Para que nunca se esqueçam: leituras compartilhadas de O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15388 |
Resumo: | Esta pesquisa se origina do projeto de leitura compartilhada do romance O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz, na turma 1901 da Escola Municipal Ginásio Emilinha Borba, elaborado no ano de 2019. Projeto que se desvirtuou na medida em que compreendia etapas cujos métodos e procedimentos sofreram mudanças impostas pelo fechamento das escolas no ano de 2020. A partir do momento no qual determinados problemas inerentes a nossa realidade estão escancarados, o trabalho acabou se encaminhando para a reflexão sobre o espaço onde a escola se situa sob os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa, a sociopolítica de exclusão que atinge o Brasil ficou bastante evidente e ainda mais profunda na escola pública. O romance selecionado para o projeto sugere a investigação de um crime ocultado entre as pedras do Cais do Valongo. A metodologia de trabalho contava com a observação dos alunos no compartilhamento de suas leituras subjetivas e na troca com outras leituras mais experientes, a fim de investigar se (e como) ocorreria a atualização do texto literário, como estratégias leitoras que se atravessam num ponto de cruzo. A leitura de literatura que reconhece as sabedorias plurais foi guia para o projeto e também saída alternativa quando apareceram as dificuldades de aplicação e de conclusão do trabalho. Com a pandemia e enquanto nos adaptávamos ao uso de máscaras, no caminho que a pesquisa percorria, além das pedras do Cais do Valongo, outra pedra ficava escancarada. E, no decorrer desta dissertação, são desenvolvidas algumas observações sobre o percurso da pesquisa de modo a aproveitar as lacunas vivenciadas como espaço propício para falar de outras coisas também. Diante do caráter emergencial de certos assuntos, este texto se configurará não somente como registro e análise das atividades didáticas em formato de dissertação. Será também um relato deste tempo pautado pelo meu testemunho no curso dos acontecimentos e estruturado no trânsito de teorias e práticas da educação e da literatura em cruzamento com sabedorias populares e ancestrais construídas pela diáspora negro-brasileira. |
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Pereira, Nathalia AugustoPasche, Marcos Estevão Gomes097.197.867-01https://orcid.org/0000-0001-7935-3957http://lattes.cnpq.br/1462493361956902Pasche, Marcos Estevão Gomes097.197.867-01https://orcid.org/0000-0001-7935-3957http://lattes.cnpq.br/1462493361956902Dias, Ana Crélia Penha026.374.957-66http://lattes.cnpq.br/3509210486494683Barbieri, Claudiahttps://orcid.org/0000-0001-7862-6570http://lattes.cnpq.br/3638724589479153126.381.747-50https://orcid.org/0000-0002-1417-4664http://lattes.cnpq.br/29698411275805982023-12-22T03:16:47Z2023-12-22T03:16:47Z2021-04-08PEREIRA, Nathalia Augusto. Para que nunca se esqueçam: leituras compartilhadas de O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz. 2021. 122 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2021.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15388Esta pesquisa se origina do projeto de leitura compartilhada do romance O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz, na turma 1901 da Escola Municipal Ginásio Emilinha Borba, elaborado no ano de 2019. Projeto que se desvirtuou na medida em que compreendia etapas cujos métodos e procedimentos sofreram mudanças impostas pelo fechamento das escolas no ano de 2020. A partir do momento no qual determinados problemas inerentes a nossa realidade estão escancarados, o trabalho acabou se encaminhando para a reflexão sobre o espaço onde a escola se situa sob os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa, a sociopolítica de exclusão que atinge o Brasil ficou bastante evidente e ainda mais profunda na escola pública. O romance selecionado para o projeto sugere a investigação de um crime ocultado entre as pedras do Cais do Valongo. A metodologia de trabalho contava com a observação dos alunos no compartilhamento de suas leituras subjetivas e na troca com outras leituras mais experientes, a fim de investigar se (e como) ocorreria a atualização do texto literário, como estratégias leitoras que se atravessam num ponto de cruzo. A leitura de literatura que reconhece as sabedorias plurais foi guia para o projeto e também saída alternativa quando apareceram as dificuldades de aplicação e de conclusão do trabalho. Com a pandemia e enquanto nos adaptávamos ao uso de máscaras, no caminho que a pesquisa percorria, além das pedras do Cais do Valongo, outra pedra ficava escancarada. E, no decorrer desta dissertação, são desenvolvidas algumas observações sobre o percurso da pesquisa de modo a aproveitar as lacunas vivenciadas como espaço propício para falar de outras coisas também. Diante do caráter emergencial de certos assuntos, este texto se configurará não somente como registro e análise das atividades didáticas em formato de dissertação. Será também um relato deste tempo pautado pelo meu testemunho no curso dos acontecimentos e estruturado no trânsito de teorias e práticas da educação e da literatura em cruzamento com sabedorias populares e ancestrais construídas pela diáspora negro-brasileira.