Caracterização das subunidades das emissões sonoras de Megaptera novaeangliae (Borowski, 1781) na costa do Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10771 |
Resumo: | Neste estudo foi abordada a segmentação da canção de baleias jubarte com base na definição das subunidades. As emissões sonoras das jubarte foram identificadas e caracterizadas de modo a estruturar o primeiro banco de dados de sons de mamíferos marinhos do Atlântico Sul Ocidental. Constatou-se a importância dessas subunidades por apresentarem um grau de variação pequeno, ajudando na identificação da espécie em sistemas de Monitoramento Acústico Passivo Autônomo (MAPA). Os registros das vocalizações das baleias foram realizados pela equipe do Instituto Baleia Jubarte (IBJ) de 2006 a 2013, na região de Abrolhos, Bahia, Brasil. Foram realizadas sete leituras das subunidades através do software Raven 1.4, avaliando-se: (1) Alta da frequência (Hz); (2) Média da potência (dB); (3) Energia (dB); (4) Frequência central (Hz); (5) Frequência máxima (Hz); (6) Delta do tempo (s); e (7) Delta da frequência (Hz). Foram calculados a média, o desvio padrão, o valor mínimo, e o valor máximo. Realizadas análises multivariadas das variâncias com o valores do teste Post Hoc onde p>0,05 não representa variação significativa ao ano. Nos anos de 2006, 2007, 2009 e 2011 houve qualidade satisfatória para realizar as análises, o que correspondeu a 14% do total das gravações, com 4:06:54h de gravações. Os registros analisados foram adquiridos nos meses de maior ocorrência de jubarte. 862 subunidades foram identificadas e analisadas. As subunidades identificadas foram A, B e C. A subunidade A (n = 156; 18%), anteriormente encontrada em uma área de alimentação no nordeste da Islândia (2011), no Alasca (2012) e na região de Abrolhos, em todos anos estudados. A subunidade B (n = 205; 24%), com ocorrência em áreas de alimentação da Islândia (2000) e no Alasca (2012) e na área de reprodução no Havaí (1991) e na região de Abrolhos foram registradas em todos anos pesquisados. A subunidade C (n = 501; 51%) foi anteriormente registrada nas áreas de reprodução de Madagascar (2009), Havaí (1989 e 1991), México (2006), Austrália (2009) e Nova Caledônia (2010) e na área de alimentação da Antártica (2010). Algumas subunidades não apresentaram diferenças significativas em alguns anos estudados. As subunidades são preservadas ao longo dos anos principalmente nos parâmetros alta frequência, frequência central, frequência máxima, delta de tempo e delta da frequência. O parâmetro delta do tempo demostrou também a sua média e desvio padrão mais uniforme, indicando que este deve ser usado como caráter diferenciador nas análises de emissões sonoras de jubarte. A subunidade C apresentou uma grande distribuição geográfica principalmente no Hemisfério Sul. A comparação das subunidades encontradas com as registrads na literatura demostra que elas são adequados marcadores bioacústicos para a jubarte no uso de metodologia do MAPA. Os dados obtidos no presente estudo serão usados para iniciar o primeiro banco de dados de sons para mamíferos aquáticos no Atlântico Sul, denominado SONOTECA, em parceria com o SISISMMAM (Sistema Integrado de Som e Monitoramento de Mamíferos Marinhos) /IBAMA. |
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Moreira, Sergio CarvalhoSimão, Sheila Marino69510814768http://lattes.cnpq.br/1704946542749907Oliveira, Rodrigo Hipólito TardinSilva, Hélio Ricardo daGuedes, Patrícia Gonçalves1185851771http://lattes.cnpq.br/56130092307222662023-12-22T01:42:56Z2023-12-22T01:42:56Z2016-02-24MOREIRA, Sergio Carvalho. Caracterização das subunidades das emissões sonoras de Megaptera novaeangliae (Borowski, 1781) na costa do Brasil. 2016. 44 f. Dissertação (Mestrado em Biologia Animal) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2016.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10771Neste estudo foi abordada a segmentação da canção de baleias jubarte com base na definição das subunidades. As emissões sonoras das jubarte foram identificadas e caracterizadas de modo a estruturar o primeiro banco de dados de sons de mamíferos marinhos do Atlântico Sul Ocidental. Constatou-se a importância dessas subunidades por apresentarem um grau de variação pequeno, ajudando na identificação da espécie em sistemas de Monitoramento Acústico Passivo Autônomo (MAPA). Os registros das vocalizações das baleias foram realizados pela equipe do Instituto Baleia Jubarte (IBJ) de 2006 a 2013, na região de Abrolhos, Bahia, Brasil. Foram realizadas sete leituras das subunidades através do software Raven 1.4, avaliando-se: (1) Alta da frequência (Hz); (2) Média da potência (dB); (3) Energia (dB); (4) Frequência central (Hz); (5) Frequência máxima (Hz); (6) Delta do tempo (s); e (7) Delta da frequência (Hz). Foram calculados a média, o desvio padrão, o valor mínimo, e o valor máximo. Realizadas análises multivariadas das variâncias com o valores do teste Post Hoc onde p>0,05 não representa variação significativa ao ano. Nos anos de 2006, 2007, 2009 e 2011 houve qualidade satisfatória para realizar as análises, o que correspondeu a 14% do total das gravações, com 4:06:54h de gravações. Os registros analisados foram adquiridos nos meses de maior ocorrência de jubarte. 