Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Caloiero, Cristiane Belchior
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14117
Resumo: A ovariossalpingo-histerectomia (OSH) é a cirurgia mais comumente realizada na clínica de pequenos animais com objetivos de controlar a população e evitar problemas futuros de ordem reprodutiva. Este procedimento cirúrgico cursa num grau de dor moderado requisitando de um tratamento analgésico adequado. A dor pós-operatória, quando não corretamente diagnosticada e tratada, deixa de ser um mecanismo de defesa natural e torna-se nociva, promovendo alterações sistêmicas relevantes que retardam a recuperação do paciente. O objetivo deste trabalho foi comparar o efeito analgésico no período trans e pós-operatório entre morfina, tramadol e buprenorfina administrados preventivamente em gatas submetidas a OSH. Neste estudo foram utilizadas 30 gatas, sem raça definida e hígidas. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de 10 animais. O grupo M recebeu de medicação pré-anestésica (MPA), maleato de acepromazina (0,05 mg/kg) e sulfato de morfina (0,2 mg/kg) pela via intramuscular (IM). O grupo T recebeu acepromazina (0,05 mg/kg) e Tramadol (2 mg/kg) pela via IM. Ao grupo B foi administrado acepromazina na mesma dose e buprenorfina (0,01 mg/Kg) via IM. Após 20 min da MPA, os animais recebiam de indução anestésica tiopental 2,5% na dose de 12,5 mg/kg pela via intravenosa. Os animais eram intubados e mantidos com isoflurano diluído em oxigênio a 100% através do vaporizador universal, conectados a um circuito de Mapleson D (Baraka). A avaliação da dor e sedação foi realizada por um mesmo observador em todos os animais, e este não conhecia o tratamento utilizado (duplo cego). Os tempos de avaliação eram: pré-operatório; 10, 20 e 30 minutos de cirurgia, 1, 2, 4 e 6 horas após o término da mesma. A avaliação subjetiva da dor foi realizada através da escala análoga visual e da escala descritiva nos momentos antes e após a cirurgia. A mensuração dos parâmetros objetivos freqüência cardíaca (FC), freqüência respiratória (FR), temperatura (Temp), glicemia (GL), tempo de perfusão capilar (TPC) e análise de mucosas foram realizados nos momentos antes, durante e após a cirurgia, já a aferição da pressão arterial sistólica (PAS) e saturação de oxigênio na hemoglobina (SpO2) foram realizadas somente durante o procedimento cirúrgico. A comparação dos parâmetros objetivos e subjetivos entre os três grupos foi realizada pela Análise de Variância de Kruskal-Wallis, seguido do teste Mann-Whitney, sempre que houvesse diferenças significativas entre os tratamentos (p< 0,05). Dentro de cada grupo, foi utilizada pela Análise de Variância de Friedman para as comparações entre os diversos momentos, seguido do teste de Wilcoxon para a identificação dos momentos diferentes (p< 0,05). Os animais do grupo buprenorfina (B) se apresentaram mais sedados em todos os momentos avaliados, seguido do grupo morfina (M) e por último o grupo tramadol (T). Na avaliação da dor pela VAS, o grupo tramadol demonstrou um menor grau de dor nas primeiras 2 horas, seguido pelos grupos morfina e buprenorfina. Na avaliação da dor pela escala descritiva, o tramadol apresentou melhor efeito analgésico nos momentos 2, 4, e 6 horas. Os valores de freqüência cardíaca permaneceu relativamente constante durante todo o procedimento cirúrgico, só sendo diferente nos momentos 4 e 6 horas onde a buprenorfina apresentou valores mais altos. No presente estudo, a diminuição da FR foi mais pronunciada no grupo morfina. Não foi observada diferença na PAS entre os grupos. O grupo buprenorfina apresentou valores mais altos de glicose no momento 6 horas. Neste estudo, a temperatura corporal não diferiu entre os grupos nos momentos pré e pós-operatório. Com este estudo, pode-se concluir que o tramadol na dose e regime empregados mostrou-se mais eficiente que a morfina e a buprenorfina em controlar a dor pós-operatória da OSH em gatas, sem apresentar efeitos colaterais.