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis research originates from the shared reading project of the novel O crime do Cais do Valongo, by Eliana Alves Cruz, in the 1901 class of the Escola Municipal Ginásio Emilinha Borba, elaborated in the 2019. Project that was distorted to the extent that it comprised stages whose methods and procedures underwent changes imposed by the closure of schools in the year 2020. From the moment when certain problems inherent to our reality are wide open, the work ended up leading to reflection on the space where the school is located under the effects of the new coronavírus pandemic. During the development of the research project, the socio- politics of exclusion that affects Brazil was quite evident and even more profound in the public school. The novel selected for the project suggests the investigation of a crime hidden among the stones of Cais do Valongo. The work methodology relied on the observation of students in the sharing of their subjective readings and in the exchange with other more experienced readings, in order to investigate whether (and how) the updating of the literary text would occur, as reading strategies that cross over at a point of view cross. The reading of literature that recognizes plural wisdoms was a guide for the project and also an alternative way out when the difficulties of application and completion job. With the pandemic and while we were adapting to the use of masks, on the path that the research was taking, in addition to the stones of Cais do Valongo, another stone was wide open. And, in the course of this dissertation, some observations about the research path are developed in order to take advantage of the gaps experienced as a conducive space to talk about other things as well. In view of the emergency nature of certain subjects, this text will be configured not only as a record and analysis of didactic activities in the form of a dissertation. It will also be an account of this time guided by my testimony in the course of events and structured in the transit of theories and practices of education and literature in intersection with popular and ancestral wisdoms built by the black- Brazilian diáspora.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em LetrasUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisEnsinoLeitura literáriaPandemiaLiteratura Negro-brasileiraBlack Brasilian LiteraryTeachingLiterary ReadingPandemicEducaçãoPara que nunca se esqueçam: leituras compartilhadas de O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves CruzSo that they never forget: shared readings of O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruzinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisANTUNES, Irande. Lutar com palavras: coesão e coerência. São Paulo: Parábola Editorial, 2005 BARTHES, Roland. Aula. Trad.: L. Perrone-Moisés. São Paulo: Cultrix, 2013. BRASIL. 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Para que nunca se esqueçam: leituras compartilhadas de O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz Pereira, Nathalia Augusto Ensino Leitura literária Pandemia Literatura Negro-brasileira Black Brasilian Literary Teaching Literary Reading Pandemic Educação |
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Esta pesquisa se origina do projeto de leitura compartilhada do romance O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz, na turma 1901 da Escola Municipal Ginásio Emilinha Borba, elaborado no ano de 2019. Projeto que se desvirtuou na medida em que compreendia etapas cujos métodos e procedimentos sofreram mudanças impostas pelo fechamento das escolas no ano de 2020. A partir do momento no qual determinados problemas inerentes a nossa realidade estão escancarados, o trabalho acabou se encaminhando para a reflexão sobre o espaço onde a escola se situa sob os efeitos da pandemia do novo coronavírus. Durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa, a sociopolítica de exclusão que atinge o Brasil ficou bastante evidente e ainda mais profunda na escola pública. O romance selecionado para o projeto sugere a investigação de um crime ocultado entre as pedras do Cais do Valongo. A metodologia de trabalho contava com a observação dos alunos no compartilhamento de suas leituras subjetivas e na troca com outras leituras mais experientes, a fim de investigar se (e como) ocorreria a atualização do texto literário, como estratégias leitoras que se atravessam num ponto de cruzo. A leitura de literatura que reconhece as sabedorias plurais foi guia para o projeto e também saída alternativa quando apareceram as dificuldades de aplicação e de conclusão do trabalho. Com a pandemia e enquanto nos adaptávamos ao uso de máscaras, no caminho que a pesquisa percorria, além das pedras do Cais do Valongo, outra pedra ficava escancarada. E, no decorrer desta dissertação, são desenvolvidas algumas observações sobre o percurso da pesquisa de modo a aproveitar as lacunas vivenciadas como espaço propício para falar de outras coisas também. Diante do caráter emergencial de certos assuntos, este texto se configurará não somente como registro e análise das atividades didáticas em formato de dissertação. Será também um relato deste tempo pautado pelo meu testemunho no curso dos acontecimentos e estruturado no trânsito de teorias e práticas da educação e da literatura em cruzamento com sabedorias populares e ancestrais construídas pela diáspora negro-brasileira. |
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PEREIRA, Nathalia Augusto. Para que nunca se esqueçam: leituras compartilhadas de O crime do Cais do Valongo, de Eliana Alves Cruz. 2021. 122 f. Dissertação (Mestrado em Letras) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2021. |
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