A construção do ethos de violência no instagram: uma análise de selfies da hashtag #profchato

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Mônica Thais Cordeiro da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)
Texto Completo: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/1375
Resumo: Os estudos sobre o ethos discursivo (MAINGUENEAU, 2016, 2013, 2010, 2008; SILVA, 2016, 2014) e sobre o fenômeno da ciberviolência contra professores (CHARLOT, 2002 HARTMANN, 2005; ZUIN, 2012) ajudou-nos a entender que o fenômeno do ethos de violência se propaga através de um processo de incorporação do discurso por parte do interlocutor que se identifica com os valores investidos no discurso do enunciador. A partir das novas práticas discursivas dos sujeitos na web, mais especificamente no Instagram, questionamo-nos: Como se manifesta e se caracteriza o ethos de violência contra professores constituído por sujeitos estudantes em selfies encontradas na hashtag agressiva #profchato no Instagram? Para respondermos essa pergunta, temos como objetivo principal dessa monografia analisar discursivamente o ethos de violência em selfies de alunos compartilhadas na hashtag agressiva #profchato. Já os objetivos específicos são os seguintes: a) debater sobre as idiossincrasias do Instagram, com foco no funcionamento da selfie como subsídio para a constituição do ethos de violência contra professores; b) investigar a hashtag agressiva #profchato e seu poder articulador na formação do ethos violento; c) refletir sobre os ethé do Instagram e seu movimento de convergência ou divergência com o ethos de violência contra professor. Metodologicamente, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa (BAUER E GASKEL, 2002), documental (GIL, 2010), com traços de etnografia virtual (PEREIRA, 2012), a partir do método indutivo (FLICK, 2013). Fundamentamo-nos na Análise do Discurso de linha francesa (MAINGUENEAU, 2016, 2015, 2013, 2008; SILVA, 2014), na análise dos gêneros textuais digitais (ARAÚJO & LEFFA, 2016; ARAUJO& BIASI-RODRIGUES, 2005; MARCUSCHI, 2008, 2004; MARCUSCHI & XAVIER, 2004) e em estudos sobre redes sociais (FRAGOSO, RECUERO, AMARAL, 2016; RECUERO, 2009; CASTELLS, 2005, 2003), ciberviolência (ZUIN, 2010) e discurso violento (HARTMANN, 2005). Destacamos como principais resultados deste trabalho, 5 categorias de ethos presentes em selfies na comunidade discursiva #profchato:a) ethos de deboche; b) ethos de beleza; c) ethos de felicidade; d) ethos de carência e e) ethos de cansaço/aborrecimento. Além dessas categorizações, destacamos o processo de convergência/divergência desses ethé com o ethos de violência presente na hashtag #profchato. Essas constatações sinalizaram que a camuflagem do ethos de violência tem se intensificado através dos ethé populares no Instagram.
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Para respondermos essa pergunta, temos como objetivo principal dessa monografia analisar discursivamente o ethos de violência em selfies de alunos compartilhadas na hashtag agressiva #profchato. Já os objetivos específicos são os seguintes: a) debater sobre as idiossincrasias do Instagram, com foco no funcionamento da selfie como subsídio para a constituição do ethos de violência contra professores; b) investigar a hashtag agressiva #profchato e seu poder articulador na formação do ethos violento; c) refletir sobre os ethé do Instagram e seu movimento de convergência ou divergência com o ethos de violência contra professor. Metodologicamente, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa (BAUER E GASKEL, 2002), documental (GIL, 2010), com traços de etnografia virtual (PEREIRA, 2012), a partir do método indutivo (FLICK, 2013). Fundamentamo-nos na Análise do Discurso de linha francesa (MAINGUENEAU, 2016, 2015, 2013, 2008; SILVA, 2014), na análise dos gêneros textuais digitais (ARAÚJO & LEFFA, 2016; ARAUJO& BIASI-RODRIGUES, 2005; MARCUSCHI, 2008, 2004; MARCUSCHI & XAVIER, 2004) e em estudos sobre redes sociais (FRAGOSO, RECUERO, AMARAL, 2016; RECUERO, 2009; CASTELLS, 2005, 2003), ciberviolência (ZUIN, 2010) e discurso violento (HARTMANN, 2005). Destacamos como principais resultados deste trabalho, 5 categorias de ethos presentes em selfies na comunidade discursiva #profchato:a) ethos de deboche; b) ethos de beleza; c) ethos de felicidade; d) ethos de carência e e) ethos de cansaço/aborrecimento. Além dessas categorizações, destacamos o processo de convergência/divergência desses ethé com o ethos de violência presente na hashtag #profchato. Essas constatações sinalizaram que a camuflagem do ethos de violência tem se intensificado através dos ethé populares no Instagram.The studies about the ethos (MANGUENEUAU, 2016, 2013, 2010) and about the phenomenon of cyber violence against teachers (CHARLOT, 2002 HARTMANN, 2005; ZUIN, 2012) helped us to understand how the phenomenon of the ethos of violence propagates itself through a process, of incorporation of discourse, which the interlocutor identifies himself with the values invested in the speech of the enunciator. From the new discursive practices of the subjects on the web, more specifically on Instagram, we question: How is the ethos of violence against teachers characterized by student subjects in selfies found in the aggressive hashtag #profchato on Instagram? To answer this question, we have as the main objective of this monography to analyze discursively the ethos of violence in selfies of students shared in the aggressive hashtag#profchato. The specific objectives that this research develops are the following: a) to discuss about the idiosyncrasies of the Instagram, focusing on the functioning of selfie as a subsidy for the constitution of the ethos of violence against teachers; b) to investigate the aggressive hashtag#profchato and its articulating power in the formation of the violent ethos; c) to reflect about the ethé on Instagram and theiri movements of convergence or divergence with the ethos of violence against teacher.. Methodologically, we developed a qualitative research (BAUER and GASKEL, 2002) and virtual ethnography (PEREIRA, 2012), based on the inductive method (FLICK, 2013). In the analysis of the digital text genres (ARAÚJO & LEFFA, 2016; ARAUJO & BIASIRODRIGUES, 2005; MARCUSCHI, 2008, (ZUIN, 2010), and violent discourse (HARTMANN, 2005). We highlight as main results of this work of monograph, 5 categories of ethos present in selfies in the discursive community #profchato: a) ethos of debauchery; b) ethos of beauty; c) ethos of happiness; d) ethos of lack and e) ethos of tiredness / boredom. In addition to these categorizations, we highlight the process of convergence / divergence of these ethé with the ethos of violence present in the hashta g#profchato. These findings have signaled that the camouflage of the ethos of violence has intensified through the ethé popular on the Instagram.BrasilSilva, Morgana Soares dahttp://lattes.cnpq.br/6351384956234119http://lattes.cnpq.br/3406043341655042Silva, Mônica Thais Cordeiro da2019-08-27T18:38:27Z2019-08-27T18:38:27Z2019-02-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis109 f.application/pdfSILVA, Mônica Thais Cordeiro da.A construção do ethos de violência no instagram: uma análise de selfies da hashtag #profchato.2019.109f.Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Letras) – Unidade Acadêmica de Garanhuns, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, 2019.https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/1375porAtribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BRopenAccessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2022-05-18T18:21:11Zoai:dspace:123456789/1375Repositório InstitucionalPUBhttps://repository.ufrpe.br/oai/requestrepositorio.sib@ufrpe.bropendoar:https://v2.sherpa.ac.uk/id/repository/106122022-05-18T18:21:11Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false
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