A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14462 |
Resumo: | O presente estudo buscou problematizar a crescente medicalização da infância e a patologização dos modos de ser criança na atualidade, pois de um ponto de vista crítico a medicalização crescente pode ser vista como um processo político e cultural. Parte-se da definição de medicalização como um processo pelo qual problemas não médicos passam a ser definidos e tratados como problemas médicos, enfatizando o deslocamento de comportamentos cotidianos e de outras esferas para a jurisdição médica. Os discursos classificatórios e patologizantes criam terapêuticas medicalizantes, além de multiplicar o uso dos psicofármacos, parecem estar comprometidas com a correção das anormalidades, transformando-se, portanto, em estratégias disciplinares de normalização das condutas consideradas desviantes. Para tanto, abordaremos os desdobramentos do conceito de medicalização e a história da psiquiatria infantil, indagando de que modo o saber médico-psiquiátrico foi respondendo, através de seus dispositivos disciplinares, às demandas sociais a ele endereçadas. Discutiremos a medicalização das aprendizagens e dos comportamentos de estudantes que não atendem ao padrão idealizado pela instituição escolar e a forma como estes supostos transtornos estão justificando o não aprender na escola. A pesquisa realizou uma revisão bibliográfica da produção acadêmica nacional de trabalhos que privilegiam as narrativas infantis como material de análise, a fim de levantar a prevalência de posicionamento crítico bem como analisar, através dos ditos infantis, os significados que as crianças atribuem ao seu processo de medicalização. Estes trabalhos permitiram revelar a necessidade da realização de mais pesquisas com crianças de caráter crítico, que fundamentem suas reflexões em elementos de base histórica e social, embora consideremos relevante sua proporcionalidade frente ao total de pesquisas analisadas. As pesquisas mostraram também que os ditos infantis estão atravessados pelo discurso da medicalização contemporânea e, os trabalhos críticos analisados possibilitaram vislumbrar outras formas de cuidado infantil tanto pedagógico quanto médico diferentes dos preconizados pela lógica medicalizante a saber, a individualização e a biologização das problemáticas humanas. |
id |
UFRRJ-1_23e5180cdbeb0e433a5074c54717d001 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/14462 |
network_acronym_str |
UFRRJ-1 |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Pessin, LuizaMelo, Rosane Braga de917.478.727-68Melo, Rosane Braga deCouto, Maria Cristina VenturaSilva, Luna Rodrigues Freitas009.431.320-29http://lattes.cnpq.br/78208894500152612023-12-22T03:01:17Z2023-12-22T03:01:17Z2020-01-28Pessin, Luiza. A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis. 2020. 110 f. Dissertação () - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2020.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14462O presente estudo buscou problematizar a crescente medicalização da infância e a patologização dos modos de ser criança na atualidade, pois de um ponto de vista crítico a medicalização crescente pode ser vista como um processo político e cultural. Parte-se da definição de medicalização como um processo pelo qual problemas não médicos passam a ser definidos e tratados como problemas médicos, enfatizando o deslocamento de comportamentos cotidianos e de outras esferas para a jurisdição médica. Os discursos classificatórios e patologizantes criam terapêuticas medicalizantes, além de multiplicar o uso dos psicofármacos, parecem estar comprometidas com a correção das anormalidades, transformando-se, portanto, em estratégias disciplinares de normalização das condutas consideradas desviantes. Para tanto, abordaremos os desdobramentos do conceito de medicalização e a história da psiquiatria infantil, indagando de que modo o saber médico-psiquiátrico foi respondendo, através de seus dispositivos disciplinares, às demandas sociais a ele endereçadas. Discutiremos a medicalização das aprendizagens e dos comportamentos de estudantes que não atendem ao padrão idealizado pela instituição escolar e a forma como estes supostos transtornos estão justificando o não aprender na escola. A pesquisa realizou uma revisão bibliográfica da produção acadêmica nacional de trabalhos que privilegiam as narrativas infantis como material de análise, a fim de levantar a prevalência de posicionamento crítico bem como analisar, através dos ditos infantis, os significados que as crianças atribuem ao seu processo de medicalização. Estes trabalhos permitiram revelar a necessidade da realização de mais pesquisas com crianças de caráter crítico, que fundamentem suas reflexões em elementos de base histórica e social, embora consideremos relevante sua proporcionalidade frente ao total de pesquisas analisadas. As pesquisas mostraram também que os ditos infantis estão atravessados pelo discurso da medicalização contemporânea e, os trabalhos críticos analisados possibilitaram vislumbrar outras formas de cuidado infantil tanto pedagógico quanto médico diferentes dos preconizados pela lógica medicalizante a saber, a individualização e a biologização das problemáticas humanas.