Sensibilidade de cepas de Microcystis submetidas à coexistência com Ceratophyllum demerssum L.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Falcão, Rafael Henrique de Moura
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)
Texto Completo: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/2042
Resumo: Este trabalho objetivou avaliar a sensibilidade de quatro cepas do complexo Microcystis aeruginosa Kützing isoladas de reservatórios com a presença e ausência de macrófitas aquáticas submersas. Foi realizado um experimento de coexistência com as quatro cepas de cianobactérias, expostas à macrófita submersa Ceratophyllum demersum (ramos jovens e apicais – 7 g.L-1) durante seis dias, sob condições controladas de laboratório em erlenmeyers com 500 mL de meio nutritivo ASM1. As cepas utilizadas pertencem às espécies M. aeruginosa (BMIUFRPE-06 e BMIUFRPE-07), isoladas do reservatório de Cajueiro (com a presença de macrófitas submersas) e M. panniformis (BMIUFRPE-08 e BMIUFRPE-09), isoladas do reservatório de Tapacurá (com ausência de macrófitas submersas). O controle consistiu no cultivo de cada cepa na ausência da planta, o que totalizou oito tratamentos com quatro réplicas cada. O crescimento da macrófita foi avaliado por meio da diferença entre o peso úmido inicial e final. Alíquotas de 2 mL foram coletadas a cada dois dias, para verificar os efeitos da planta sobre a densidade das cepas, por meio da contagem de células. Esses dados foram analisados entre os tratamentos e durante os dias de amostragem, com o uso do teste T de student para dados normais e o teste de Mann-Whitney para dados não normais. Ceratophyllum demersum apresentou crescimento em todos os tratamentos em que estava exposto às cepas de cianobactérias. Em contrapartida, o crescimento das cepas foi afetado de forma diferenciada. As cepas de M. panniformis isoladas de Tapacurá (BMIUFRPE-08 e BMIUFRPE-09) foram inibidas a partir do quarto dia de experimento, enquanto que, as cepas de M. aeruginosa (Cajueiro) foram menos afetadas: BMIUFRPE-06 apresentou o crescimento reduzido a partir do quarto dia até o final do experimento; no entanto, a BMIUFRPE-07 não mostrou diferenças significativas entre os tratamentos no dia final. Desta forma, a presença de C. demersum no local de origem das cepas (Cajueiro) pode ser um fator atuante sobre a sensibilidade de Microcystis aos aleloquímicos da macrófita. A coexistência entre as cianobactérias e C. demersum no ambiente natural contribuiu para o crescimento diferenciado das cepas de Microcystis isoladas destes ambientes. Com isso, este estudo contribui para o entendimentos das estratégias de biorremediação dos reservatórios de abastecimento público com florações de cianobactérias potencialmente tóxicas.
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