically for embedding in historesin and analyzed under light microscopy. The histological slides were photographed and the morphometry was performed using the Image-Pro Plus software. The results of morphometry and biometry were compared by the Kruskall Wallis test or by the Student test, with a significance level of 5% (p <0.05). Considering the two seasons, the animals had a mean gonadosomatic index of 0,54%. The seminiferous tubules represented about 92% of the testicular parenchyma, the remaining being represented by the intertubule. The seminiferous tubules were composed of about 27% of lumen, 60% of seminiferous epithelium and 4% of tunica propria. Among the analyzed morphometric parameters, only the lumen showed significant variation between the seasons, so that the highest percentage was found in the rainy season, with about 29%. The tubular diameter and height of the seminiferous epithelium presented a mean of 142 μm and 43 μm, respectively. It was obtained a mean tubular length per gram of testis of 64.7 m and tubulesomatic index of 0.47%. The cell population of the seminiferous epithelium was composed of spermatogonia, primary spermatocytes in the transition from pre-leptotene to leptotene, zygotene and pachytene, rounded and elongated spermatids and Sertoli cells. Only the population of primary spermatocytes in pre-leptotene/leptotene presented variation between seasons, with higher values in the dry season. The annual mitotic index was 14%, the meiotic index was 3%, the overall spermatogenesis yield was 51 cells and the Sertoli cell index was 6 cells. The analysis of the frequency of the stages that compose the seminiferous epithelium cycle showed that the most and least frequent stages were, respectively, the 1 and the 6. Stages 1 and 4 varied statistically between seasons, with stage 1 being more frequent in the rainy season and stage 4 being more frequent in the dry season. The intertubule was predominantly composed of Leydig cells, which presented higher percentages in the testicular parenchyma in the dry season, as well as the volumetric proportion of the lymphatic vessels. The other intertubular components did not vary statistically between the seasons, as well as the parameters analyzed for Leydig cell morphometry. These cells presented a number per gram of testis with an annual mean of 5,63x107 cells and a Leydyssomatic index of 0.005%. It were observed a large investment in seminiferous tubules, with a low support capacity by Sertoli cells, and great investment in Leydig cells in the testicular parenchyma, especially in the dry season, as well as in the population of pre-leptotene/leptotene primary spermatocyte, indicating annual continuous spermatogenic pattern in the Northeast of the Brazil in A. planirostris.porCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS: BIOLOGIA ESTRUTURAL E FUNCIONALReprodução em morcegosEspermatogêneseCélulas germinativasCélulas de SertoliCélulas de LeydigMorfometriaHistomorfometria testicular e processo espermatogênico do morcego Artibeus planirostris (Chiroptera: Phyllostomidae)Testicular histomorphometry and spermatogenic processes the bat Artibeus planirostris (Chiroptera: Phyllostomidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ESTRUTURAL E FUNCIONALUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALHistomorfometriaTesticularProcesso_Costa_2016.pdfHistomorfometriaTesticularProcesso_Costa_2016.pdfapplication/pdf1277028https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22657/1/HistomorfometriaTesticularProcesso_Costa_2016.pdfcd92d0bca9b140e054608821fffe85f5MD51TEXTKadignaCarlaSilvaCosta_DISSERT.pdf.txtKadignaCarlaSilvaCosta_DISSERT.pdf.txtExtracted texttext/plain109319https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22657/4/KadignaCarlaSilvaCosta_DISSERT.pdf.txt3009c0a49e1c478a1e63bd11685a3285MD54HistomorfometriaTesticularProcesso_Costa_2016.pdf.txtHistomorfometriaTesticularProcesso_Costa_2016.pdf.txtExtracted texttext/plain109319https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22657/6/HistomorfometriaTesticularProcesso_Costa_2016.pdf.txt3009c0a49e1c478a1e63bd11685a3285MD56THUMBNAILKadignaCarlaSilvaCosta_DISSERT.pdf.jpgKadignaCarlaSilvaCosta_DISSERT.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1675https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22657/5/KadignaCarlaSilvaCosta_DISSERT.pdf.jpg2089675ac11d9d7b6fee2acd9398c54dMD55HistomorfometriaTesticularProcesso_Costa_2016.pdf.jpgHistomorfometriaTesticularProcesso_Costa_2016.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg1675https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22657/7/HistomorfometriaTesticularProcesso_Costa_2016.pdf.jpg2089675ac11d9d7b6fee2acd9398c54dMD57123456789/226572019-01-30 02:32:42.233oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/22657Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-30T05:32:42Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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