A ética aristotélica como caminho para a realização máxima do humano
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13524 |
Resumo: | O objetivo desta dissertação é fazer uma investigação sobre a eudaimonia a partir da obra Ética a Nicômaco, procurando investigar o que teria levado Aristóteles a identificar o maior bem atingível pelo homem com a felicidade. Procuramos demonstrar que a felicidade representa, para Aristóteles, um bem autossuficiente, buscado por si mesmo e não em função de outra coisa. Ela é um bem dominante, isto é, o bem por excelência e não a abertura para o abarcamento de outros bens. De outro modo, a busca por uma vida feliz seria algo interminável e jamais se daria plenamente. Verificamos ainda que a felicidade não deve ser entendida como uma posse permanentemente assegurada, isso porque mesmo um homem considerado feliz não possuirá nenhuma garantia de que terá sua felicidade segura de maneira permanente, porque a eudaimonia deverá ser compreendida como uma atividade que requer uma vida ativa. No livro X da Ética a Nicômaco, Aristóteles apresenta dois tipos de eudaimonia, uma que se dá no plano contemplativo e a outra que se realiza através das virtudes éticas. A felicidade que se dá no plano contemplativo é considerada a mais perfeita e a mais autossuficiente, permitindo ao homem realizar o que existe de mais divino em si, que é a razão, enquanto que a felicidade proporcionada pelas virtudes éticas só pode possibilitar ao homem uma felicidade tipicamente humana, daí a afirmação aristotélica de ser ela um tipo de felicidade secundária. |
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Ela é um bem dominante, isto é, o bem por excelência e não a abertura para o abarcamento de outros bens. De outro modo, a busca por uma vida feliz seria algo interminável e jamais se daria plenamente. Verificamos ainda que a felicidade não deve ser entendida como uma posse permanentemente assegurada, isso porque mesmo um homem considerado feliz não possuirá nenhuma garantia de que terá sua felicidade segura de maneira permanente, porque a eudaimonia deverá ser compreendida como uma atividade que requer uma vida ativa. No livro X da Ética a Nicômaco, Aristóteles apresenta dois tipos de eudaimonia, uma que se dá no plano contemplativo e a outra que se realiza através das virtudes éticas. A felicidade que se dá no plano contemplativo é considerada a mais perfeita e a mais autossuficiente, permitindo ao homem realizar o que existe de mais divino em si, que é a razão, enquanto que a felicidade proporcionada pelas virtudes éticas só pode possibilitar ao homem uma felicidade tipicamente humana, daí a afirmação aristotélica de ser ela um tipo de felicidade secundária.The aim of this dissertation is to investigate eudaimony from the work Nicomachean Ethics, searching to investigate what would have led Aristotle to identify the greatest good attainable by man with happiness. We try to demonstrate that happiness represents, for Aristotle, a self-sufficient good, sought by itself and not by any other thing. It is a dominant good, that is, the good for excellence, not the openness to the covering of other goods. Otherwise, the search for a happy life would be endless and never fully realized. We also find that happiness shouldn’t be understood as permanently secured possession, because even a considered happy man to be happy will have no guarantee that he will have his happiness permanently secured, because eudaimony should be understood as an activity that requires an active life. In Book X of the Nicomachean Ethics, Aristotle presents two types of eudaimony, one that occurs in the contemplative plane and the other one that is realized through the ethical virtues. Happiness on the contemplative plane is considered the most perfect and the most self-sufficient, allowing man to realize that which is most divine in himself, which is reason, whereas happiness provided by the ethical virtues can only enable man human happiness, hence the Aristotelian assertion that it is a kind of secondary happiness.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisHappinessUltimate finalSelf-sufficiencyVirtueContemplationFelicidadeFim últmoAutossuficiênciaVirtudeContemplaçãoFilosofiaA ética aristotélica como caminho para a realização máxima do humanoThe aristotelian ethics as the way for the maximum realization of the humaninfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisARISTÓTELES, Ética a Nicômaco. Tradução de Mário da Gama Kury 3ª ed. Brasília, 1999. ______________, Ética a Nicômaco. Tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W. D. Ross In: Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1973, v.4. _____________, The Nicomachean Ethics. Tradução de Sir W.D. Ross. In: The Works of Aristotle, Great Books of the Western World. Chicago: Encyclopaedia Britannica, 1952, v.9. ______________, Nicomacheian Ethics. Trans. H. Rackham. Cambridge: Harvard University Press, 2003. ______________, Ética a Eudemo. Tradução de Edson Bini. São Paulo: Edipro, 2015. ______________, Magna Moralia. In Loeb Classical Library, Aristotle XVIII, LCL 287. Cambridge: Harvard University Press, 2006. ______________, Metafisica: Ensaio introdutório, texto grego com tradução e comentário de Giovanni Reale. Tradução de Marcelo Perine. Vol.II 2.ed. São Paulo: Loyola, 2005. Met, 982a1ss ______________, Política. Tradução: Ross, W. D. Oxford: Oxford University Press, 1957. ______________, Política. (Edição bilíngue). Tradução de Antônio C. Amaral e Carlos de Carvalho Gomes. 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