Estado da arte nas pesquisas com avifauna na Mata Atlântica brasileira nas duas últimas décadas

• Autor(a) principal: Silva, André Alves Reis
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/50574
• topic: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ECOLOGIA; Cienciometria; Mata Atlântica; Aves; Scionmetrics; Birds; Atlantic Forest

A Mata Atlântica é considerada como um dos 25 hotspots de biodiversidade do mundo, sendo a segunda maior floresta tropical da América do Sul. Este bioma, rico em endemismos, enfrenta atualmente alta degradação com muitos fragmentos isolados, o que tem contribuído como ameaça à conservação de várias espécies de aves. O presente trabalho buscou, por meio da cienciometria, analisar a tendência dos estudos de avifauna na Mata Atlântica brasileira para identificarmos os avanços alcançados e as necessidades de novos investimentos em temas e regiões. Para isso utilizamos como base de dados, artigos publicados em revistas nacionais e internacionais, nos últimos 20 anos (2002-2021). Analisamos a produção ao longo dos anos, as regiões que com mais produção científico, os temas abordados e se foram realizados em áreas de proteção ambiental de acordo com as áreas definidas por lei. Compilamos 511 artigos do indexador Google Acadêmico, nas línguas portuguesa e inglesa, dentre esses artigos, observamos que o número de publicações ao longo dos anos aumentou. A concentração de publicações esteve no sudeste do país. Dentre os temas, observamos um aumento nos artigos de dinâmica de comunidades e população e também de levantamentos de riqueza e abundância das espécies. Por último, apesar de as áreas protegidas não serem preferência como local de estudo das pesquisas, houve muitos trabalhos em parques nacionais/estaduais. Com base nesses resultados, percebe-se que mesmo com alguns anos com baixa atividade científica, as publicações ornitológicas no país não diminuíram. No entanto, a distribuição de produtividade científica foi mais concentrada ao Sudeste do país e a uma categoria de área protegida, os parques. Além disso, algumas lacunas de conhecimento não foram bem trabalhadas ao longo dos anos, como a filogenia e taxonomia.