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe study to be carried out seeks to problematize the increasing medicalization of childhood and the pathologization of ways of being a child today, because from a critical point of view, increasing medicalization can be seen as a political and cultural process. It starts from the definition of medicalization as a process by which non-medical problems are defined and treated as medical problems, emphasizing the displacement of daily behaviors and other spheres to medical jurisdiction. Classification and pathologizing discourses create medicalizing therapies, besides multiplying the use of psychotropic drugs, seem to be committed to the correction of abnormalities, thus becoming disciplinary strategies of normalisation of conducts considered deviant. To this end, we will address the unfolding of the concept of medicalization and the history of child psychiatry, asking how medical-psychiatric knowledge was responding, through its disciplinary devices, to the social demands addressed to it. We will discuss the medicalization of learning and behaviors of students who do not meet the standard conceived by the school institution and how these supposed disorders are justifying not learning at school. The research conducted a literature review of the national academic production of studies that favor children's narratives as an analysis material, in order to raise the prevalence of critical positioning as well as to analyze, through so-called children, the meanings that children attribute to their medicalization process. These studies have revealed the need for further research with critical ly, who based their reflections on historical and social elements, although we consider their proportionality to the total analyzed research. The research also showed that children's said are crossed by the discourse of contemporary medicalization and, the critical works analyzed made it possible to glimpse other forms of child care both pedagogical and medical different from the recommended by the medicalizing logic namely the individualization and biologization of human problems.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFRRJBrasilInstituto de EducaçãoMedicalizaçãoInfânciaPatologização e PsicofármacosPesquisa com criançasMedicalizationChildhoodPathologization and Psychotropic drugsResearch with childrenPsicologiaA crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/70706/2020%20-%20Luiza%20Pessin.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/5983Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2022-09-09T18:43:00Z No. of bitstreams: 1 2020 - Luiza Pessin.pdf: 2398578 bytes, checksum: d54f36c7107dfe1f7d7cfbc0ff3d3ae5 (MD5)Made available in DSpace on 2022-09-09T18:43:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2020 - Luiza Pessin.pdf: 2398578 bytes, checksum: d54f36c7107dfe1f7d7cfbc0ff3d3ae5 (MD5) Previous issue date: 2020-01-28info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJTHUMBNAIL2020 - Luiza Pessin.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2106https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14462/1/2020%20-%20Luiza%20Pessin.pdf.jpg33e7688a844d92b521840422df257f39MD51TEXT2020 - Luiza Pessin.pdf.txtExtracted Texttext/plain283222https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14462/2/2020%20-%20Luiza%20Pessin.pdf.txt86590977a2588f048481edcc95f555faMD52ORIGINAL2020 - Luiza Pessin.pdfapplication/pdf2398578https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14462/3/2020%20-%20Luiza%20Pessin.pdfd54f36c7107dfe1f7d7cfbc0ff3d3ae5MD53LICENSElicense.txttext/plain2089https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14462/4/license.txt7b5ba3d2445355f386edab96125d42b7MD541_license.txttext/plain2089https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14462/5/1_license.txt7b5ba3d2445355f386edab96125d42b7MD5520.500.14407/144622023-12-22 