Utilização de técnicas de condicionamento operante por reforço positivo como estratégia para socialização de aves

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, Hylana Victória Veiga da
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)
Texto Completo: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/5244
Resumo: Se faz importante desenvolver e utilizar ferramentas de bem-estar e socialização, pois facilitando os processos adaptativos das aves, tornamos a qualidade de vida delas muito melhor. Diante disso a presente pesquisa foi realizada no zoológico do Parque Estadual de Dois Irmãos (PEDI), com quatro espécies de aves: três alojadas em recintos de quarentena (internamento) e uma em recinto de exposição; das quais uma delas, a Arara canindé, serviu de padrão comparativo para as demais, por já estar socializada. Os animais estudados foram denominados de: animal referência, representado por um exemplar de Ara ararauna (Arara canindé); animal 1, representado por um exemplar de Ara macao (Arara canga); animal 2, representado por um exemplar de Deroptyus accipitrinus (Anacã); e animal 3, representado por um exemplar de Ramphastos toco (Tucano toco), pertencentes ao plantel do zoológico do PEDI, oriundos de doações ou apreensões. O período de treinamento foi de quatro meses para o Tucano toco, indivíduo mais “antissocial” do projeto, e três meses para os demais exemplares, entre outubro de 2019 e janeiro de 2020. Foi utilizada uma ficha técnica para cada ave durante todo experimento, cujos dados foram analisados estatisticamente pelo software R, versão 4.0.1. Foram avaliadas seis variáveis comportamentais, sendo cinco delas exibidas pelas aves e uma eliciada por pessoas da equipe de pesquisa - a variável (e) “Timeout” (ato de extinção de reforço). Desse conjunto, constavam tanto ações positivas (a exemplo de: responder imediatamente e comer na mão/luva), quanto negativas (como: bicar e não ter resposta). As análises foram conduzidas de modo a monitorar a evolução das aves no decorrer dos treinamentos e avaliar, ao término da pesquisa, o nível de socialização das mesmas. Também foi analisado o tempo de duração dos treinamentos ao rodarmos dados do “tempo de resposta”, quando a ave começava a responder, e “tempo de parada”, quando o animal parava de responder. Com isso, concluímos que, ao final do experimento, as aves foram socializadas, pois a ação positiva resposta imediata alcançou 75 a 100% de recorrência e a reação negativa que consistia em bicar foi entre 0 a 10% com três aves, com exceção do Tucano toco, cujas variáveis negativas aumentaram no último mês, em função de seu afastamento para tratamento oftalmológico. Percebemos que o tempo médio do treinamento alcançou sete minutos e que as aves sob estudo passaram a responder corriqueiramente bem e sem reações negativas. As comparações com a ave referência já socializada, serviu adequadamente de indicativo de sociabilidade.
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Os animais estudados foram denominados de: animal referência, representado por um exemplar de Ara ararauna (Arara canindé); animal 1, representado por um exemplar de Ara macao (Arara canga); animal 2, representado por um exemplar de Deroptyus accipitrinus (Anacã); e animal 3, representado por um exemplar de Ramphastos toco (Tucano toco), pertencentes ao plantel do zoológico do PEDI, oriundos de doações ou apreensões. O período de treinamento foi de quatro meses para o Tucano toco, indivíduo mais “antissocial” do projeto, e três meses para os demais exemplares, entre outubro de 2019 e janeiro de 2020. Foi utilizada uma ficha técnica para cada ave durante todo experimento, cujos dados foram analisados estatisticamente pelo software R, versão 4.0.1. Foram avaliadas seis variáveis comportamentais, sendo cinco delas exibidas pelas aves e uma eliciada por pessoas da equipe de pesquisa - a variável (e) “Timeout” (ato de extinção de reforço). Desse conjunto, constavam tanto ações positivas (a exemplo de: responder imediatamente e comer na mão/luva), quanto negativas (como: bicar e não ter resposta). As análises foram conduzidas de modo a monitorar a evolução das aves no decorrer dos treinamentos e avaliar, ao término da pesquisa, o nível de socialização das mesmas. Também foi analisado o tempo de duração dos treinamentos ao rodarmos dados do “tempo de resposta”, quando a ave começava a responder, e “tempo de parada”, quando o animal parava de responder. Com isso, concluímos que, ao final do experimento, as aves foram socializadas, pois a ação positiva resposta imediata alcançou 75 a 100% de recorrência e a reação negativa que consistia em bicar foi entre 0 a 10% com três aves, com exceção do Tucano toco, cujas variáveis negativas aumentaram no último mês, em função de seu afastamento para tratamento oftalmológico. Percebemos que o tempo médio do treinamento alcançou sete minutos e que as aves sob estudo passaram a responder corriqueiramente bem e sem reações negativas. As comparações com a ave referência já socializada, serviu adequadamente de indicativo de sociabilidade.It is important to develop and use welfare and socialization tools, as by facilitating the adaptive processes of the birds, we make their quality of life much better. In view of this, the present research was carried out at the Zoo of the Dois Irmãos State Park (PEDI), with four species of birds: three housed in quarantine enclosures (internment) and one in an exhibition enclosure; one of which, the Canindé Macaw, served as a comparative standard for the others, as it was already socialized. The studied animals were called: reference animal, represented by an Ara Ararauna (Canindé Macaw); animal 1, represented by a specimen of Ara mação (Arara canga); animal 2, represented by a specimen of Deroptyus accipitrinus (Anacá); and animal 3, represented by a specimen of Ramphastos toco (Toucano toco), belonging to the PEDI zoo, originating from donations or apprehensions. The training period lasted four months for the toucan toco, the most “antisocial” individual in the project, and three months for the other specimens, between October 2019 and January 2020. A technical sheet was used for each bird throughout the experiment, whose data were statistically analyzed using the R software, version 4.0.1. Six behavioral variables were evaluated, five of them displayed by the birds and one elicited by people from the research team - the variable (e) “Timeout” (reinforcement extinction act). This set included both positive actions (such as: responding immediately and eating in the hand/glove) and negative (such as: pecking and not having a response). The analyzes were carried out in order to monitor the evolution of the birds during the training and to evaluate, at the end of the research, their level of socialization. The duration of training was also analyzed by running data on “response time”, when the bird started to respond, and “stopping time”, when the animal stopped responding. With this, we conclude that, at the end of the experiment, the birds were socialized, as the positive action immediate response reached 75 to 100% recurrence and the negative reaction consisting of pecking was between 0 to 10% with three birds, with the exception of the Toco toucan, whose negative variables have increased in the last month, due to his absence for ophthalmological treatment. We noticed that the average training time reached seven minutes and that the birds under study began to respond normally well and without negative reactions. Comparisons with the already socialized reference bird adequately served as an indication of sociability.BrasilOliveira, Maria Adélia Borstelmann deCosta, Hylana Victória Veiga da2023-12-26T16:39:54Z2023-12-26T16:39:54Z2023-09-04info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis47 f.application/pdfCOSTA, Hylana Victória Veiga da. Utilização de técnicas de condicionamento operante por reforço positivo como estratégia para socialização de aves. 2023. 47 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Zootecnia) – Departamento de Zootecnica, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2023.https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/5244porhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt-brAtribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacionalinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2023-12-26T16:40:22Zoai:dspace:123456789/5244Repositório InstitucionalPUBhttps://repository.ufrpe.br/oai/requestrepositorio.sib@ufrpe.bropendoar:https://v2.sherpa.ac.uk/id/repository/106122023-12-26T16:40:22Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false
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