Tolerância de cana-de-açúcar (Saccharum spp.) a herbicidas utilizando plantas micropropagadas

• Autor(a) principal: Dias, Rafaela Andrade
• Data de Publicação: 2013
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
• Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13534
• topic: cana-de-açúcar; tolerância a herbicidas; plantas micropropagadas; sugarcane; herbicides tolerance; micropropagated plants; Agronomia

Dois experimentos foram conduzidos na UFRRJ - Campus Campos dos Goytacazes, com o objetivo de avaliar nova metodologia para a diferenciação precoce da tolerância de variedades de cana-de-açúcar submetidas ao tratamento com herbicidas. Foram instalados dois experimentos, um no sistema de cultura in vitro no estágio de multiplicação de plantulas e outro ex vitro, na fase de aclimatação das plantas micropropagadas. Foram analisadas para o experimento in vitro as características número de perfilhos, notas dos sintomas de fitotoxicidade e peso de matéria seca e para o experimento ex vitro foram analisadas as características altura, número de perfilhos e notas dos sintomas de fitotoxicidade. Foram utilizadas as seguintes variedades/clones RB98710, RB969017, RB979088, RB951541, RB966928 e SP79-1011. Os herbicidas utilizados foram clomazone, MSMA, diuron, diuron+hexazinona e 2,4-D em três doses distintas mais uma testemunha. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 10 repetições, em ambos os experimentos. No experimento in vitro onde foram utilizadas as variedades RB951541, RB966928 e SP79-1011 e os herbicidas clomazone, MSMA, diuron, os resultados mostraram que houve diferença significativa tolerância a herbicidas entre as variedades, sendo a RB951541 a mais sensível. Para a avaliação da tolerância de variedades de cana-de-açúcar em cultivo in vitro aos herbicidas clomazone e diuron, as menores doses utilizadas 1,0 kg i.a./ha e 2,4 kg i.a./ha respectivamente permitiram a distinção para as características notas de sintomas de fitotoxicidade, número de perfilhos e peso da matéria seca. Quanto ao herbicida MSMA essa distinção de doses só foi possível ser observada na característica notas dos sintomas de fitotoxicidade e peso de matéria seca. Os resultados mostraram a possibilidade da aplicação dessa metodologia para a avaliação precoce da tolerância de variedades de cana-de-açúcar aos herbicidas, sendo as características peso da matéria seca e notas dos sintomas de fitotoxicidade as avaliações de melhor eficiência. O segundo experimento avaliou todas as cultivares citadas, com o tratamento executado, na fase de aclimatação das mudas aos 50 dias após o transplante para os vasos. As avaliações do experimento com plantas micropropagadas submetidas a doses de herbicidas na fase de aclimatação, resultaram na indicação de 21 dias após a aplicação dos tratamentos (DAT) e da dose 1 dos herbicidas como o mais indicado para a diferenciação das variedades/clones. A metodologia proposta nas doses utilizadas não se mostrou eficiente para a seleção de variedades/clones de cana-de-açúcar quanto à tolerância aos herbicidas diuron e hexazinona + diuron, pois esses herbicidas causaram a morte das plantas em todas as doses. A variedade RB951541 diferiu das demais variedades nos experimentos, tanto com plantas in vitro, quanto com as plantas na fase de aclimatação, sendo a mais sensível sobre todos os aspectos e em todos os tratamentos, mostrando que as metodologias detectaram a mesma sensibilidade dessa variedade. O mesmo ocorreu na distinção das variedades tolerantes, apesar do experimento ex vitro ter mais variedades e herbicidas, o herbicida clomazone, que apresentou resultados conclusivos em ambos os experimentos, indicou que as variedades RB966928 e SP79-1011 seguindo as particularidades de cada experimento, destacaram-se tolerantes em ambos.