A luta pela terra no Rio Grande do Norte: um estudo sobre o Assentamento Canto da Ilha de Cima

• Autor(a) principal: Silva, Ana Paula Santos da
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48302
• topic: Reforma Agrária; Luta pela Terra; Assentamento Rural; Land Reform; Land Struggle; Rural Settlement

A presente monografia tem por objetivo analisar a luta pela terra no Rio Grande do Norte, particularizando a experiência das famílias do Assentamento Canto da Ilha de Cima, no Município de São Miguel do Gostoso. Desde a colonização brasileira que os povos que residiam no espaço rural lutam pelos seus territórios e pelo acesso a terra e os recursos naturais. A partir de 1960 esses embates se revestem de um teor mais político e pressionam o Estado. Com a redemocratização do Estado pós ditadura militar, as pressões dos movimentos sociais se agudizam no campo formando os conflitos agrários e, posteriormente, a conquista de assentamentos rurais, que representam a materialização da luta pela terra. Em 1990 com a eclosão de diversos assentamentos rurais, surge o assentamento Canto da Ilha de Cima, no interior do estado do Rio Grande do Norte, que como demais regiões do país, é marcado pela alta desigualdade territorial. São famílias que travaram embate contra um latifundiário na terra, onde plantavam e viviam. Com a conquista da terra, vivem da agricultura familiar e vivenciam todos os problemas pela ausência de políticas públicas para produção, assistência técnica e comercialização de seus produtos. A metodologia dessa monografia centrou-se na pesquisa qualitativa, utilizando dados quantitativos. O método de análise foi o crítico-dialético, que apreende a realidade social em uma perspectiva histórica e de totalidade. Também, utilizou-se a pesquisa bibliográfica e documental; além de levantamento de dados junto as famílias assentadas. Conclui-se que a luta pela terra é de extrema importância para os trabalhadores/as rurais, constituindo-se um passo importante na descentralização/desconcentração de terras no Brasil. Todavia, somente o acesso à terra não é o suficiente para garantir a qualidade de vida dessas famílias. É necessário o investimento em políticas públicas que atendam às demandas dessa população.