id UFRRJ-1_293fa8459599e489ad6939ccf490d983
oai_identifier_str oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/14117
network_acronym_str UFRRJ-1
network_name_str Repositório Institucional da UFRRJ
repository_id_str
spelling Caloiero, Cristiane BelchiorSouza, Heloisa Justen Moreira de946.916.307-91http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772087H4070.857.497-172023-12-22T02:56:37Z2023-12-22T02:56:37Z2008-05-08CALOIERO, Cristiane Belchior. Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva. 2008. 15 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2008.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14117A ovariossalpingo-histerectomia (OSH) é a cirurgia mais comumente realizada na clínica de pequenos animais com objetivos de controlar a população e evitar problemas futuros de ordem reprodutiva. Este procedimento cirúrgico cursa num grau de dor moderado requisitando de um tratamento analgésico adequado. A dor pós-operatória, quando não corretamente diagnosticada e tratada, deixa de ser um mecanismo de defesa natural e torna-se nociva, promovendo alterações sistêmicas relevantes que retardam a recuperação do paciente. O objetivo deste trabalho foi comparar o efeito analgésico no período trans e pós-operatório entre morfina, tramadol e buprenorfina administrados preventivamente em gatas submetidas a OSH. Neste estudo foram utilizadas 30 gatas, sem raça definida e hígidas. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de 10 animais. O grupo M recebeu de medicação pré-anestésica (MPA), maleato de acepromazina (0,05 mg/kg) e sulfato de morfina (0,2 mg/kg) pela via intramuscular (IM). O grupo T recebeu acepromazina (0,05 mg/kg) e Tramadol (2 mg/kg) pela via IM. Ao grupo B foi administrado acepromazina na mesma dose e buprenorfina (0,01 mg/Kg) via IM. Após 20 min da MPA, os animais recebiam de indução anestésica tiopental 2,5% na dose de 12,5 mg/kg pela via intravenosa. Os animais eram intubados e mantidos com isoflurano diluído em oxigênio a 100% através do vaporizador universal, conectados a um circuito de Mapleson D (Baraka). A avaliação da dor e sedação foi realizada por um mesmo observador em todos os animais, e este não conhecia o tratamento utilizado (duplo cego). Os tempos de avaliação eram: pré-operatório; 10, 20 e 30 minutos de cirurgia, 1, 2, 4 e 6 horas após o término da mesma. A avaliação subjetiva da dor foi realizada através da escala análoga visual e da escala descritiva nos momentos antes e após a cirurgia. A mensuração dos parâmetros objetivos freqüência cardíaca (FC), freqüência respiratória (FR), temperatura (Temp), glicemia (GL), tempo de perfusão capilar (TPC) e análise de mucosas foram realizados nos momentos antes, durante e após a cirurgia, já a aferição da pressão arterial sistólica (PAS) e saturação de oxigênio na hemoglobina (SpO2) foram realizadas somente durante o procedimento cirúrgico. A comparação dos parâmetros objetivos e subjetivos entre os três grupos foi realizada pela Análise de Variância de Kruskal-Wallis, seguido do teste Mann-Whitney, sempre que houvesse diferenças significativas entre os tratamentos (p< 0,05). Dentro de cada grupo, foi utilizada pela Análise de Variância de Friedman para as comparações entre os diversos momentos, seguido do teste de Wilcoxon para a identificação dos momentos diferentes (p< 0,05). Os animais do grupo buprenorfina (B) se apresentaram mais sedados em todos os momentos avaliados, seguido do grupo morfina (M) e por último o grupo tramadol (T). Na avaliação da dor pela VAS, o grupo tramadol demonstrou um menor grau de dor nas primeiras 2 horas, seguido pelos grupos morfina e buprenorfina. Na avaliação da dor pela escala descritiva, o tramadol apresentou melhor efeito analgésico nos momentos 2, 4, e 6 horas. Os valores de freqüência cardíaca permaneceu relativamente constante durante todo o procedimento cirúrgico, só sendo diferente nos momentos 4 e 6 horas onde a buprenorfina apresentou valores mais altos. No presente estudo, a diminuição da FR foi mais pronunciada no grupo morfina. Não foi observada diferença na PAS entre os grupos. O grupo buprenorfina apresentou valores mais altos de