Ciberfeminismo e a (in)visibilidade da mulher negra youtuber

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Viana, Géssica de Castro Silva
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/29514
Resumo: Dentro do contexto da comunicação contemporânea e da facilidade em produzir e consumir conteúdo dentro do ciberespaço é possível verificar que determinados sujeitos ainda enfrentam dificuldades em alcançar visibilidade. Esse é o caso das mulheres negras youtubers, que mesmo se apropriando do ambiente digital para construir uma rede de conversas e emancipação para outras mulheres, através da discussão do empoderamento (BERTH, 2018; FREIRE, 1979) e feminismo (RIBEIRO, 2017, 2018; DAVIS, 2003) ainda estão numa posição inferior quando visualizamos os dados de alcance midiático. Discutindo sob o viés interseccional (COLLINS, 2015, 2016; CRENSHAW, 2004; AKOTIRENE, 2018; CARNEIRO, 2003, 2005, 2018; GOMES, 2003; HOOKS, 2010, 2019) e do YouTube no contexto da cultura participativa (JENKINS, FORD E GREEN, 2014; BURGESS, GREEN, 2009, observamos os canais Afros e afins, Alexandrismos, De Pretas, Ellora Haonne, JoutJout Prazer e Rayza Nicácio e expomos através de um estudo descritivo as aproximações e distanciamentos a partir das categorias de alcance, interação e temática. Na problemática da pesquisa nos questionávamos se a diferença de visibilidade era um dos modos do racismo na contemporaneidade. Concluímos que as mulheres negras youtubers interagem de forma mais significativa que as youtubers não negras, mas esse fato não interfere na visibilidade de seus canais, pois os dados de alcance dos vídeos das youtubers negras são inferiores as das youtubers não negras. A universalização do “ser mulher” foi identificada nas falas das youtubers não negras, devido a isso seus alcances acabam por ser mais expressivos. Enquanto isso, mesmo que as falas das youtubers negras possam atingir todas as mulheres, elas são entendidas apenas a partir da questão racial e não de gênero.
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Esse é o caso das mulheres negras youtubers, que mesmo se apropriando do ambiente digital para construir uma rede de conversas e emancipação para outras mulheres, através da discussão do empoderamento (BERTH, 2018; FREIRE, 1979) e feminismo (RIBEIRO, 2017, 2018; DAVIS, 2003) ainda estão numa posição inferior quando visualizamos os dados de alcance midiático. Discutindo sob o viés interseccional (COLLINS, 2015, 2016; CRENSHAW, 2004; AKOTIRENE, 2018; CARNEIRO, 2003, 2005, 2018; GOMES, 2003; HOOKS, 2010, 2019) e do YouTube no contexto da cultura participativa (JENKINS, FORD E GREEN, 2014; BURGESS, GREEN, 2009, observamos os canais Afros e afins, Alexandrismos, De Pretas, Ellora Haonne, JoutJout Prazer e Rayza Nicácio e expomos através de um estudo descritivo as aproximações e distanciamentos a partir das categorias de alcance, interação e temática. Na problemática da pesquisa nos questionávamos se a diferença de visibilidade era um dos modos do racismo na contemporaneidade. Concluímos que as mulheres negras youtubers interagem de forma mais significativa que as youtubers não negras, mas esse fato não interfere na visibilidade de seus canais, pois os dados de alcance dos vídeos das youtubers negras são inferiores as das youtubers não negras. A universalização do “ser mulher” foi identificada nas falas das youtubers não negras, devido a isso seus alcances acabam por ser mais expressivos. Enquanto isso, mesmo que as falas das youtubers negras possam atingir todas as mulheres, elas são entendidas apenas a partir da questão racial e não de gênero.Within the context of contemporary communication and the ease of producing and consuming content within cyberspace, it is possible to verify that certain subjects still face difficulties in achieving visibility. This is the case of black women whotubers, who even appropriating the digital environment to build a network of conversations and emancipation for other women, through the discussion of empowerment (BERTH, 2018, FREIRE, 1979) and feminism (RIBEIRO, 2017, 2018 , DAVIS, 2003) are still in a lower position when we visualize the data of media coverage. Discussing under the cross-sectional bias (COLLINS, 2015, 2016, AKOTIRENE, 2018, CARNEIRO, 2003, 2005, 2018, GOMES, 2003, HOOKS, 2010, 2019) and YouTube in the context of participatory culture (BURGESS; GREEN , 2009), we observe the Afros and affines channels, Alexandrismos, De Pretas, Ellora Haonne, JoutJout Prazer and Rayza Nicácio, and we present a descriptive study of the approaches and distances from the reach, interaction and thematic categories. In the research question, we questioned whether the difference in visibility was one of the modes of racism in the contemporary world. We have concluded that black women youtubers interact more significantly than non-black youtubers, but this fact does not interfere with the visibility of your channels, since the reach data of black youtubers videos is lower than that of non-black youtubers. The universalization of the "being woman" was identified in the speeches of the non-black youtubers, due to which their reach turns out to be more expressive. Meanwhile, even though black youtubers talk can reach all women, they are understood only from the racial rather than the gender issue.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAOCultura participativaYoutubeCiberfeminismoMulheres negrasInterseccionalidadeCiberfeminismo e a (in)visibilidade da mulher negra youtuberinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTCiberfeminismoinvisibilidademulher_Viana_2019.pdf.txtCiberfeminismoinvisibilidademulher_Viana_2019.pdf.txtExtracted texttext/plain416028https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29514/2/Ciberfeminismoinvisibilidademulher_Viana_2019.pdf.txt07d0259fb2a019998476bf1b118a2b34MD52THUMBNAILCiberfeminismoinvisibilidademulher_Viana_2019.pdf.jpgCiberfeminismoinvisibilidademulher_Viana_2019.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1228https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29514/3/Ciberfeminismoinvisibilidademulher_Viana_2019.pdf.jpg31d317bc24332535084968eab2f00314MD53ORIGINALCiberfeminismoinvisibilidademulher_Viana_2019.pdfapplication/pdf3270284https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/29514/1/Ciberfeminismoinvisibilidademulher_Viana_2019.pdff23151eff650634814c44c9a46d79501MD51123456789/295142020-07-12 04:49:15.265oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/29514Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2020-07-12T07:49:15Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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