862 subunidades foram identificadas e analisadas. As subunidades identificadas foram A, B e C. A subunidade A (n = 156; 18%), anteriormente encontrada em uma área de alimentação no nordeste da Islândia (2011), no Alasca (2012) e na região de Abrolhos, em todos anos estudados. A subunidade B (n = 205; 24%), com ocorrência em áreas de alimentação da Islândia (2000) e no Alasca (2012) e na área de reprodução no Havaí (1991) e na região de Abrolhos foram registradas em todos anos pesquisados. A subunidade C (n = 501; 51%) foi anteriormente registrada nas áreas de reprodução de Madagascar (2009), Havaí (1989 e 1991), México (2006), Austrália (2009) e Nova Caledônia (2010) e na área de alimentação da Antártica (2010). Algumas subunidades não apresentaram diferenças significativas em alguns anos estudados. As subunidades são preservadas ao longo dos anos principalmente nos parâmetros alta frequência, frequência central, frequência máxima, delta de tempo e delta da frequência. O parâmetro delta do tempo demostrou também a sua média e desvio padrão mais uniforme, indicando que este deve ser usado como caráter diferenciador nas análises de emissões sonoras de jubarte. A subunidade C apresentou uma grande distribuição geográfica principalmente no Hemisfério Sul. A comparação das subunidades encontradas com as registrads na literatura demostra que elas são adequados marcadores bioacústicos para a jubarte no uso de metodologia do MAPA. Os dados obtidos no presente estudo serão usados para iniciar o primeiro banco de dados de sons para mamíferos aquáticos no Atlântico Sul, denominado SONOTECA, em parceria com o SISISMMAM (Sistema Integrado de Som e Monitoramento de Mamíferos Marinhos) /IBAMA.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis study addressed the segmentation of the song of humpback whales based on the definition of the subunits. The humpback whale voalizations were identified and characterized in order to structurate the first data bank of sounds of marine mammals of the Southwestern Atlantic. It was noted the importance of these subunits because they have a degree of small variation, assisting in the identification of the species for the Autonomic Passive Acoustic Monitoring System (MAPA). Records of vocalizations of whales were conducted by the Humpback Whale Institute team (IBJ), between 2006 and 2013, in the region of Abrolhos, Bahia State, Brazil. They held seven readings of the subunits through the Raven 1.4 software, by evaluating: (1) High frequency (Hz); (2) Average power (dB); (3) Energy (dB); (4) Center frequency (Hz); (5) Maximum frequency (Hz); (6) Delta Time (s); and (7) Delta frequency (Hz). There were calculated the average, standard deviation, minimum and maximum values. Multivariate analysis of variance with post-hoc test values were performed where p>0.05 did not represent a significant change in the years. In the years 2006, 2007, 2009 and 2011 there was satisfactory quality to perform the analyzes, which corresponded to 14% of total recordings in 4:06:54 hours. The records analyzed were purchased in the months of highest occurrence of humpback. 862 subunits were identified and analyzed. The identified subunits were A, B and C. The subunit A: n= 156(18%), previously found in a feeding area in the northeast of Iceland (2011), Alaska (2012) and in the region of Abrolhos in all years studied. The B subunit: n= 205(24%), occurring in feeding areas of Iceland (2000) and Alaska (2012) and the breeding area in Hawaii (1991). In Abrolhos region they were recorded in all years studied. The C subunit: 501(51%) was previously recorded in the breeding areas of Madagascar (2009), Hawaii (1989 and 1991), Mexico (2006), Australia (2009) and New Caledonia (2010) and in the feeding area Antarctica (2010). Some subunits showed no significant differences in some of the studied years. The subunits are preserved over the years especially in following parameters: high frequency, center frequency, maximum frequency, delta time and the delta frequency. The parameter delta time has also shown more uniform average and standard deviation, indicating that this should be used as a differentiating character in the analysis of humpback sound emissions. The C subunit had a wide geographic distribution, mainly in the Southern Hemisphere. Comparison of subunits found in the literature shows that they are suitable bioacustic markers for humpback in the usage of MAPA methodology. The data obtained in this study will be used to start the first sound database for marine mammals in the South Atlantic, called SONOTECA, in partnership with the SISMMAM (Marine Mammals Sound and Monitoring Integrated System)/IBAMA.