Relatório de Estágio Supervisionado Obrigatório: atividades desenvolvidas no Setor de Apicultura e Meliponicultura no Departamento de Zootecnia da UFRPE.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Suzykelly Gomes Ferreira de
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)
Texto Completo: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/5118
Resumo: As abelhas sociais nativas, também chamadas de meliponíneos, são as únicas a não apresentar ferrão (Nogueira-Neto 1997). O ferrão é atrofiado, por isso não ferroam daí o nome “abelha sem-ferrão”, como são tradicionalmente manejadas pelos indígenas, também são chamadas de “abelha indígena” (Lopes et al. 2005). Mas não diferem das demais abelhas apenas pela ausência do ferrão, como por outras características, como ninhos feitos em troncos de árvores, fendas em pedras ou no solo, ou pendurados em galhos; favos sobrepostos horizontalmente; depositam pólen misturado ao mel; e os machos após fecundarem a rainha são expulsos da colônia ou inutilizados (FABICHAK, 1989). Dentro do conceito de se desenvolver práticas agrícolas economicamente viáveis, ecologicamente sustentáveis e socialmente justas, a meliponicultura (nome dado ao cultivo das abelhas-sem-ferrão) se enquadra excelentemente dentro dos conceitos de diversificação e melhor uso das terras. Esta é uma atividade que pode ser integrada a plantios florestais, de fruteiras e/ou culturas de ciclo curto e, em muitos casos, pode até vir a contribuir no aumento da produção agrícola. Outra importante característica da meliponicultura, está de caráter social, é quanto às necessidades de sua mão de obra. Apesar de as abelhas serem mais conhecidas pela produção de mel, esse não é o seu papel de maior relevância, são também consideradas as melhores e mais eficientes agentes polinizadores da natureza, auxiliando a reprodução e perpetuação de milhares de espécies vegetais, incluindo os alimentos consumidos pelos seres humanos. A polinização é um serviço ecossistêmico responsável pela produção dos frutos e sementes, reprodução de inúmeras plantas, fornece alimento tanto para o homem quanto para animais, pela transferência do pólen das flores masculinas para as femininas, ao mesmo tempo em que se busca néctar, óleos e o que for possível extrair, é responsável pela manutenção e desenvolvimento da biodiversidade na Terra (SILVA et al., 2015). O produtor é quem decidirá qual será o foco do seu objetivo, ele pode escolher entre o que lhe convier ou poderá atender as exigências do mercado. Portanto, a atividade apícola torna-se uma fonte de renda alternativa, já que é fácil para manter e com um custo inicial pequeno, sendo importante para complementar a renda de pequenos agricultores. Um grande problema que o agricultor pode enfrentar é a continuidade de suas colmeias nos períodos de escassez de alimentos, como ao final das floradas. Nessas ocasiões, a perda do enxame pode chegar a 40%. Uma vantagem da apicultura e da meliponicultura é a de representar uma atividade de renda extra, através da venda do mel, ou ainda, pela comercialização dos enxames para os interessados em iniciar ou aumentar uma criação (LUNA, 2011). Em termos ambientais e agrícolas é uma atividade crucial. O objetivo desse trabalho foi avaliar a manutenção de colônias de abelhas nativas, alimentadas artificialmente no período de escassez de alimento, realização de atividades práticas sobre apicultura e meliponicultura, objetivando ampliar conhecimentos, vivência e experiência no setor, contribuindo de forma efetiva para essa importante atividade zootécnica. Neste relatório de estágio obrigatório supervisionado estão descritas as atividades desenvolvidas no apiário e meliponário do Departamento de Zootecnia da UFRPE, localizado em Recife – PE.
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