Contribuições da agroecologia para a transição paradigmática: o caso da Caravana Agroecológica e Cultural do Rio de Janeiro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10496 |
Resumo: | O paradigma da ciência moderna vem sendo questionado desde seus primórdios, e mais ampla e profundamente neste século. Existem algumas propostas para repensá-lo como um todo, contando com vários ensaios teórico-práticos de como emergir um paradigma diferente. Para tanto, contaremos com diferentes ontologias, epistemologias e metodologias, as enunciaremos de múltiplos lugares. Isso permite à existência de olhares pluriversais, ressignificando as noções de neutralidade, racionalismo, dualismo, reducionismo, unilateralidade como único caminho de construir um conhecimento verdadeiramente científico. Um desses lugares de enunciação é a agroecologia, reconhecida atualmente como ciência, movimento social, prática, modo de vida, utopia, política governamental, profissão, modalidade de educação formal, ideologia. Para dialogar essas diferentes definições e práticas na agroecologia, na tentativa de interagir e multiplicar esforços, uma perspectiva que vem sendo utilizada e fortalecida pelos coletivos e indivíduos é a atuação em rede e construção das redes de dádivas. Para sair do paradigma moderno de ciência e chegar a outro em construção, é necessário considerarmos um processo de transição. Entendendo o caráter político existente na atividade científica, levando em consideração a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, a agroecologia lança mão de uma série de metodologias para construir o conhecimento agroecológico, buscando fomentar o diálogo entre os diferentes saberes que são igualmente incompletos. Uma das metodologias utilizadas são as caravanas agroecológicas e culturais, que conta com uma série de ferramentas de comunicação horizontal como as instalações artísticas pedagógicas, facilitação gráfica, comunicação colaborativa. As fontes utilizadas para sua concepção foram, entre outras, as experiências das metodologias campesino-a-campesino, caravanas da cidadania, e romarias da terra. Notamos a necessidade de considerar as estruturas psicológicas no entendimento da interação e da relação desta com a estrutura da sociedade e com a estrutura história. Através dos momentos e espaços construídos pela rede do projeto Comboio Agroecológico Sudeste, foi possível enxergarmos as relações entre o indivíduo, a metodologia, a epistemologia na construção do paradigma da agroecologia, e como a caravana agroecológica e cultural contribui para a emergência de uma nova forma de construir o conhecimento. Para aprofundar e evidenciar as pistas dessa transição de paradigmas, é necessário entender i) se e como estamos transitando da ciência cartesiana para uma ciência sistêmica, complexa, agroecológica, pós-normal, pós-moderna, e/ou descolonial; ii) se e como estamos transitando de um estado de inconsciência automática, que reproduz padrões, que não assume compromissos, para um estado de individuação, um “Ser Maior” compromissado com si mesmo e com os coletivos; iii) como e se a rede, através da Caravana do Rio de Janeiro, promoveu o diálogo de saberes na construção do conhecimento agroecológico; é, portanto, verificar se e como estamos polindo as lentes de ver, sentir, pensar, intuir, ser e estar no mundo. Algumas categorias emergiram da análise de conteúdo e entrevistas coletadas, realizadas para responder essas questões. A partir da construção, realização e avaliação da caravana agroecológica e cultural do Rio de Janeiro, foi possível verificarmos a natureza paradoxal e complexa da realidade, e os diversos entendimentos acerca do que é supostamente um mesmo acontecimento, processo e uma mesma metodologia. |
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Isso permite à existência de olhares pluriversais, ressignificando as noções de neutralidade, racionalismo, dualismo, reducionismo, unilateralidade como único caminho de construir um conhecimento verdadeiramente científico. Um desses lugares de enunciação é a agroecologia, reconhecida atualmente como ciência, movimento social, prática, modo de vida, utopia, política governamental, profissão, modalidade de educação formal, ideologia. Para dialogar essas diferentes definições e práticas na agroecologia, na tentativa de interagir e multiplicar esforços, uma perspectiva que vem sendo utilizada e fortalecida pelos coletivos e indivíduos é a atuação em rede e construção das redes de dádivas. Para sair do paradigma moderno de ciência e chegar a outro em construção, é necessário considerarmos um processo de transição. Entendendo o caráter político existente na atividade científica, levando em consideração a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, a agroecologia lança mão de uma série de metodologias para construir o conhecimento agroecológico, buscando fomentar o diálogo entre os diferentes saberes que são igualmente incompletos. Uma das metodologias utilizadas são as caravanas agroecológicas e culturais, que conta com uma série de ferramentas de comunicação horizontal como as instalações artísticas pedagógicas, facilitação gráfica, comunicação colaborativa. As fontes utilizadas para sua concepção foram, entre outras, as experiências das metodologias campesino-a-campesino, caravanas da cidadania, e romarias da terra. Notamos a necessidade de considerar as estruturas psicológicas no entendimento da interação e da relação desta com a estrutura da sociedade e com a estrutura história. 