Interações entre plantas e aves frugívoras no campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Trabalho de conclusão de curso |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/5404 |
Resumo: | O conhecimento das interações entre plantas e aves frugívoras em ambientes urbanos contribui para uma melhor compreensão da funcionalidade dos mesmos, fornecendo bases teóricas para o manejo adequado. Este trabalho teve como objetivo descrever as interações entre aves frugívoras e frutos no campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ. Os dados foram coletados de maio de 2010 a março de 2011, através de observações visuais. Os registros das interações foram obtidos ao longo de uma trilha de 6.600 metros subdividida em três porções de aproximadamente 2.200 metros, os quais foram percorridos uma vez por mês sendo consideradas todas as interações observadas entre aves e frutos. Para avaliar o grau de sobreposição dos recursos alimentares entre as estações seca e úmida foi utilizado o índice de Pianka. Diferenças entre as estações no número de espécies de aves interagindo com plantas e no número de plantas que tiveram seus frutos consumidos por aves foram avaliadas através de testes de qui-quadrado. Um esforço amostral de 103 horas e 06 minutos de observação resultou em 279 registros de interações entre aves e plantas. Foram observadas 26 espécies de aves consumindo frutos, pertencentes a 13 famílias. Plantas de 26 espécies, pertencentes a 13 famílias, tiveram seus frutos consumidos. A família Thraupidae foi a que teve maior número de interações devido principalmente ao sanhaço-cinzento Tangara sayaca, que teve o maior número de registros (n = 106, 38%) e foi a que interagiu com maior número de espécies de plantas (n=16). As espécies mais consumidas foram Ficus sp. (n = 69), F. benjamina (n = 66), Acacia auriculiformis (n = 38) e Elaeis guineensis (n = 25), que totalizaram 71% das interações observadas. Dezesseis espécies de aves atuaram como potenciais dispersoras de sementes, ingerindo frutos inteiros ou removendo-os para longe das plantas-mães, destacando-se T. sayaca. O índice de Pianka foi alto (POI = 0,85) indicando grande sobreposição na utilização dos recursos alimentares entre as estações. Não houve diferença significativa no número de interações entre as estações seca e úmida (X2 = 1,84; p = 0,18). O número de espécies de aves que interagiram com os frutos (X2 = 0,051; p = 0,82) e o número de espécies de plantas que tiveram seus frutos consumidos (X2 = 1,47; p = 0,23) também não diferiram entre as estações. As plantas do campus contribuíram para manter uma alta diversidade de aves na área, através do oferecimento de recursos em ambas as estações do ano. No entanto, o fato de apenas quatro espécies de plantas exóticas terem sido responsáveis pela maior parte das interações, destaca a necessidade do enriquecimento da arborização local, preferencialmente com espécies nativas da Mata Atlântica. |
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Silva, Rafael Fonseca de MedeirosPires, AlexandraFerreira, IldemarSimão, Sheila MarinoPires, Alexandra2021-02-06T09:36:31Z2021-02-06T09:36:31Z2011-06-29https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/5404O conhecimento das interações entre plantas e aves frugívoras em ambientes urbanos contribui para uma melhor compreensão da funcionalidade dos mesmos, fornecendo bases teóricas para o manejo adequado. Este trabalho teve como objetivo descrever as interações entre aves frugívoras e frutos no campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ. Os dados foram coletados de maio de 2010 a março de 2011, através de observações visuais. Os registros das interações foram obtidos ao longo de uma trilha de 6.600 metros subdividida em três porções de aproximadamente 2.200 metros, os quais foram percorridos uma vez por mês sendo consideradas todas as interações observadas entre aves e frutos. Para avaliar o grau de sobreposição dos recursos alimentares entre as estações seca e úmida foi utilizado o índice de Pianka. Diferenças entre as estações no número de espécies de aves interagindo com plantas e no número de plantas que tiveram seus frutos consumidos por aves foram avaliadas através de testes de qui-quadrado. Um esforço amostral de 103 horas e 06 minutos de observação resultou em 279 registros de interações entre aves e plantas. Foram observadas 26 espécies de aves consumindo frutos, pertencentes a 13 famílias. Plantas de 26 espécies, pertencentes a 13 famílias, tiveram seus frutos consumidos. A família Thraupidae foi a que teve maior número de interações devido principalmente ao sanhaço-cinzento Tangara sayaca, que teve o maior número de registros (n = 106, 38%) e foi a que interagiu com maior número de espécies de plantas (n=16). As espécies mais consumidas foram Ficus sp. (n = 69), F. benjamina (n = 66), Acacia auriculiformis (n = 38) e