Efeito da radiação ultraviolaeta e do tratamento térmico na molhabilidade de três madeiras de reflorestamento

• Autor(a) principal: Soares, Isabela Lisboa
• Data de Publicação: 2020
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
• Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/8716
• topic: Goniômetro; Mufla elétrica; Ângulo de contato

O presente estudo teve como objetivo avaliar o efeito do tratamento térmico e da radiação ultravioleta na molhabilidade de Pinus caribaea, Khaya ivorensis e Corymbia citriodora, oriundas do campus da UFRRJ. As árvores das três espécies foram previamente abatidas, desdobradas, secas ao sol e encontravam-se acondicionadas em câmera climática, a 20 °C e 65% de umidade relativa, no Laboratório de Propriedades Físico-mecânicas da Madeira, do Departamento de Produtos Florestais, da UFRRJ. Foram produzidas ripas de dimensão 2,1 x 4,8 x 31,0 cm, estas foram selecionadas visualmente, evitando-se aquelas com nós, fissuras, rachaduras e outros defeitos na superfície. Parte das ripas foram tratadas termicamente em uma mufla elétrica, a 160 °C e 200 °C e com o aparelho goniômetro registrou-se o ângulo de contato formado entre a gota de água séssil e a superfície da madeira das três espécies. Foram feitos registros de ângulo de contato para a madeira com a superfície oxidada e fresca (passada em uma lâmina de micrótomo). Os registros de ângulo de contato ocorreram a cada 10 segundos, durante 120 segundos para Khaya ivorensis e Corymbia citriodora, e a cada 5 segundos, durante 60 segundos para o Pinus caribaea. Após isso, as amostras foram expostas a radiação UV, em diferentes intervalos de tempo (0, 42, 84, 126 e 168 h). O ensaio de envelhecimento acelerado ocorreu em uma cabine de luz, com lâmpadas de 365 nm de comprimento de onda e potência de 20 W. Após cada ciclo de exposição foram realizados novos registros de ângulo de contato para as três espécies. P. caribaea, única conífera dentre as espécies estudadas, foi a espécie que apresentou a maior molhabilidade, já a C. citriodora foi a que apresentou menor molhabilidade. Houve um aumento significativo do ângulo de contato até as primeiras 84 horas de exposição, após esse período os aumentos foram graduais e não significativos. Por fim, pôde-se concluir que o fator espécie e que o efeito combinado da exposição a irradiação ultravioleta e tratamento térmico afetaram de forma significativa a molhabilidade das madeiras estudadas.