A corporeidade na educação escolar indígena
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13235 |
Resumo: | Busca-se discutir algumas concepções de corpo presentes nas sociedades indígenas (Tupinambá, Wajãpi e povos do Xingu), especialmente no processo de educação escolar. Assim, retoma-se a educação jesuítica do Brasil colonial (séculos XVI e XVII) e analisa o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNEI, 1998), sobretudo a cultura corporal dos povos indígenas do Brasil. A pesquisa caracteriza-se historiográfica, procurando tomar a história do ponto de vista dos dominados. O trabalho dialoga com Dermeval Saviani (2010), notadamente com a premissa de que “o presente se enraíza no passado e se projeta no futuro”, sendo imprescindível para a compreensão radical do presente o estudo de sua gênese, o entendimento de suas raízes. Nesse sentido, o cerne da pesquisa vem a ser a corporeidade presente na educação escolar indígena, tomando especialmente as sociedades Tupinambá (Brasil colônia), Wajãpi e povos Xinguanos (Brasil contemporâneo), suas concepções de corpo, suas cosmologias e a defesa contemporânea dos povos indígenas por uma educação e uma Educação Física intercultural e diferenciada. O esforço de superar os limites dos paradigmas tradicionais da historiografia e o interesse pelo tripé corpo/educação/cultura procura abordar o corpo “compreendido na trama social de sentidos”, muito mais do que um atributo da pessoa, “o lugar e o tempo indistinguível da identidade”, um “vetor semântico” (David Le Breton, 2007). Partimos da Filosofia da História para adentrarmos nos campos da Antropologia da Educação e da Sociologia da Corporeidade. Buscaremos entender o fenômeno corpóreo como resultante de aspectos sociais, culturais e simbólicos do ser humano. Na escola indígena o corpo equipara-se à grande razão, de Nietzsche, pois nela os sentidos devem ser ouvidos e experimentados. |
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Coube, Roberta JardimMonteiro, Aloisio Jorge de Jesus632.956.957-68http://lattes.cnpq.br/3934201639828808Kauss, Vera Lucia TeixeiraPinho, Luiz Celso098.320.607-45http://lattes.cnpq.br/30639996494154532023-12-22T02:42:53Z2023-12-22T02:42:53Z2012-03-27COUBE, Roberta Jardim. A corporeidade na educação escolar indígena. 2012. 73 f. Dissertação (Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13235Busca-se discutir algumas concepções de corpo presentes nas sociedades indígenas (Tupinambá, Wajãpi e povos do Xingu), especialmente no processo de educação escolar. Assim, retoma-se a educação jesuítica do Brasil colonial (séculos XVI e XVII) e analisa o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNEI, 1998), sobretudo a cultura corporal dos povos indígenas do Brasil. A pesquisa caracteriza-se historiográfica, procurando tomar a história do ponto de vista dos dominados. O trabalho dialoga com Dermeval Saviani (2010), notadamente com a premissa de que “o presente se enraíza no passado e se projeta no futuro”, sendo imprescindível para a compreensão radical do presente o estudo de sua gênese, o entendimento de suas raízes. Nesse sentido, o cerne da pesquisa vem a ser a corporeidade presente na educação escolar indígena, tomando especialmente as sociedades Tupinambá (Brasil colônia), Wajãpi e povos Xinguanos (Brasil contemporâneo), suas concepções de corpo, suas cosmologias e a defesa contemporânea dos povos indígenas por uma educação e uma Educação Física intercultural e diferenciada. O esforço de superar os limites dos paradigmas tradicionais da historiografia e o interesse pelo tripé corpo/educação/cultura procura abordar o corpo “compreendido na trama social de sentidos”, muito mais do que um atributo da pessoa, “o lugar e o tempo indistinguível da identidade”, um “vetor semântico” (David Le Breton, 2007). Partimos da Filosofia da História para adentrarmos nos campos da Antropologia da Educação e da Sociologia da Corporeidade. Buscaremos entender o fenômeno corpóreo como resultante de aspectos sociais, culturais e simbólicos do ser humano. Na escola indígena o corpo equipara-se à grande razão, de Nietzsche, pois nela os sentidos devem ser ouvidos e experimentados.