Acessando a resiliência na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (Nordeste do Brasil) para embasar decisões de manejo.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Thaysa Carla Gomes da
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)
Texto Completo: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/3827
Resumo: Os recifes de corais são principalmente caracterizados por abrigarem uma das maiores biodiversidades da Terra, além de serem reconhecidos pelo fornecimento de vastos bens e serviços. No Brasil, os recifes estão distribuídos por mais de 3.000km ao longo da costa do país, representando o único sistema recifal do Atlântico Sul e estão sendo afetados por diversas ameaças devido ao rápido desenvolvimento das zonas costeiras e alta exploração dos seus recursos. Reconhecer quando os recifes de corais estão se tornando criticamente frágeis é um grande desafio, e, por isso, medidas de resiliência foram consideradas uma estratégia para evitar a crescente degradação. Portanto, alguns estudos vêm desenvolvendo metodologias utilizando diversos fatores para indicar e calcular a resiliência dos recifes com o objetivo de desenvolver estratégias de gestão e conservação. Sendo assim, é relevante o estudo sobre a resiliência dos recifes de corais no Nordeste do Brasil baseado em seu uso, com a finalidade de incentivar um posterior gerenciamento e monitoramento, promovendo a diminuição da degradação do ecossistema e influenciando na escolha de áreas prioritárias para a conservação. Ao longo da Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (PE e AL) existem inúmeras formações recifais com diferentes intensidades de uso, incluindo áreas de exclusão de uso e áreas de elevada intensidade de uso turístico. Desta forma, o local permite analisar a resiliência do ponto de vista comparativo entre os diferentes setores recifais e relacionar o grau de resiliência com os indicadores, sob diferentes situações de uso e conservação. Para isso, foi elaborado um questionário analisando os indicadores de resiliência selecionados previamente com base na literatura. Ele foi aplicado ao Conselho da APA para análise desses parâmetros nos 21 recifes presentes em locais que constituem a APA Costa dos Corais, sendo elas: Tamandaré (4 recifes), São José da Coroa Grande (3), Maragogi (4),Japaratinga (3), Porto de Pedras (3) e São Miguel dos Milagres (4). Os recifes atingiram uma pontuação de 41 para menor resiliência (São Miguel dos Milagres) até 71 para maior resiliência (Maragogi). De acordo com o ranking, foram identificados os recifes que obtiveram alta (> 62), média (entre 52 e 60) e baixa resiliência (< 51). A localização com maior quantidade de recifes com alta resiliência está em Japaratinga, enquanto o local com menor quantidade está em São Miguel dos Milagres. Também é possível observar que os recifes que obtiveram maior pontuação estão localizados em áreas restritas ao uso, enquanto as que estão presentes em Zonas de Visitação obtiveram pontuações mais baixas, representando cerca de 66% dos recifes com baixa resiliência. Com exceção da Piscina de São Miguel dos Milagres, todas as Zonas de Proteção da Vida Marinha foram consideradas áreas de alta resiliência. No geral, nossos resultados mostram que a gestão da APA Costa dos Corais tem sido acertada quanto a escolha das áreas fechadas, já que elas, de fato, apresentam elevados índices de resiliência, com exceção da única Zona de Proteção Marinha em São Miguel dos Milagres. No entanto, alguns indicadores de resilência podem ser melhorados com ações de manejo.