glicose no momento 6 horas. Neste estudo, a temperatura corporal não diferiu entre os grupos nos momentos pré e pós-operatório. Com este estudo, pode-se concluir que o tramadol na dose e regime empregados mostrou-se mais eficiente que a morfina e a buprenorfina em controlar a dor pós-operatória da OSH em gatas, sem apresentar efeitos colaterais.The ovariohysterectomy (OHE) is the most common surgery realized in the small animals hospitals in order to control animal population and to prevent future problems of reproductive order. This surgical procedure has a moderate degree of pain and requires analgesic treatment. Postoperative pain, when not correctly diagnosed and treated, instead of being a mechanism of natural defense, becomes harmful and promote systemic alterations that delays the recovery of the patient. The objective of this study was to compare the analgesic effect in the trans and postoperative period between morphine, tramadol and buprenorphine, that were given to cats prior having OHE. In this study, 30 cats were used, with no specific breed and healthy. The animals were distributed in three groups of 10 animals. Group M received daily pre-anesthesic medication (PAM), acepromazine maleate (0.05 mg/kg) and morphine sulfate (0.2 mg/kg) intramuscularly (IM). Group T received acepromazine (0.05 mg/kg) and Tramadol (2.0 mg/kg) IM and Group B received acepromazine in the same dose and buprenorphine (0.01 mg/Kg) IM. After 20 min of applying PAM, the animals received an induction of the anesthesic thiopental 2.5% in the dose of 12.5 mg/kg intravenously. The animals were kept with isoflurane diluted in 100% oxygen through the universal vaporizer, connected to a circuit of Mapleson D (Baraka). The evaluation of pain and sedation was done by one person who observed for all the animals, and he did not know the treatment used (double blind). The evaluation times were: daily presurgical; 10 min, 20 min and 30 min of surgery and 1, 2, 4 and 6 hours after surgery. The subjective evaluation of pain was done through a visual analogue scales (VAS) and through a descriptive scale before and after the surgery. The measurements of cardiac frequency (FC), respiratory frequency (FR), temperature (Temp), plasma glucose (GL), time of capillary perfusion (TPC) and analysis of mucosa were made moments before, during, and after the surgery. The gauging of the systolic arterial pressure (PAS) and saturation of oxygen hemoglobin (SpO2) were made only during the surgical procedure. The comparison of the objective and subjective parameters between the three groups was done by using the Analysis of Variance of Kruskal-Wallis, followed of the Mann-Whitney test, whenever were significant differences between the treatments (p< 0.05). Inside of each group, the Analysis of Variance of Friedman was used for the comparisons between the diverse moments, followed by the test of Wilcoxon for the identification of the different moments (p< 0.05). Animals of the buprenorfina group (B) were more sedate in all the evaluated moments, followed by the group morphine (M) and finally the group tramadol (T). In the evaluation of pain for the VAS, the group tramadol demonstrated a lesser degree of pain in the first the 2 hours, followed by the groups with morphine and buprenorphine. In the evaluation of pain for the descriptive scale, tramadol presented better analgesic effect at the times 2, 4, and 6 hours. The values of cardiac frequency remained relatively constant during the surgical procedure, only being different at the times 4 and 6 hours where the buprenorphine group presented higher values. In the present study, the reduction of the FR was more accentuated in the morphine group. Difference in the PAS between the groups was not observed. The buprenorphine group presented higher values of glucose at the moment 6 hours. In this study, the body temperature did not differ between the groups in the pre or postoperative moments. With this study, it can be concluded that tramadol, in the given dose and regimen, is more efficient than the morphine and buprenorphine in controlling of postoperative pain of OHE in cats, without signs of collateral effect.