Território usado e SUS: Uma análise sobre o processo de regionalização da saúde no estado da paraíba

• Autor(a) principal: Marques, Ana Carla dos Santos
• Data de Publicação: 2012
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFRN
• Texto Completo: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47599
• topic: território usado; saúde; SUS; regionalização; paraíba

Atualmente um dos principais desafios para o fortalecimento do SUS é pensar a regionalização a partir de novos critérios, considerando as distintas heranças territoriais existente no âmbito dos estados. Contribuir para o fortalecimento desta nova perspectiva é o objetivo deste trabalho, que busca analisar o processo de regionalização da saúde no estado da Paraíba a partir dos fluxos funcionais instituídos no PDR/PB 2009. Para isso foi preciso compreender através da técnica e da política a configuração territorial materializada através das normatizações do SUS; Identificar a organização e os fluxos funcionais do SUS face à efetividade territorial das redes de atenção a saúde. Nesta perspectiva parte-se do entendimento de que o espaço geográfico é uma instância social, um conjunto indissociável, solidário e também contraditório de sistemas de objetos e de ações (SANTOS, 1996). De tal modo, o que interessa analisar é o território usado sinônimo de espaço humano, espaço habitado (SANTOS, 2002). Estes usos são frutos da indissociabilidade de objetos e ações e estão associados a uma visão de instância social e de situação geográfica (SILVEIRA, 1999) dada pela coerência temporal e espacial dos eventos, que refletem a dinâmica dos lugares e as distintas possibilidades de realização dos usos do território pelo sistema de saúde. Para o desenvolvimento da pesquisa foi realizado levantamento bibliográfico, documental e estatístico. O levantamento de dados estatísticos foi realizado através do DATASUS, com o objetivo inicial de identificar a estrutura da rede física do SUS a partir das informações do CNES. gerando mapas de dispersão de equipamentos de saúde. Para analisar a efetividade desses equipamentos face ao desenho regional vigente foi necessário a elaboração de mapas de fluxos, mediante utilização dos registros de formulários de frequência de Autorização de Internação Hospitalar (AIH) tratados no Software Tabwin (Versão 3.4). Posteriormente todos os dados foram analisados e tratados cartograficamente no software Arcgis 9.3 (ERSI) utilizando a malha municipal do IBGE referente ao ano de 2007. Com base nos resultados alcançados verificou-se que os desenhos regionais não se mostram eficazes para garantir o acesso e a qualidade no atendimento aos serviços de saúde de média e alta complexidade.