00:01:17.159oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/14462Tk9UQTogQ09MT1FVRSBBUVVJIEEgU1VBIFBSP1BSSUEgTElDRU4/QQpFc3RhIGxpY2VuP2EgZGUgZXhlbXBsbyA/IGZvcm5lY2lkYSBhcGVuYXMgcGFyYSBmaW5zIGluZm9ybWF0aXZvcy4KCkxJQ0VOP0EgREUgRElTVFJJQlVJPz9PIE4/Ty1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YT8/byBkZXN0YSBsaWNlbj9hLCB2b2M/IChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSA/IFVuaXZlcnNpZGFkZSAKWFhYIChTaWdsYSBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUpIG8gZGlyZWl0byBuP28tZXhjbHVzaXZvIGRlIHJlcHJvZHV6aXIsICB0cmFkdXppciAoY29uZm9ybWUgZGVmaW5pZG8gYWJhaXhvKSwgZS9vdSAKZGlzdHJpYnVpciBhIHN1YSB0ZXNlIG91IGRpc3NlcnRhPz9vIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyP25pY28gZSAKZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zID91ZGlvIG91IHY/ZGVvLgoKVm9jPyBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZT9kbywgdHJhbnNwb3IgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byAKcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhPz9vLgoKVm9jPyB0YW1iP20gY29uY29yZGEgcXVlIGEgU2lnbGEgZGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGM/cGlhIGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgCmRpc3NlcnRhPz9vIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuP2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YT8/by4KClZvYz8gZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byA/IG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvYz8gdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgCm5lc3RhIGxpY2VuP2EuIFZvYz8gdGFtYj9tIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVwP3NpdG8gZGEgc3VhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gbj9vLCBxdWUgc2VqYSBkZSBzZXUgCmNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3U/bS4KCkNhc28gYSBzdWEgdGVzZSBvdSBkaXNzZXJ0YT8/byBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jPyBuP28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jPyAKZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzcz9vIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgPyBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgCm9zIGRpcmVpdG9zIGFwcmVzZW50YWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbj9hLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3Q/IGNsYXJhbWVudGUgCmlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIG91IG5vIGNvbnRlP2RvIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28gb3JhIGRlcG9zaXRhZGEuCgpDQVNPIEEgVEVTRSBPVSBESVNTRVJUQT8/TyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0M/TklPIE9VIApBUE9JTyBERSBVTUEgQUc/TkNJQSBERSBGT01FTlRPIE9VIE9VVFJPIE9SR0FOSVNNTyBRVUUgTj9PIFNFSkEgQSBTSUdMQSBERSAKVU5JVkVSU0lEQURFLCBWT0M/IERFQ0xBUkEgUVVFIFJFU1BFSVRPVSBUT0RPUyBFIFFVQUlTUVVFUiBESVJFSVRPUyBERSBSRVZJUz9PIENPTU8gClRBTUI/TSBBUyBERU1BSVMgT0JSSUdBPz9FUyBFWElHSURBUyBQT1IgQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLgoKQSBTaWdsYSBkZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgc2UgY29tcHJvbWV0ZSBhIGlkZW50aWZpY2FyIGNsYXJhbWVudGUgbyBzZXUgbm9tZSAocykgb3UgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIApkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRhIHRlc2Ugb3UgZGlzc2VydGE/P28sIGUgbj9vIGZhcj8gcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhPz9vLCBhbD9tIGRhcXVlbGFzIApjb25jZWRpZGFzIHBvciBlc3RhIGxpY2VuP2EuCg==Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-12-22T03:01:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false |
dc.title.por.fl_str_mv |
A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis |
title |
A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis |
spellingShingle |
A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis Pessin, Luiza Medicalização Infância Patologização e Psicofármacos Pesquisa com crianças Medicalization Childhood Pathologization and Psychotropic drugs Research with children Psicologia |
title_short |
A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis |
title_full |
A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis |
title_fullStr |
A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis |
title_full_unstemmed |
A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis |
title_sort |
A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis |
author |
Pessin, Luiza |
author_facet |
Pessin, Luiza |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Pessin, Luiza |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Melo, Rosane Braga de |
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv |
917.478.727-68 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Melo, Rosane Braga de |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Couto, Maria Cristina Ventura |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Silva, Luna Rodrigues Freitas |
dc.contributor.authorID.fl_str_mv |
009.431.320-29 |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7820889450015261 |
contributor_str_mv |
Melo, Rosane Braga de Melo, Rosane Braga de Couto, Maria Cristina Ventura Silva, Luna Rodrigues Freitas |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Medicalização Infância Patologização e Psicofármacos Pesquisa com crianças |
