Juventudes e participação: gestão escolar democrática e participativa na trajetória acadêmica dos pedagogos em formação na UFRN

• Autor(a) principal: Silva, Samara Willianne Araujo Gomes
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57046
• topic: Gestão escolar democrática; Juventudes; Participação

O artigo analisa a vivência política de estudantes que cursaram o Ensino Médio na Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Norte, a partir das suas experiências ou a falta delas com relação a gestão escolar democrática e participativa. Na diretiva teórico-metodológica considera a matriz crítico-dialética (Frigotto; Sanches Gamboa, 2006) de análise, concepção teórica que busca compreender o movimento conflitivo, dinâmico e histórico que repercute nas dimensões econômica e político-sociais da sociedade capitalista, em especial, nas políticas educacionais. Como categorias teóricas discutiu-se: juventude, participação e gestão democrática (Paro (2007); Bordenave (1994); Martins (2010); Sanches (2006); Marques (2021), Foracchi (2018), dentre outros autores. No que diz respeito a abordagem pautou-se numa pesquisa qualitativa (Brandão, 2001). Enquanto metodologia realizou-se pesquisa bibliográfica, levantamento documental e aplicou-se dez entrevistas semiestruturadas cujo público alvo foram os estudantes do Curso de Pedagogia presencial da UFRN que haviam estudado na rede estadual de ensino secundário Potiguar. Essa amostra aleatória simples (Barbetta, 2003) está inserida no universo de matrículas ativas divulgadas pelo Censo Escolar do ano base 2022 no Estado do Rio Grande do Norte. Por meio das entrevistas problematizou-se a participação estudantil propugnada no arcabouço legal vinculado a gestão escolar pública democrática e ao referencial teórico que discute esse temário. Nessa direção de análise considerou a concretude vivenciada pelos sujeitos escolares para entender como essas juventudes dão contorno a participação juvenil configurado no contexto escolar. Conclui-se que os dados levantados estão em conformidade com a conjuntura nacional, uma vez que denotam haver uma participação estudantil insuficiente, clarificando, assim, a necessidade de ampliar os espaços de discussão dessa temática e de instrumentalizar colegiados de participação coletiva juvenil na escola pública. Portanto, espera-se que ocorra uma continuidade e ampliação de pesquisas nessa área atinentes a participação estudantil, para que seja possível avançar e construir uma escola democrática, participativa e acolhedora em detrimento da escola tradicionalmente estigmatizadora de juventudes e distante da realidade político-social dos jovens das camadas populares.