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, CAPES, Brasil.This study discusses some conceptions of body found in indigenous societies (Tupinambá, Wajãpi and peoples of the Xingu), especially in the process of school physical education. Thus, returns to Jesuit education in colonial Brazil (XVI and XVII centuries) and analyzes the National Curriculum Reference for Indigenous Schools (RCNEI, 1998), mainly the body culture of the indigenous peoples of Brazil. This research is characterized historiography, seeking to take the story from the perspective of the dominated. Working dialogue with Dermeval Saviani (2010), especially with the premise that "the present is rooted in the past and projects into the future," is indispensable for the understanding of this radical study of its genesis, to understand their roots. In this sense, the core of the research becomes the corporeity in indigenous school education, especially in societies Tupinambá (Brazil colony), and Wajãpi and Xinguanos peoples (contemporary Brazil), their conceptions of the body, their cosmologies and contemporary defense of indigenous peoples by an education and a physical education intercultural and differentiated. The effort to overcome the limits of the traditional paradigms of historiography and interest in the tripod body / education / culture seeks to address the body "understood in the social plot of meanings," more than one attribute of the person, "the place and time indistinguishable from the identity" a "semantic vector"(David Le Breton, 2007). We adopt the philosophy of history to move forward in the fields of Anthropology of Education and Sociology of corporeity. We will seek to understand the bodily phenomenon as resulting from social, cultural and symbolic of the human being. We will seek to understand the bodily phenomenon as resulting from social, cultural and symbolic of the human being. Indigenous school in the body parallels the major reason for Nietzsche, because it senses must be heard and experienced.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas PopularesUFRRJBrasilInstituto de Educaçãoeducação escolar indígenacorporeidadeculturas ameríndiasIndian School EducationcorporeityAmerindian culturesEducaçãoA corporeidade na educação escolar indígenaThe corporeity in indian school educationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisALVES, Rubem. O currículo dos urubus. In: Estórias de quem gosta de ensinar. São Paulo: Ars Poética, 2002. ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul: séculos XVI e XVII. São Paulo: Companhia das Letras, 2000. AMANTINO, Marcia. E eram todos pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. In: DEL PRIORE, Mary; AMANTINO, Marcia (Orgs.). 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Busca-se discutir algumas concepções de corpo presentes nas sociedades indígenas (Tupinambá, Wajãpi e povos do Xingu), especialmente no processo de educação escolar. Assim, retoma-se a educação jesuítica do Brasil colonial (séculos XVI e XVII) e analisa o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas (RCNEI, 1998), sobretudo a cultura corporal dos povos indígenas do Brasil. A pesquisa caracteriza-se historiográfica, procurando tomar a história do ponto de vista dos dominados. O trabalho dialoga com Dermeval Saviani (2010), notadamente com a premissa de que “o presente se enraíza no passado e se projeta no futuro”, sendo imprescindível para a compreensão radical do presente o estudo de sua gênese, o entendimento de suas raízes. Nesse sentido, o cerne da pesquisa vem a ser a corporeidade presente na educação escolar indígena, tomando especialmente as sociedades Tupinambá (Brasil colônia), Wajãpi e povos Xinguanos (Brasil contemporâneo), suas concepções de corpo, suas cosmologias e a defesa contemporânea dos povos indígenas por uma educação e uma Educação Física intercultural e diferenciada. O esforço de superar os limites dos paradigmas tradicionais da historiografia e o interesse pelo tripé corpo/educação/cultura procura abordar o corpo “compreendido na trama social de sentidos”, muito mais do que um atributo da pessoa, “o lugar e o tempo indistinguível da identidade”, um “vetor semântico” (David Le Breton, 2007). Partimos da Filosofia da História para adentrarmos nos campos da Antropologia da Educação e da Sociologia da Corporeidade. Buscaremos entender o fenômeno corpóreo como resultante de aspectos sociais, culturais e simbólicos do ser humano. Na escola indígena o corpo equipara-se à grande razão, de Nietzsche, pois nela os sentidos devem ser ouvidos e experimentados. |
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