Influência de variáveis biométricas de espécies florestais na interceptação pluvial da floresta urbana tropical
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) |
Texto Completo: | https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/4776 |
Resumo: | As florestas urbanas são importantes reguladoras da água, pois reduzem a sobrecarga nos reservatórios hídricos, diminuindo a intensidade das enchentes. As árvores retêm a água pluvial e auxiliam na penetração gradual da água no subsolo, tornando-se importantes para a regulação hídrica em áreas urbanas. Esta capacidade varia de acordo com características biométricas de cada espécie e indivíduo, sendo a maioria variáveis relacionadas com a copa. Para quantificar e classificar os benefícios da floresta urbana como ferramenta de regulação hídrica, é necessário um estudo aprofundado dos serviços prestados pelas árvores. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a influência das variáveis biométricas de indivíduos de Senna siamea e Paubrasilia echinata na interceptação pluvial. Foi testada a hipótese de que há diferença significativa entre o volume de água interceptado pelas espécies de acordo com seus diferentes padrões biométricos conferidos pelas variáveis morfológicas, dendrométricas e índices morfométricos. Para testar a hipótese, foram selecionados indivíduos de ambas as espécies presentes na floresta urbana tropical de Recife - PE. A seleção das árvores foi baseada em critérios como tamanho, idade, saúde e localização geográfica. Foram medidas as variáveis morfológicas, dendrométricas e índices morfométricos de cada árvore selecionada, bem como o volume de água interceptado pelas árvores durante os eventos pluviométricos. Os resultados foram discutidos em relação à hipótese formulada, com a identificação das diferenças significativas encontradas entre as variáveis estudadas. Dessa forma, observou-se que as taxas de interceptação pluvial entre as duas espécies foram acima de 50% na maioria dos eventos. Em caráter comparativo, a espécie P. echinata apresentou uma interceptação pluvial ligeiramente maior do que a espécie S. siamea em quase todos os eventos. A média da interceptação do grupo P. echinata (55,99%) foi maior do que a do grupo S. siamea (46,97%). Esses resultados indicam que a espécie P. echinata pode ter uma maior capacidade de interceptação pluvial do que a espécie S. siamea. Foi avaliado que a intensidade da chuva afetou diretamente a interceptação pluvial de ambas as espécies. Em eventos com intensidade de chuva menor (0,3mm/h), os percentuais médios de interceptação das espécies foram mais elevadas (85,5%), sendo (84%) para P.echinata e (87%). Para S. siamea, enquanto que em eventos com intensidade de chuva mais alta (8,5mm/h), as porcentagens médias de interceptação foram mais baixas (36%) sendo (41,3%) para P. echinata e (30,83%) Para S. siamea. Para P. echinata, a correlação de Spearman revelou que a proporção de copa apresentou-se positiva significativa com a interceptação média (0,76), enquanto a formal de copa e o índice de abrangência apresentaram correlações negativas (-0,71). Para P. echinata, indivíduos com maiores proporções de copas mais arredondadas e menos ramificadas estiveram relacionados a uma maior interceptação pluvial. Outras variáveis avaliadas não apresentaram correlação significativa com a interceptação média. Para S. siamea, foi constatado que o estudo não encontrou correlação significativa a 5% entre interceptação pluvial e as variáveis biométricas avaliadas, sugerindo a necessidade de aumentar o tamanho da amostra e assim melhorar a precisão das estimativas e aumentar o poder estatístico do teste. No entanto, é importante destacar que a correlação não implica causalidade entre as variáveis. Foi observado que indivíduos de S.siamea da amostra apresentam características morfológicas que podem favorecer uma maior cobertura de copa e, consequentemente, maior potencial para oferta de serviços ecossistêmicos quando bem desenvolvidos, mas estão sofrendo de desbastes excessivos.. |
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Influência de variáveis biométricas de espécies florestais na interceptação pluvial da floresta urbana tropicalArborização urbanaServiços ambientaisÁguas pluviaisEscoamentoAs florestas urbanas são importantes reguladoras da água, pois reduzem a sobrecarga nos reservatórios hídricos, diminuindo a intensidade das enchentes. As árvores retêm a água pluvial e auxiliam na penetração gradual da água no subsolo, tornando-se importantes para a regulação hídrica em áreas urbanas. Esta capacidade varia de acordo com características biométricas de cada espécie e indivíduo, sendo a maioria variáveis relacionadas com a copa. Para quantificar e classificar os benefícios da floresta urbana como ferramenta de regulação hídrica, é necessário um estudo aprofundado dos serviços prestados pelas árvores. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a influência das variáveis biométricas de indivíduos de Senna siamea e Paubrasilia echinata na interceptação pluvial. Foi testada a hipótese de que há diferença significativa entre o volume de água interceptado pelas espécies de acordo com seus diferentes padrões biométricos conferidos pelas variáveis morfológicas, dendrométricas e índices morfométricos. Para testar a hipótese, foram selecionados indivíduos de ambas as espécies presentes na floresta urbana tropical de Recife - PE. A seleção das árvores foi baseada em critérios como tamanho, idade, saúde e localização geográfica. Foram medidas as variáveis morfológicas, dendrométricas e índices morfométricos de cada árvore selecionada, bem como o volume de água interceptado pelas árvores durante os eventos pluviométricos. Os resultados foram discutidos em relação à hipótese formulada, com a identificação das diferenças significativas encontradas entre as variáveis estudadas. Dessa forma, observou-se que as taxas de interceptação pluvial entre as duas espécies foram acima de 50% na maioria dos eventos. Em caráter comparativo, a espécie P. echinata apresentou uma interceptação pluvial ligeiramente maior do que a espécie S. siamea em quase todos os eventos. A média da interceptação do grupo P. echinata (55,99%) foi maior do que a do grupo S. siamea (46,97%). Esses resultados indicam que a espécie P. echinata pode ter uma maior capacidade de interceptação pluvial do que a espécie S. siamea. Foi avaliado que a intensidade da chuva afetou diretamente a interceptação pluvial de ambas as espécies. Em eventos com intensidade de chuva menor (0,3mm/h), os percentuais médios de interceptação das espécies foram mais elevadas (85,5%), sendo (84%) para P.echinata e (87%). Para S. siamea, enquanto que em eventos com intensidade de chuva mais alta (8,5mm/h), as porcentagens médias de interceptação foram mais baixas (36%) sendo (41,3%) para P. echinata e (30,83%) Para S. siamea. Para P. echinata, a correlação de Spearman revelou que a proporção de copa apresentou-se positiva significativa com a interceptação média (0,76), enquanto a formal de copa e o índice de abrangência apresentaram correlações negativas (-0,71). Para P. echinata, indivíduos com maiores proporções de copas mais arredondadas e menos ramificadas estiveram relacionados a uma maior interceptação pluvial. Outras variáveis avaliadas não apresentaram correlação significativa com a interceptação média. Para S. siamea, foi constatado que o estudo não encontrou correlação significativa a 5% entre interceptação pluvial e as variáveis biométricas avaliadas, sugerindo a necessidade de aumentar o tamanho da amostra e assim melhorar a precisão das estimativas e aumentar o poder estatístico do teste. No entanto, é importante destacar que a correlação não implica causalidade entre as variáveis. Foi observado que indivíduos de S.siamea da amostra apresentam características morfológicas que podem favorecer uma maior cobertura de copa e, consequentemente, maior potencial para oferta de serviços ecossistêmicos quando bem desenvolvidos, mas estão sofrendo de desbastes excessivos..Urban forests are important water regulators as they reduce the overload on water reservoirs, decreasing the intensity of floods. Trees retain rainwater and aid in the gradual penetration of water into the soil, making them important for water regulation in urban areas. This ability varies according to the biometric characteristics of each species and individual, with the majority of variables related to the canopy. To quantify and classify the benefits of urban forests as a tool for water regulation, a thorough study of the services provided by trees is necessary. In this sense, the present research aimed to evaluate the influence of biometric variables of individuals of Senna siamea and Paubrasilia echinata on rainwater interception. The hypothesis tested was that there is a significant difference in the volume of water intercepted by the species according to their different biometric patterns conferred by morphological, dendrometric, and morphometric variables. To test the hypothesis, individuals of both species present in the tropical urban forest of Recife - PE were selected. The selection of trees was based on criteria such as size, age, health, and geographical location. The morphological, dendrometric, and morphometric variables of each selected tree were measured, as well as the volume of water intercepted by the trees during rainfall events. The results were discussed in relation to the formulated hypothesis, with the identification of significant differences found between the studied variables. Thus, it was observed that the rates of rainwater interception between the two species were above 50% in most events. In a comparative nature, the species P. echinata showed slightly higher rainwater interception than the species S. siamea in almost all events. The average interception of the P. echinata group (55.99%) was higher than that of the S. siamea group (46.97%). These results indicate that the P. echinata species may have a greater capacity for rainwater interception than the S. siamea species. It was evaluated that the intensity of the rain directly affected the rainwater interception of both species. In events with lower rainfall intensity (0.3mm/h), the average percentages of interception of the species were higher (85.5%), being (84%) for P.echinata and (87%) for S.siamea, while in events with higher rainfall intensity (8.5mm/h), the average percentages of interception were lower (36%), being (41.3%) for P.echinata and (30.83%) for S.siamea. For P. echinata, the Spearman correlation revealed that the canopy proportion presented a significant positive correlation with the average interception (0.76), while the canopy shape and coverage index presented negative correlations (-0.71). For P. echinata, individuals with larger proportions of more rounded and less branched canopies were related to higher rainwater interception. Other evaluated variables did not present a significant correlation with the average interception. For S. siamea, it was found that the study did not find a significant