Clima atual e passado como condutor da diversidade beta funcional e filogenética de aranhas ao longo do gradiente latitudinal.
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) |
Texto Completo: | https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/3776 |
Resumo: | Gradientes climáticos podem afetar a distribuição espacial e temporal, bem como a diferenciação morfológica dos organismos. A teoria prevê que espécies próximas filogeneticamente possuem maior tamanho corporal em regiões mais frias pela necessidade de armazenamento de calor; esta explicação tem sido atribuída à regra de Bergmann. Porém, a aplicabilidade desta regra para artrópodes é ainda um desafio. Nosso trabalho teve como finalidade testar se a variação espacial (ao longo de 2,000 km gradiente latitudinal) e temporal (ao longo de 120,000 anos) do clima afetam a diversidade filogenética e funcional de aranhas. Utilizamos dados da literatura (Gonçalves-Souza et al. 2014) que foram coletados em áreas de Restinga desde o sul da Bahia até Santa Catarina numa extensão de 12°34’10’ a 27°37’9’ de latitude. Os atributos funcionais obtidos foram: altura, comprimento e largura do prossoma e o comprimento do opistossoma. A árvore filogenética foi construída a partir de topologias em nível de família e gênero. Para testar o efeito do clima recente e passado na diversidade funcional e filogenética, utilizamos uma Análise de Coordenadas Principais (PCoA) combinada com uma Análise de Redundância Baseada em Distância (dbRDA) com o clima sendo a variável independente. Nossos resultados demonstraram que aranhas próximas filogeneticamente não compartilham atributos morfológicos semelhantes (i.e., baixo sinal filogenético). Além disso, encontramos que a estabilidade favorece a ocorrência de aranhas menores. A temperatura máxima do mês mais quente do passado foi a variável que mais explicou as variações da diversidade funcional e filogenética das aranhas. As variáveis que indicam valores extremos de temperatura e a precipitação anual, tanto do clima recente como do passado foram as que afetaram mais fortemente o tamanho corporal. Desta forma, podemos afirmar que a sazonalidade e extremos climáticos estão ditando a variação do tamanho corporal e que isso reflete também nas relações de parentesco das aranhas. Tendo em vista as variações climáticas globais esperadas para os próximos 50 anos, nossos resultados podem ajudar a entender possíveis padrões futuros de distribuição espacial de artrópodes. |
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Os atributos funcionais obtidos foram: altura, comprimento e largura do prossoma e o comprimento do opistossoma. A árvore filogenética foi construída a partir de topologias em nível de família e gênero. Para testar o efeito do clima recente e passado na diversidade funcional e filogenética, utilizamos uma Análise de Coordenadas Principais (PCoA) combinada com uma Análise de Redundância Baseada em Distância (dbRDA) com o clima sendo a variável independente. Nossos resultados demonstraram que aranhas próximas filogeneticamente não compartilham atributos morfológicos semelhantes (i.e., baixo sinal filogenético). Além disso, encontramos que a estabilidade favorece a ocorrência de aranhas menores. A temperatura máxima do mês mais quente do passado foi a variável que mais explicou as variações da diversidade funcional e filogenética das aranhas. As variáveis que indicam valores extremos de temperatura e a precipitação anual, tanto do clima recente como do passado foram as que afetaram mais fortemente o tamanho corporal. Desta forma, podemos afirmar que a sazonalidade e extremos climáticos estão ditando a variação do tamanho corporal e que isso reflete também nas relações de parentesco das aranhas. Tendo em vista as variações climáticas globais esperadas para os próximos 50 anos, nossos resultados podem ajudar a entender possíveis padrões futuros de distribuição espacial de artrópodes.Climatic gradients can affect spatial and temporal distribution, as well as the morphological differentiation of organisms. The theory predicts that phylogenetically close species have larger body sizes in colder regions because of the need for heat storage; this explanation has been attributed to Bergmann's rule. However, the applicability of this rule to arthropods is still a challenge. Our objective was to test whether the spatial (over 2,000 km latitudinal gradient) and temporal (over 120,000 years) climate variability affect the phylogenetic and functional diversity of spiders. We used data from the literature (Gonçalves-Souza et al., 2014) that were collected in Restinga areas from southern Bahia to Santa Catarina in an extension of 12° 34'10 'at 27° 37'9' latitude. The functional attributes obtained were: height, length and width of the prossome and the length of the opistossoma. The phylogenetic tree was constructed from topologies at family and gender level. To test the effect of recent and past climate on functional and phylogenetic diversity, we used a Principal Coordinate Analysis (PCoA) combined with a Distance Based Redundancy Analysis (dbRDA) with the climate being the independent variable. Our results demonstrated that phylogenetically close spiders do not share similar morphological attributes (i.e., low phylogenetic signal). In addition, we found that stability favors the occurrence of smaller spiders. The maximum temperature of the hottest month of the past was the variable that most explained the variations of the functional and phylogenetic diversity of the spiders. The variables that indicate extreme temperature values and the annual precipitation of both the recent climate and the past were those that affected the body size most strongly. In this way, we can affirm that the seasonality and climatic extremes are dictating the variation of the body size and that this also reflects in the kinship relations of the spiders. Given the global climatic variations expected over the next 50 years, our results may help to understand possible future patterns of spatial distribution of arthropods.BrasilSouza, Thiago Gonçalveshttp://lattes.cnpq.br/3342841776147612http://lattes.cnpq.br/0444294877812617Oliveira, GustavoSoares, Gabrielle Christina Firmino2023-01-19T15:04:59Z2023-01-19T15:04:59Z2018-02-26info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis28 f.application/pdfSoares, Gabrielle Christina Firmino. Clima atual e passado como condutor da diversidade beta funcional e filogenética de aranhas ao longo do gradiente latitudinal. 2018. 28 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) - Departamento de Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2018.https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/3776porAtribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.ptopenAccessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2023-01-19T15:05:15Zoai:dspace:123456789/3776Repositório InstitucionalPUBhttps://repository.ufrpe.br/oai/requestrepositorio.sib@ufrpe.bropendoar:https://v2.sherpa.ac.uk/id/repository/106122023-01-19T15:05:15Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false |
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