topic |
Medicalização Infância Patologização e Psicofármacos Pesquisa com crianças Medicalization Childhood Pathologization and Psychotropic drugs Research with children Psicologia |
dc.subject.eng.fl_str_mv |
Medicalization Childhood Pathologization and Psychotropic drugs Research with children |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
Psicologia |
description |
O presente estudo buscou problematizar a crescente medicalização da infância e a patologização dos modos de ser criança na atualidade, pois de um ponto de vista crítico a medicalização crescente pode ser vista como um processo político e cultural. Parte-se da definição de medicalização como um processo pelo qual problemas não médicos passam a ser definidos e tratados como problemas médicos, enfatizando o deslocamento de comportamentos cotidianos e de outras esferas para a jurisdição médica. Os discursos classificatórios e patologizantes criam terapêuticas medicalizantes, além de multiplicar o uso dos psicofármacos, parecem estar comprometidas com a correção das anormalidades, transformando-se, portanto, em estratégias disciplinares de normalização das condutas consideradas desviantes. Para tanto, abordaremos os desdobramentos do conceito de medicalização e a história da psiquiatria infantil, indagando de que modo o saber médico-psiquiátrico foi respondendo, através de seus dispositivos disciplinares, às demandas sociais a ele endereçadas. Discutiremos a medicalização das aprendizagens e dos comportamentos de estudantes que não atendem ao padrão idealizado pela instituição escolar e a forma como estes supostos transtornos estão justificando o não aprender na escola. A pesquisa realizou uma revisão bibliográfica da produção acadêmica nacional de trabalhos que privilegiam as narrativas infantis como material de análise, a fim de levantar a prevalência de posicionamento crítico bem como analisar, através dos ditos infantis, os significados que as crianças atribuem ao seu processo de medicalização. Estes trabalhos permitiram revelar a necessidade da realização de mais pesquisas com crianças de caráter crítico, que fundamentem suas reflexões em elementos de base histórica e social, embora consideremos relevante sua proporcionalidade frente ao total de pesquisas analisadas. As pesquisas mostraram também que os ditos infantis estão atravessados pelo discurso da medicalização contemporânea e, os trabalhos críticos analisados possibilitaram vislumbrar outras formas de cuidado infantil tanto pedagógico quanto médico diferentes dos preconizados pela lógica medicalizante a saber, a individualização e a biologização das problemáticas humanas. |
publishDate |
2020 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2020-01-28 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-12-22T03:01:17Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-12-22T03:01:17Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
Pessin, Luiza. A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis. 2020. 110 f. Dissertação () - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2020. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14462 |
identifier_str_mv |
Pessin, Luiza. A crítica à medicalização infantil: um recorte a partir de produções acadêmicas que privilegiam as narrativas infantis. 2020. 110 f. Dissertação () - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, 2020. |
url |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14462 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Educação |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ instname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) instacron:UFRRJ |
instname_str |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) |
instacron_str |
UFRRJ |
institution |
UFRRJ |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14462/1/2020%20-%20Luiza%20Pessin.pdf.jpg https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14462/2/2020%20-%20Luiza%20Pessin.pdf.txt https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14462/3/2020%20-%20Luiza%20Pessin.pdf https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14462/4/license.txt https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14462/5/1_license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
33e7688a844d92b521840422df257f39 86590977a2588f048481edcc95f555fa d54f36c7107dfe1f7d7cfbc0ff3d3ae5 7b5ba3d2445355f386edab96125d42b7 7b5ba3d2445355f386edab96125d42b7 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
bibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.br |
_version_ |
1810107840694583296 |