POLÍTICA DE DIVIDENDOS E O CICLO DE VIDA ORGANIZACIONAL: EVIDÊNCIAS DAS COMPANHIAS LISTADAS NA B3

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Carolina
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Heissler, Ismael Paulo, Victor, Fernanda Gomes, Lerner, Arthur Frederico
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Administração de Roraima - RARR
Texto Completo: https://revista.ufrr.br/adminrr/article/view/6044
Resumo: A política de dividendos abrange as decisões das companhias sobre a remuneração aos seus acionistas, o quanto será distribuído e o quanto irá ser reinvestido de seus rendimentos. Diversas pesquisas buscam determinar os principais fatores que levam as empresas a pagar ou deixar de pagar dividendos. O objetivo deste estudo é avaliar a relação entre a política de dividendos e o ciclo de vida organizacional, mapeados conforme os diferentes comportamentos (sinais positivos ou negativos) dos componentes dos fluxos de caixa das atividades operacionais, de financiamento e de investimento, segundo o modelo de Dickinson (2011). A amostra totalizou 145 companhias com ações negociadas na B3 e compreendeu o período de 2008 a 2016. As análises foram efetuadas por meio de regressão modelo tobit, com dados em painel não balanceados, para duas variáveis dependentes distintas: dividend payout e dividend yield. Os resultados demonstram indícios de relação da política de dividendos com as três etapas iniciais do ciclo de vida, nascimento, crescimento e maturidade. As etapas de nascimento e crescimento apresentaram significância negativa para o yield, corroborando com o estudo de Mueller (1972). A terceira etapa, maturidade, apresentou relação positiva para os testes com as duas variáveis de interesse, o que reafirma os estudos de Miller e Modigliani (1963) e Anthony e Ramesh (1992), de que empresas no estágio de maturidade tendem a ter um acréscimo no pagamento de dividendos em relação àquelas em fases iniciais; por outro lado, refutam o estudo de Miller e Frisen (1984) que demonstra que os estágios de maturidade, assim como declínio, indicam características mais conservadoras das companhias, e pagam menos dividendos. As demais significâncias encontradas reafirmaram os resultados esperados para tais variáveis.
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