correlation at 5% between rainwater interception and the evaluated biometric variables, suggesting the need to increase the sample size and thus improve the precision of the estimates and increase the statistical power of the test. However, it is important to highlight that correlation does not imply causality between variables. It was observed that individuals of S. siamea from the sample have morphological characteristics that can favor greater canopy coverage and, consequently, greater potential for the provision of ecosystem services when well developed, but are suffering from excessive prunning.CAPESBrasilLima Neto, Everaldo Marques dehttp://lattes.cnpq.br/4967227193918552http://lattes.cnpq.br/6791561445213969Moura, Thiago Allain Martins Siqueira2023-07-18T18:42:13Z2023-07-18T18:42:13Z2023-04-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis54 f.application/pdfMOURA, Thiago Allain Martins Siqueira. Influência de variáveis biométricas de espécies florestais na interceptação pluvial da floresta urbana tropical. 2023. 54 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia Florestal) - Departamento de Ciência Florestal, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2023.https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/4776porAtribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BRopenAccessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2023-07-18T18:42:16Zoai:dspace:123456789/4776Repositório InstitucionalPUBhttps://repository.ufrpe.br/oai/requestrepositorio.sib@ufrpe.bropendoar:https://v2.sherpa.ac.uk/id/repository/106122023-07-18T18:42:16Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false |
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As florestas urbanas são importantes reguladoras da água, pois reduzem a sobrecarga nos reservatórios hídricos, diminuindo a intensidade das enchentes. As árvores retêm a água pluvial e auxiliam na penetração gradual da água no subsolo, tornando-se importantes para a regulação hídrica em áreas urbanas. Esta capacidade varia de acordo com características biométricas de cada espécie e indivíduo, sendo a maioria variáveis relacionadas com a copa. Para quantificar e classificar os benefícios da floresta urbana como ferramenta de regulação hídrica, é necessário um estudo aprofundado dos serviços prestados pelas árvores. Nesse sentido, a presente pesquisa teve como objetivo avaliar a influência das variáveis biométricas de indivíduos de Senna siamea e Paubrasilia echinata na interceptação pluvial. Foi testada a hipótese de que há diferença significativa entre o volume de água interceptado pelas espécies de acordo com seus diferentes padrões biométricos conferidos pelas variáveis morfológicas, dendrométricas e índices morfométricos. Para testar a hipótese, foram selecionados indivíduos de ambas as espécies presentes na floresta urbana tropical de Recife - PE. A seleção das árvores foi baseada em critérios como tamanho, idade, saúde e localização geográfica. Foram medidas as variáveis morfológicas, dendrométricas e índices morfométricos de cada árvore selecionada, bem como o volume de água interceptado pelas árvores durante os eventos pluviométricos. Os resultados foram discutidos em relação à hipótese formulada, com a identificação das diferenças significativas encontradas entre as variáveis estudadas. Dessa forma, observou-se que as taxas de interceptação pluvial entre as duas espécies foram acima de 50% na maioria dos eventos. Em caráter comparativo, a espécie P. echinata apresentou uma interceptação pluvial ligeiramente maior do que a espécie S. siamea em quase todos os eventos. A média da interceptação do grupo P. echinata (55,99%) foi maior do que a do grupo S. siamea (46,97%). Esses resultados indicam que a espécie P. echinata pode ter uma maior capacidade de interceptação pluvial do que a espécie S. siamea. Foi avaliado que a intensidade da chuva afetou diretamente a interceptação pluvial de ambas as espécies. Em eventos com intensidade de chuva menor (0,3mm/h), os percentuais médios de interceptação das espécies foram mais elevadas (85,5%), sendo (84%) para P.echinata e (87%). Para S. siamea, enquanto que em eventos com intensidade de chuva mais alta (8,5mm/h), as porcentagens médias de interceptação foram mais baixas (36%) sendo (41,3%) para P. echinata e (30,83%) Para S. siamea. Para P. echinata, a correlação de Spearman revelou que a proporção de copa apresentou-se positiva significativa com a interceptação média (0,76), enquanto a formal de copa e o índice de abrangência apresentaram correlações negativas (-0,71). Para P. echinata, indivíduos com maiores proporções de copas mais arredondadas e menos ramificadas estiveram relacionados a uma maior interceptação pluvial. Outras variáveis avaliadas não apresentaram correlação significativa com a interceptação média. Para S. siamea, foi constatado que o estudo não encontrou correlação significativa a 5% entre interceptação pluvial e as variáveis biométricas avaliadas, sugerindo a necessidade de aumentar o tamanho da amostra e assim melhorar a precisão das estimativas e aumentar o poder estatístico do teste. No entanto, é importante destacar que a correlação não implica causalidade entre as variáveis. Foi observado que indivíduos de S.siamea da amostra apresentam características morfológicas que podem favorecer uma maior cobertura de copa e, consequentemente, maior potencial para oferta de serviços ecossistêmicos quando bem desenvolvidos, mas estão sofrendo de desbastes excessivos.. |
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