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Portanto, alguns estudos vêm desenvolvendo metodologias utilizando diversos fatores para indicar e calcular a resiliência dos recifes com o objetivo de desenvolver estratégias de gestão e conservação. Sendo assim, é relevante o estudo sobre a resiliência dos recifes de corais no Nordeste do Brasil baseado em seu uso, com a finalidade de incentivar um posterior gerenciamento e monitoramento, promovendo a diminuição da degradação do ecossistema e influenciando na escolha de áreas prioritárias para a conservação. Ao longo da Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (PE e AL) existem inúmeras formações recifais com diferentes intensidades de uso, incluindo áreas de exclusão de uso e áreas de elevada intensidade de uso turístico. Desta forma, o local permite analisar a resiliência do ponto de vista comparativo entre os diferentes setores recifais e relacionar o grau de resiliência com os indicadores, sob diferentes situações de uso e conservação. Para isso, foi elaborado um questionário analisando os indicadores de resiliência selecionados previamente com base na literatura. Ele foi aplicado ao Conselho da APA para análise desses parâmetros nos 21 recifes presentes em locais que constituem a APA Costa dos Corais, sendo elas: Tamandaré (4 recifes), São José da Coroa Grande (3), Maragogi (4),Japaratinga (3), Porto de Pedras (3) e São Miguel dos Milagres (4). Os recifes atingiram uma pontuação de 41 para menor resiliência (São Miguel dos Milagres) até 71 para maior resiliência (Maragogi). De acordo com o ranking, foram identificados os recifes que obtiveram alta (> 62), média (entre 52 e 60) e baixa resiliência (< 51). A localização com maior quantidade de recifes com alta resiliência está em Japaratinga, enquanto o local com menor quantidade está em São Miguel dos Milagres. Também é possível observar que os recifes que obtiveram maior pontuação estão localizados em áreas restritas ao uso, enquanto as que estão presentes em Zonas de Visitação obtiveram pontuações mais baixas, representando cerca de 66% dos recifes com baixa resiliência. Com exceção da Piscina de São Miguel dos Milagres, todas as Zonas de Proteção da Vida Marinha foram consideradas áreas de alta resiliência. No geral, nossos resultados mostram que a gestão da APA Costa dos Corais tem sido acertada quanto a escolha das áreas fechadas, já que elas, de fato, apresentam elevados índices de resiliência, com exceção da única Zona de Proteção Marinha em São Miguel dos Milagres. No entanto, alguns indicadores de resilência podem ser melhorados com ações de manejo.Coral reefs are mainly characterized by having one of Earth's greatest biodiversity, as well as being recognized for the provision of vast goods and services. In Brazil, the reefs are distributed over 3,000km along the coast of the country, representing the only reef system in the South Atlantic and being affected by several threats due to the rapid development of coastal areas and high exploitation of its resources. Recognizing when coral reefs are becoming critically fragile is a major challenge, and therefore resilience measures have been considered a strategy to avoid degradation. For this reason, some studies have been developing methodologies using several factors to indicate and calculate reef resilience in order to develop management and conservation strategies. Therefore, it is relevant to study the resilience of coral reefs in Brazil based on their use in order to improve management and monitoring, promoting the reduction of ecosystem degradation and influencing the choice of priority areas for conservation. Along Costa dos Corais Environmental Protection Area, there are several reefs with different intensities of use, including areas of exclusion of use and areas of high intensity of tourist use. In this way, the site allows to analyze the resilience from the comparative point of view between different reef sectors, under their different situations of use and conservation and relating their degree of resilience with the indicators. For this purpose, the resilience factors were selected based on the literature and all indicators were posed as questions. The questions were applied to APACC’s Council to analyze these parameters in APACC’s 21 reefs, about the following sites: Tamandaré (4 reefs), São José da Coroa Grande (3), Maragogi (4), Japaratinga (3), Porto de Pedras (3) and São Miguel dos Milagres (4). The reefs reached a score of 41 for lowest resilience (São Miguel dos Milagres) up to 71 for highest resilience (Maragogi). According to the ranking, the reefs that obtained high (> 62), medium (between 52 and 60) and low resilience (< 51) were identified. The location with the highest amount of reefs with high resilience is in Japaratinga, while the lowest site is in São Miguel dos Milagres. It is also possible to observe that the reefs that obtained higher scores are located in areas restricted to the use, while those that are present in Visitation Zones obtained lower scores, representing about 66% of the reefs considered with low resilience. With the exception of Piscina de São Miguel dos Milagres, all Marine Life Protection Zones were considered areas of high resilience. Overall, our results show that the management of APA Costa dos Corais has been successful in selecting closed areas, since they have high resilience, with the exception of the only Marine Protection Zone in São Miguel dos Milagres. However, some indicators of resilience can be improved with management actions.BrasilGomes, Paula Bragahttp://lattes.cnpq.br/2654152836966384http://lattes.cnpq.br/3289333472399959Silva, Thaysa Carla Gomes da2023-01-30T13:04:48Z2023-01-30T13:04:48Z2018-08-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis34 f.application/pdfSilva, Thaysa Carla Gomes da. Acessando a resiliência na Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (Nordeste do Brasil) para embasar decisões de manejo. 2018. 34 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Ciências Biológicas) - Departamento de Biologia, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2018.https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/3827poropenAccessAtribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND 4.0)https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/deed.pt_BRinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2023-01-30T13:04:49Zoai:dspace:123456789/3827Repositório InstitucionalPUBhttps://repository.ufrpe.br/oai/requestrepositorio.sib@ufrpe.bropendoar:https://v2.sherpa.ac.uk/id/repository/106122023-01-30T13:04:49Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false
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