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Para aprofundar e evidenciar as pistas dessa transição de paradigmas, é necessário entender i) se e como estamos transitando da ciência cartesiana para uma ciência sistêmica, complexa, agroecológica, pós-normal, pós-moderna, e/ou descolonial; ii) se e como estamos transitando de um estado de inconsciência automática, que reproduz padrões, que não assume compromissos, para um estado de individuação, um “Ser Maior” compromissado com si mesmo e com os coletivos; iii) como e se a rede, através da Caravana do Rio de Janeiro, promoveu o diálogo de saberes na construção do conhecimento agroecológico; é, portanto, verificar se e como estamos polindo as lentes de ver, sentir, pensar, intuir, ser e estar no mundo. Algumas categorias emergiram da análise de conteúdo e entrevistas coletadas, realizadas para responder essas questões. A partir da construção, realização e avaliação da caravana agroecológica e cultural do Rio de Janeiro, foi possível verificarmos a natureza paradoxal e complexa da realidade, e os diversos entendimentos acerca do que é supostamente um mesmo acontecimento, processo e uma mesma metodologia.The paradigm of modern science has been questioned since its inception, and more broadly and profoundly in this century. There are some proposals to rethink it as a whole, relying on several theoretical-practical essays on how to emerge a different paradigm. For that, we will have different ontologies, epistemologies and methodologies, we will enunciate them from multiple places. This allows the existence of multi-faceted looks, reframing the notions of neutrality, rationalism, dualism, reductionism, one-sidedness as the only way to build a truly scientific knowledge. One of these places of enunciation is agroecology, currently recognized as science, social movement, practice, way of life, utopia, government policy, profession, formal education modality, ideology. In order to discuss these different definitions and practices in agroecology, in an attempt to interact and multiply efforts, a perspective that is being used and strengthened by collectives and individuals is the networking and construction of gift networks. To leave the modern paradigm of science and arrive at another under construction, it is necessary to consider the process of transition. Understanding the political character of scientific activity, taking into account the indissociability between teaching, research and extension, agroecology uses a series of methodologies to build agroecological knowledge, seeking to foster dialogue between different knowledge that are equally incomplete. One of the methodologies used is the agroecological and cultural caravans, which has a series of horizontal communication tools such as artistic pedagogical installations, graphic facilitation, and collaborative communication. The sources used for its conception were, among others, the experiences of peasant-to-peasant methodologies, caravans of citizenship, and pilgrimages of the land. We notice the need to consider the psychological structures in the understanding of the interaction and the relationship of this with the structure of society and with the structure of history. Through the moments and spaces built by the “Comboio Agroecológico Sudeste” network, it was possible to see the relationships between the individual, the methodology, the epistemology in the construction of the paradigm of agroecology, and how the agroecological and cultural caravan contributes to the emergence of a new form of building knowledge. In order to deepen and to highlight the clues of this paradigm transition, it is necessary to understand i) whether and how we are moving from cartesian science to a systemic, complex, agroecological, post-normal, postmodern, and / or decolonial science; ii) whether and how we are moving from a state of automatic unconsciousness, which reproduces patterns, which does not assume commitments, to a state of individuation, a "Greater Being" committed to itself and to the collectives iii) how and if the network, through the Caravan of Rio de Janeiro, promoted the dialogue of knowledge in the construction of agroecological knowledge; is therefore to verify if and how we are polishing the lenses of seeing, feeling, thinking, intuiting and being in the world. Some categories emerged from the content analysis and collected interviews conducted to answer these questions. From the construction, realization and evaluation of the agroecological and cultural caravan of Rio de Janeiro, it was possible to verify the paradoxical and complex nature of reality, and the different understandings about what is supposedly a same event, process and a same methodology.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Agricultura OrgânicaUFRRJBrasilInstituto de AgronomiaCaravanas Agroecológicas e CulturaisagroecologiaRedesTransição paradigmáticaMetodologiasAgronomiaContribuições da agroecologia para a transição paradigmática: o caso da Caravana Agroecológica e Cultural do Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/53718/2017%20-%20Mariana%20Telles%20Rocha.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/2471Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2018-09-25T18:29:19Z No. of bitstreams: 1 2017 - Mariana Telles Rocha.pdf: 1081497 bytes, checksum: ca49dd03a2afea90b84ff4c91dbf2f76 (MD5)Made available in DSpace on 2018-09-25T18:29:19Z (GMT). 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