Digestibilidade dos nutrientes em ovinos Santa Inês recebendo dietas com diferentes fontes de carboidratos associadas à ureia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Letycia Cristine Fernandes Lira da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)
Texto Completo: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/1013
Resumo: Objetivou-se avaliar a digestibilidade de dietas baseadas em diferentes fontes de carboidratos associadas a alto nível de ureia em substituição ao farelo de soja para ovinos destinado a corte. Quatro dietas foram testadas com feno de Tifton-85 (580 g/kg de matéria seca) como forragem e milho+farelo de soja; milho+ureia; raspa de mandioca+ureia e palma forrageira+ureia como ingredientes concentrados. O experimento foi realizado no Departamento de Zootecnia da UFRPE. Foram utilizados 40 ovinos machos não castrados, distribuídos em blocos ao acaso, com quatro tratamentos e dez repetições, alojados em baias individuais de madeira, providas de comedouro e bebedouro. A duração do experimento foi de 76 dias, sendo 20 de adaptação e 56 para coleta de dados. O ensaio de digestibilidade aparente (DA) foi realizado pelo método de coleta total de fezes. Durante o período do ensaio de digestibilidade as fezes foram coletadas diariamente, para determinação dos coeficientes de digestibilidade de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, extrato etéreo, fibra em detergente neutro, carboidratos totais e carboidratos não fibrosos. Os coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) foram obtidos pela relação entre a quantidade de nutriente ingerido e o excretado. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo Teste de Tukey (P<0,05) utilizando-se o procedimento General Linear Models (GLM) do programa Statistical Analysis System (SAS). Os coeficientes de digestibilidade da matéria seca não variaram entre os tratamentos (68,2), exceto para os animais que foram alimentados com palma+ureia (59,66). A dieta que continha palma em sua composição também proporcionou menor digestibilidade da matéria orgânica (62,92) e dos carboidratos totais (63,75), comparada as dietas milho+ureia (69,50; 69,97) ou raspa+ureia (70,47; 71,91). Os coeficientes de digestibilidade da proteína bruta foram semelhantes para as dietas milho+ureia, raspa+ureia e palma+ureia (78,54), sendo maiores que a dieta controle (74,46). Os coeficientes de digestibilidade do extrato etéreo foram semelhantes entre si nos tratamentos milho+farelo de soja e milho+ureia (72,21) e semelhantes entre si nos tratamentos raspa+ureia e palma+ureia (60,68). O coeficiente de digestibilidade dos carboidratos não fibrosos foi superior para a dieta raspa+ureia (86,26). É possível a substituição total do farelo de soja pela ureia nas dietas experimentais, sobretudo na dieta composta pela associação de raspa de mandioca e ureia, que apresentou melhor resposta geral nas variáveis avaliadas com relação a digestibilidade aparente.
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O ensaio de digestibilidade aparente (DA) foi realizado pelo método de coleta total de fezes. Durante o período do ensaio de digestibilidade as fezes foram coletadas diariamente, para determinação dos coeficientes de digestibilidade de matéria seca, matéria orgânica, proteína bruta, extrato etéreo, fibra em detergente neutro, carboidratos totais e carboidratos não fibrosos. Os coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) foram obtidos pela relação entre a quantidade de nutriente ingerido e o excretado. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo Teste de Tukey (P<0,05) utilizando-se o procedimento General Linear Models (GLM) do programa Statistical Analysis System (SAS). Os coeficientes de digestibilidade da matéria seca não variaram entre os tratamentos (68,2), exceto para os animais que foram alimentados com palma+ureia (59,66). A dieta que continha palma em sua composição também proporcionou menor digestibilidade da matéria orgânica (62,92) e dos carboidratos totais (63,75), comparada as dietas milho+ureia (69,50; 69,97) ou raspa+ureia (70,47; 71,91). Os coeficientes de digestibilidade da proteína bruta foram semelhantes para as dietas milho+ureia, raspa+ureia e palma+ureia (78,54), sendo maiores que a dieta controle (74,46). Os coeficientes de digestibilidade do extrato etéreo foram semelhantes entre si nos tratamentos milho+farelo de soja e milho+ureia (72,21) e semelhantes entre si nos tratamentos raspa+ureia e palma+ureia (60,68). O coeficiente de digestibilidade dos carboidratos não fibrosos foi superior para a dieta raspa+ureia (86,26). É possível a substituição total do farelo de soja pela ureia nas dietas experimentais, sobretudo na dieta composta pela associação de raspa de mandioca e ureia, que apresentou melhor resposta geral nas variáveis avaliadas com relação a digestibilidade aparente.The objective of this study was to evaluate the digestibility of diets based on different sources of carbohydrates associated with high urea levels, replacing soybean in diets for sheeps. Four diets were tested with Tifton-85 hay (580 g/kg dry matter) as forage and corn+soybean; corn+urea; cassava scraping+urea and cactus pear+urea as concentrated ingredients. The experiment was carried out at the Animal Science Department of UFRPE. 40 male uncastrated sheep were used, distributed in random blocks, with four treatments and ten replications, housed in individual wooden stalls, equipped with feeder and drinking fountain. The duration of the experiment was 76 days, 20 of adaptation and 56 for data collection. The apparent digestibility (AD) assay was performed by the total fecal collection method. During the period of the digestibility test the feces were collected daily to determine the digestibility coefficients of dry matter, organic matter, crude protein, ethereal extract, neutral detergent fiber, total carbohydrates and non-fibrous carbohydrates. The apparent digestibility coefficients (ADC) were obtained by the relationship between the amount of ingested and excreted nutrients. The data were submitted to analysis of variance and the averages were compared by the Tukey test (P <0,05) procedure using the General Linear Models (GLM) of the Statistical Analysis System (SAS) program. The dry matter digestibility coefficients did not vary among the treatments, except for the animals that were fed with cactus pear+urea (59,66). The diet that contained cactus pear in its composition also provided lower digestibility of organic matter (62,92) and total carbohydrates (63,75), compared to corn+urea (69,50; 69,97) or cassava scraping+urea diets (70,47; 71,91). The crude protein digestibility coefficients were similar for the corn+urea, cassava scraping+urea and cactus pear+urea diets (78,54), being higher than the control diet (74,46). The digestibility coefficients of the ethereal extract were similar to each other in treatments corn+soybean and corn+urea (72,21) and similar to each other in the treatments cassava scraping+urea and cactus pear+urea (60,68). The digestibility coefficient of the non-fibrous carbohydrates was higher for the cassava scraping+urea diet (86,26). It is possible the total replacement of soybean by urea in the experimental diets, especially in the diet composed by the association of manioc and urea, which presented better overall response in the variables evaluated in relation to the apparent digestibility.BrasilCarvalho, Francisco Fernando Ramos dehttp://lattes.cnpq.br/3420693856221234http://lattes.cnpq.br/8552194153767195Silva, Letycia Cristine Fernandes Lira da2019-05-14T19:05:18Z2019-05-14T19:05:18Z2019-01-15info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis36 f.application/pdfSILVA, Letycia Cristine Fernandes Lira da Digestibilidade dos nutrientes em ovinos Santa Inês recebendo dietas com diferentes fontes de carboidratos associadas à ureia. 2019. 36 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Zootecnia) - Departamento de Zootecnia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2019.https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/1013porAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/deed.en_USopenAccessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2019-05-30T15:55:02Zoai:dspace:123456789/1013Repositório InstitucionalPUBhttps://repository.ufrpe.br/oai/requestrepositorio.sib@ufrpe.bropendoar:https://v2.sherpa.ac.uk/id/repository/106122019-05-30T15:55:02Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false
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