Floração em cana-de-açúcar - desvendando o papel da HINT1 e Subtilase

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais, Emanoelly Roberta de Carvalho
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48480
Resumo: O processo de floração é uma etapa crítica que promove a transição do ápice meristemático vegetativo para ápice meristemático reprodutivo e, consequentemente, o desenvolvimento das estruturas florais e das sementes. Essa transição é orquestrada por diferentes sinais externos e internos que vêm sendo caracterizados em diferentes plantas como os modelos Arabidopsis thaliana, Oryza sativa e Zea mays. Nas plantas de cana-de-açúcar, o processo de floração não é muito conhecido, mas sabe-se que a transição do ápice meristemático vegetativo para reprodutivo tem um forte impacto na produção do suco, açúcar e álcool. Devido a este aspecto, este trabalho está associado com a caracterização de uma sequência que apresenta homologia à proteína HINT e foi identificada anteriormente por meio de bibliotecas subtrativas do grupo de pesquisa. Este trabalho visa a compreensão do papel desta proteína em canade-açúcar e em outras plantas utilizando algumas ferramentas de bioinformática. Verificou-se que estas sequências são conservadas em plantas e se separam em dois grandes ramos: monocotiledôneas e dicotiledôneas. Os dados obtidos com a modelagem mostraram que a ScHINT pode ser uma proteína funcional, pois apresenta os sítios de ligação importantes para sua atividade catalítica. Uma segunda proteína, ScSUBTILASE, foi caracterizada neste trabalho e já havia sido identificada anteriormente num ensaio de proteína-proteína por meio da metodologia de dois-híbridos. Foi verificado que a proteína ScSUBTILASE também é conservada em plantas, e a modelagem mostrou que ela também pode ser funcional pela estrutura obtida e pelos sítios catalíticos identificados. Nos ensaios de dois híbridos foi identificado uma terceira proteína com homologia a PHENYLALANINE AMMONIA-LYASE. Foi realizado a modelagem e foi observado que essa também deva ser funcional. Os resultados obtidos com os interactomas para as proteínas HINT, SUBTILASE e PHENYLALANINE AMMONIA-LYASE no modelo Arabidopsis mostraram que estas sequências estão associadas a resposta da produção de EROs. Com base nos resultados apresentados e nos dados da literatura, pode-se propor que ScHINT e ScSUBTILASE podem ter o papel de manter o nível de EROs no ápice meristemático durante o processo de transição. Os resultados obtidos com plantas transgênicas de Nicotiana tabacum contendo cassetes de superexpressão nas orientações senso e anti-senso para ScHINT1 reforçam a proposta que ScHINT esteja associada ao processo de floração.
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Essa transição é orquestrada por diferentes sinais externos e internos que vêm sendo caracterizados em diferentes plantas como os modelos Arabidopsis thaliana, Oryza sativa e Zea mays. Nas plantas de cana-de-açúcar, o processo de floração não é muito conhecido, mas sabe-se que a transição do ápice meristemático vegetativo para reprodutivo tem um forte impacto na produção do suco, açúcar e álcool. Devido a este aspecto, este trabalho está associado com a caracterização de uma sequência que apresenta homologia à proteína HINT e foi identificada anteriormente por meio de bibliotecas subtrativas do grupo de pesquisa. Este trabalho visa a compreensão do papel desta proteína em canade-açúcar e em outras plantas utilizando algumas ferramentas de bioinformática. Verificou-se que estas sequências são conservadas em plantas e se separam em dois grandes ramos: monocotiledôneas e dicotiledôneas. Os dados obtidos com a modelagem mostraram que a ScHINT pode ser uma proteína funcional, pois apresenta os sítios de ligação importantes para sua atividade catalítica. Uma segunda proteína, ScSUBTILASE, foi caracterizada neste trabalho e já havia sido identificada anteriormente num ensaio de proteína-proteína por meio da metodologia de dois-híbridos. Foi verificado que a proteína ScSUBTILASE também é conservada em plantas, e a modelagem mostrou que ela também pode ser funcional pela estrutura obtida e pelos sítios catalíticos identificados. Nos ensaios de dois híbridos foi identificado uma terceira proteína com homologia a PHENYLALANINE AMMONIA-LYASE. Foi realizado a modelagem e foi observado que essa também deva ser funcional. Os resultados obtidos com os interactomas para as proteínas HINT, SUBTILASE e PHENYLALANINE AMMONIA-LYASE no modelo Arabidopsis mostraram que estas sequências estão associadas a resposta da produção de EROs. Com base nos resultados apresentados e nos dados da literatura, pode-se propor que ScHINT e ScSUBTILASE podem ter o papel de manter o nível de EROs no ápice meristemático durante o processo de transição. Os resultados obtidos com plantas transgênicas de Nicotiana tabacum contendo cassetes de superexpressão nas orientações senso e anti-senso para ScHINT1 reforçam a proposta que ScHINT esteja associada ao processo de floração.Flowering is a critical stage that promotes the transition of shoot apical meristem from the vegetative to reproductive stage. This transition is orchestrated by different signals (external and internal) that have been characterized in different models as Arabidopsis thaliana, Oryza sativa and Zea mays. For sugarcane this process is not well-known in molecular way. However, it has an important impact in yield. Considering this, the work presents here had the aim to characterize a sequence that had homology to HINT1 protein by different approaches. This sequence was previously identified using subtractive libraries from shoot apical meristem during different stages of sugarcane development. It was verified that HINT sequences were conserved in plants, and it was separate into two large branches: monocots and dicots. The data obtained from the 3D modeling showed that ScHINT may be a functional protein, as it presents the important binding sites for its catalytic activity. A second protein that was worked was ScSUBTILASE. This protein was characterized had been previously identified in a protein-protein assay using the two-hybrid methods. Here, it was attempted to understand the role of SUBTILASE and HINT1. It was verified that the ScSUBTILASE protein was also conserved in plants, and the modeling showed that it might also be functional due to the 3D structure and the presence of catalytic sites. In the twohybrid assays, a third protein was identified with homology to PHENYLALANINE AMMONIA-LYASE. The modeling was carried out and it was observed that this too must be functional. The other approached used was interactome using STRING. The results obtained for the proteins HINT, SUBTILASE and PHENYLALANINE AMMONIA-LYASE in the Arabidopsis model showed that these sequences are associated with the response of the production of ROS. Based on the results presented and on the literature data, it may be proposed that ScHINT and ScSUBTILASE may have the role of maintaining the level of ROS at the shoot apical meristematic during the transition process. The results obtained with transgenic Nicotiana tabacum plants containing over-expression cassettes in sense and antisense orientations for ScHINT1 reinforce the proposal idea that ScHINT may be associated with the flowering process.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULARUFRNBrasilSaccharum spp.ModelagemEnsaios de interação proteína-proteínaInteractomaCassete de super-expressãoFloração em cana-de-açúcar - desvendando o papel da HINT1 e SubtilaseFlowering in sugarcane - unlocking the role of HINT1 and Subtilaseinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALFloracaocanadeacucar_Morais_2021.pdfapplication/pdf5032296https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/48480/1/Floracaocanadeacucar_Morais_2021.pdf986498945cf04c970a90c0c15c07d7b2MD51123456789/484802022-07-13 16:41:44.229oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/48480Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2022-07-13T19:41:44Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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