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Biologia AnimalUFRRJBrasilInstituto de Ciências Biológicas e da SaúdeMegaptera novaeangliaeBioacusticSubunitBioacústica, ,SubunidadeZoologiaCaracterização das subunidades das emissões sonoras de Megaptera novaeangliae (Borowski, 1781) na costa do BrasilCharacterization of the subunits of the vocalizations of Megaptera novaeangliae (Borowski, 1781) on coast of Brazilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisAU, W. W. L.; PACK, A. A.; LAMMERS, M. O.; HERMAN, L. M.; DEAKOS, M. H.; ANDREWS, K. Acoustic properties of humpback whale songs. The Journal of the Acoustical Society of America, v.120, p. 1103-1110. 2006 AU, W. W. L.; FRANKEL, A; HELWE, A; CATO, D. H. Against the humpback whale sonar hypothesis. IEEE Journal of Oceanic Engineering, v.2, n. 26, p. 295-300. 2001. ARRAUT, E. M.; VIELLIARD, J. M. E. The song of the Brazilian population of humpback whale Megaptera novaeangliae in the year 2000: individual song variations and possible implications. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v.76, n. 2, p. 373-380, 2004 ABBOT, T, A.; PREMUS, V. E.; ABBOT, P. A.; MAYER, O. A. Receiver operating characteristic for a spectrogram correlator-based humpback whale detectorclassifier. Journal of the Acoustical Society of America, v. 132 n. 3, p. 1502- 1510. 2012. ANDRIOLO, A.; KINAS, P. G.; ENGEL, M. H.; MARTINS, C.C.A.; RUFINO, A.M. Humpback whales within the Brazilian breeding ground: distribution and population size estimate. 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Neste estudo foi abordada a segmentação da canção de baleias jubarte com base na definição das subunidades. As emissões sonoras das jubarte foram identificadas e caracterizadas de modo a estruturar o primeiro banco de dados de sons de mamíferos marinhos do Atlântico Sul Ocidental. Constatou-se a importância dessas subunidades por apresentarem um grau de variação pequeno, ajudando na identificação da espécie em sistemas de Monitoramento Acústico Passivo Autônomo (MAPA). Os registros das vocalizações das baleias foram realizados pela equipe do Instituto Baleia Jubarte (IBJ) de 2006 a 2013, na região de Abrolhos, Bahia, Brasil. Foram realizadas sete leituras das subunidades através do software Raven 1.4, avaliando-se: (1) Alta da frequência (Hz); (2) Média da potência (dB); (3) Energia (dB); (4) Frequência central (Hz); (5) Frequência máxima (Hz); (6) Delta do tempo (s); e (7) Delta da frequência (Hz). Foram calculados a média, o desvio padrão, o valor mínimo, e o valor máximo. Realizadas análises multivariadas das variâncias com o valores do teste Post Hoc onde p>0,05 não representa variação significativa ao ano. Nos anos de 2006, 2007, 2009 e 2011 houve qualidade satisfatória para realizar as análises, o que correspondeu a 14% do total das gravações, com 4:06:54h de gravações. Os registros analisados foram adquiridos nos meses de maior ocorrência de jubarte. 862 subunidades foram identificadas e analisadas. As subunidades identificadas foram A, B e C. A subunidade A (n = 156; 18%), anteriormente encontrada em uma área de alimentação no nordeste da Islândia (2011), no Alasca (2012) e na região de Abrolhos, em todos anos estudados. A subunidade B (n = 205; 24%), com ocorrência em áreas de alimentação da Islândia (2000) e no Alasca (2012) e na área de reprodução no Havaí (1991) e na região de Abrolhos foram registradas em todos anos pesquisados. A subunidade C (n = 501; 51%) foi anteriormente registrada nas áreas de reprodução de Madagascar (2009), Havaí (1989 e 1991), México (2006), Austrália (2009) e Nova Caledônia (2010) e na área de alimentação da Antártica (2010). Algumas subunidades não apresentaram diferenças significativas em alguns anos estudados. As subunidades são preservadas ao longo dos anos principalmente nos parâmetros alta frequência, frequência central, frequência máxima, delta de tempo e delta da frequência. O parâmetro delta do tempo demostrou também a sua média e desvio padrão mais uniforme, indicando que este deve ser usado como caráter diferenciador nas análises de emissões sonoras de jubarte. A subunidade C apresentou uma grande distribuição geográfica principalmente no Hemisfério Sul. A comparação das subunidades encontradas com as registrads na literatura demostra que elas são adequados marcadores bioacústicos para a jubarte no uso de metodologia do MAPA. Os dados obtidos no presente estudo serão usados para iniciar o primeiro banco de dados de sons para mamíferos aquáticos no Atlântico Sul, denominado SONOTECA, em parceria com o SISISMMAM (Sistema Integrado de Som e Monitoramento de Mamíferos Marinhos) /IBAMA. |
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