Associações entre peixes e invertebrados bentônicos e suas relações com variáveis ambientais em ambientes costeiros rasos do estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Prado, Fernanda Silva de Aguiar
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/5386
Resumo: Ambientes marinhos costeiros, como praias arenosas, podem ser caracterizados dentre outros fatores pelo grau de exposição às ondas, que exercem grande importância no controle das características químicas e físicas das praias. As condições ambientais destes ambientes, por sua vez, influenciam na ocorrência e estabelecimento das comunidades bióticas. Assim, a caracterização ambiental e suas relações com grupos biológicos torna-se de grande importância para a compreensão do funcionamento do ecossistema. Neste estudo, além de caracterizar a ictiofauna e a comunidade bentônica de três sistemas costeiros no Estado do Rio de Janeiro, buscamos relacionar os padrões destas duas comunidades com as variáveis ambientais, bem como analisar as relações entre peixes e invertebrados bentônicos. Entre março/2014 e dezembro/2015, foram realizadas amostras trimestrais em 6 praias, sendo duas da Baía de Sepetiba (Itacuruçá e Muriqui), duas na Baia da Ilha Grande (São Gonçalo e São Gonçalinho) e duas em Praias Oceânicas (Recreio e Grumari), com 4 repetições em cada praia. Em cada amostra foram coletados dados de peixes, do sedimento e das variáveis ambientais. Nossos resultados mostraram que as Praias de Baías foram classificadas como abrigadas, enquanto que as Praias Oceânicas foram classificadas em expostas. A Baía de Sepetiba destacou-se por apresentar altos níveis de nutrientes no sedimento, enquanto a Baía da Ilha Grande apresentou baixa turbidez. A maior riqueza de espécies de peixes foi registrada na Baía de Sepetiba, enquanto que as Praias Oceânicas apresentaram maior abundancia numérica. Os invertebrados bentônicos apresentaram maior número de famílias e maior abundância na Baía de Sepetiba. Os invertebrados bentônicos foram mais associados a granulometria grosseira e baixos níveis de matéria orgânica. Observamos que as relações entre peixes e bentos não foram significativas, porém relações pontuais foram observadas. Por exemplo, as espécies de peixes Trachinotus falcatus e Micropogonias funieri, foram diretamente associados com a presença de poliquetas da família Saccocirridae e crustáceos da família Capitelidae, respectivamente, o que pode ocorrer devido a preferências por similares características ambientais ou por uma possível relação trófica entre esses dois grupos. Se faz necessário a realização de futuros trabalhos visando investigar melhor a relação entre esses dois grupos bióticos.
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Neste estudo, além de caracterizar a ictiofauna e a comunidade bentônica de três sistemas costeiros no Estado do Rio de Janeiro, buscamos relacionar os padrões destas duas comunidades com as variáveis ambientais, bem como analisar as relações entre peixes e invertebrados bentônicos. Entre março/2014 e dezembro/2015, foram realizadas amostras trimestrais em 6 praias, sendo duas da Baía de Sepetiba (Itacuruçá e Muriqui), duas na Baia da Ilha Grande (São Gonçalo e São Gonçalinho) e duas em Praias Oceânicas (Recreio e Grumari), com 4 repetições em cada praia. Em cada amostra foram coletados dados de peixes, do sedimento e das variáveis ambientais. Nossos resultados mostraram que as Praias de Baías foram classificadas como abrigadas, enquanto que as Praias Oceânicas foram classificadas em expostas. A Baía de Sepetiba destacou-se por apresentar altos níveis de nutrientes no sedimento, enquanto a Baía da Ilha Grande apresentou baixa turbidez. A maior riqueza de espécies de peixes foi registrada na Baía de Sepetiba, enquanto que as Praias Oceânicas apresentaram maior abundancia numérica. Os invertebrados bentônicos apresentaram maior número de famílias e maior abundância na Baía de Sepetiba. Os invertebrados bentônicos foram mais associados a granulometria grosseira e baixos níveis de matéria orgânica. Observamos que as relações entre peixes e bentos não foram significativas, porém relações pontuais foram observadas. Por exemplo, as espécies de peixes Trachinotus falcatus e Micropogonias funieri, foram diretamente associados com a presença de poliquetas da família Saccocirridae e crustáceos da família Capitelidae, respectivamente, o que pode ocorrer devido a preferências por similares características ambientais ou por uma possível relação trófica entre esses dois grupos. Se faz necessário a realização de futuros trabalhos visando investigar melhor a relação entre esses dois grupos bióticos.Coastal marine environments, such as sandy beaches, can be characterized among other factors by the degree of wave exposure, which have great importance in controlling the chemical and physical characteristics of the beaches. The environmental conditions of these environments, in turn, influence the occurrence and settlement of biotic communities. Thus, environmental characterization and the description of relationship with biological groups becomes of great importance to understand the functioning of the ecosystem. In this study, beside to characterize the ichthyofauna and the benthic community of three coastal systems in the State of Rio de Janeiro, we sought to relate the patterns of these two communities in relation to the environmental variables, as well as to analysed the relationships between fish and benthic invertebrates. Quarterly samplings were carried out between March 2014 and December 2015, at 6 beaches, two in the Sepetiba Bay (Itacuruçá and Muriqui), two in the Ilha Grande Bay (São Gonçalo and São Gonçalinho) and two in unprotected oceanic beaches (Recreio and Grumari), with 4 replicates on each beach. Fish, sediment and environmental variables were collected at each sampling. Our results showed that the beaches in the Bays were classified as Sheltered, while the Oceanic Beaches were classified as Exposed. Sepetiba Bay had the high nutrients loads in the sediment, whereas Ilha Grande Bay had the lowest turbidity. The highest richness of fish species was recorded in the Sepetiba Bay, whereas the Oceanic Beaches had the highest numerical abundance. The benthic invertebrates had the highest number of families and greater abundance in the Sepetiba Bay. Benthic invertebrates were associated with coarse grain size and low levels of organic matter. We observed that the relationships between fish and benthic fauna were not significant, but some specific relationships were observed. For example, the fish species Trachinotus falcatus and Micropogonias funieri were directly associated with the presence of polychaetes of the family Saccocirridae and the crustaceans of the Capitelidae family, respectively. Which could be due to similar preference for environmental conditions or because of a possible trophic relationship between these two groups. It is necessary to carry out further studies to better investigate the relationship between these two biotic groups.Praias arenosasComunidade de peixesFauna bentônicaBiodiversidadeAssociações entre peixes e invertebrados bentônicos e suas relações com variáveis ambientais em ambientes costeiros rasos do estado do Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisbachareladoporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALFernanda Sivla de Aguiar do Prado - JUL 2018.docxFernanda Sivla de Aguiar do Prado - JUL 2018.docxapplication/vnd.openxmlformats-officedocument.wordprocessingml.document2517299https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5386/1/Fernanda%20Sivla%20de%20Aguiar%20do%20Prado%20-%20JUL%202018.docxe7c1df50489deae989a381dfb1ebd40dMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/5386/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD5220.500.14407/53862023-11-09 12:32:41.769oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/5386Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-11-09T15:32:41Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false
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