Elaeis guineensis (n = 25), que totalizaram 71% das interações observadas. Dezesseis espécies de aves atuaram como potenciais dispersoras de sementes, ingerindo frutos inteiros ou removendo-os para longe das plantas-mães, destacando-se T. sayaca. O índice de Pianka foi alto (POI = 0,85) indicando grande sobreposição na utilização dos recursos alimentares entre as estações. Não houve diferença significativa no número de interações entre as estações seca e úmida (X2 = 1,84; p = 0,18). O número de espécies de aves que interagiram com os frutos (X2 = 0,051; p = 0,82) e o número de espécies de plantas que tiveram seus frutos consumidos (X2 = 1,47; p = 0,23) também não diferiram entre as estações. As plantas do campus contribuíram para manter uma alta diversidade de aves na área, através do oferecimento de recursos em ambas as estações do ano. No entanto, o fato de apenas quatro espécies de plantas exóticas terem sido responsáveis pela maior parte das interações, destaca a necessidade do enriquecimento da arborização local, preferencialmente com espécies nativas da Mata Atlântica.The knowledge of the interactions among plants and frugivorous birds in urban environments contribute to a better understanding of them, providing a theoretical basis for adequate management. This study aimed to describe the interactions between frugivorous birds and fruits on the campus of the Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ. Data were collected from May 2010 to March 2011, through visual observations. Records of interactions were obtained along a 6,600 meters trail, divided into three portions of approximately 2,200 meters, which were walked once a month, were all interactions observed between birds and fruits were recorded. To assess the degree of overlap of food resources between dry and wet seasons, the index of Pianka was used. Differences between seasons in the number of bird species interacting with plants and the number of plants that had their fruits eaten by birds were evaluated using the chi-squared tests. A sampling effort of 103 hours and 06 minutes of observation resulted in 279 records of interactions among birds and plants. Twenty six bird species, belonging to 13 families, were observed consuming fruits. Plants of 26 species belonging to 13 families had their fruits consumed. The family Thraupidae had the highest number of interactions, due mainly to the sayaca tanager Tangara sayaca, which had the largest number of records (n = 106) and was the species that interacted with the higher number of plants (n = 16). The most consumed species were Ficus sp. (N = 69), Ficus benjamina (n = 66), Acacia auriculiformis (n = 38) and Elaeis guineensis (n = 25), which accounted for 71% of observed interactions. Sixteen bird species act as potential seed dispersers, ingesting whole fruits or removing them away from parent trees, especially T. sayaca. The Pianka's index was high (POI = 0.85) indicating a large overlap in resource use between seasons. There was no significant difference in the number of interactions between dry and wet seasons (X2 = 1.84, p = 0.18). The number of bird species that interacted with the fruits (X2 = 0.051, p = 0.82) and the number of plant species that had its fruits eaten (X2 = 1.47, p = 0.23) also did not differ between seasons. The plants of the campus contributed to maintain a high diversity of birds, through the resource offering at both year seasons. However, the fact that only four exotic species were responsible for the majority of interactions, highlights the necessity of enriches the local arborization, preferentially with Atlantic Forest native species.FrugivoriaDispersão de sementesPredação de sementesArborização urbanaInterações entre plantas e aves frugívoras no campus da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisbachareladoporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALRafael_Medeiros.pdfRafael_Medeiros.pdfapplication/pdf732121https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5404/1/Rafael_Medeiros.pdf70fde806473c9b9f4faf1b81621520daMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5404/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTRafael_Medeiros.pdf.txtRafael_Medeiros.pdf.txtExtracted texttext/plain72846https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5404/4/Rafael_Medeiros.pdf.txt83df2fcf522f9b6153f97d5f17ea2657MD54THUMBNAILRafael_Medeiros.pdf.jpgRafael_Medeiros.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1428https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5404/3/Rafael_Medeiros.pdf.jpgcb4fc388da15006965e43440e556ea3bMD5320.500.14407/54042023-11-09 12:32:46.206oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/5404Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-11-09T15:32:46Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false |
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