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)UFRRJBrasilInstituto de Veterináriaanalgesia preventivaopióidesgatospre-emptive analgesiaopioidscatsMedicina VeterináriaComparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletivaComparison of the analgesic effect between morphine, tramadol and buprenorphine in cats undergoing ovariohysterectomyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/60332/2008%20-%20Cristiane%20Belchior%20Caloiero.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/tede/901Made available in DSpace on 2016-04-28T20:18:31Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2008 - Cristiane Belchior Caloiero.pdf: 424554 bytes, checksum: 418546c1b267e0fbd474d742aa991711 (MD5) Previous issue date: 2008-05-08info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJinstname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)instacron:UFRRJTHUMBNAIL2008 - Cristiane Belchior Caloiero.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg4027https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14117/1/2008%20-%20Cristiane%20Belchior%20Caloiero.pdf.jpg0410d1d52d0457fc69bd389d1a55e82dMD51TEXT2008 - Cristiane Belchior Caloiero.pdf.txtExtracted Texttext/plain107192https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14117/2/2008%20-%20Cristiane%20Belchior%20Caloiero.pdf.txt80550013f2e584bdaa208c6af856c8afMD52ORIGINAL2008 - Cristiane Belchior Caloiero.pdfapplication/pdf424665https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14117/3/2008%20-%20Cristiane%20Belchior%20Caloiero.pdf02a38afa513b86b52a1d1c2e86c62e19MD5320.500.14407/141172023-12-21 23:56:37.776oai:rima.ufrrj.br:20.500.14407/14117Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://tede.ufrrj.br/PUBhttps://tede.ufrrj.br/oai/requestbibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.bropendoar:2023-12-22T02:56:37Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)false
dc.title.por.fl_str_mv Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva
dc.title.alternative.eng.fl_str_mv Comparison of the analgesic effect between morphine, tramadol and buprenorphine in cats undergoing ovariohysterectomy
title Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva
spellingShingle Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva
Caloiero, Cristiane Belchior
analgesia preventiva
opióides
gatos
pre-emptive analgesia
opioids
cats
Medicina Veterinária
title_short Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva
title_full Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva
title_fullStr Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva
title_full_unstemmed Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva
title_sort Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva
author Caloiero, Cristiane Belchior
author_facet Caloiero, Cristiane Belchior
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Caloiero, Cristiane Belchior
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Souza, Heloisa Justen Moreira de
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 946.916.307-91
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772087H4
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 070.857.497-17
contributor_str_mv Souza, Heloisa Justen Moreira de
dc.subject.por.fl_str_mv analgesia preventiva
opióides
gatos
topic analgesia preventiva
opióides
gatos
pre-emptive analgesia
opioids
cats
Medicina Veterinária
dc.subject.eng.fl_str_mv pre-emptive analgesia
opioids
cats
dc.subject.cnpq.fl_str_mv Medicina Veterinária
description A ovariossalpingo-histerectomia (OSH) é a cirurgia mais comumente realizada na clínica de pequenos animais com objetivos de controlar a população e evitar problemas futuros de ordem reprodutiva. Este procedimento cirúrgico cursa num grau de dor moderado requisitando de um tratamento analgésico adequado. A dor pós-operatória, quando não corretamente diagnosticada e tratada, deixa de ser um mecanismo de defesa natural e torna-se nociva, promovendo alterações sistêmicas relevantes que retardam a recuperação do paciente. O objetivo deste trabalho foi comparar o efeito analgésico no período trans e pós-operatório entre morfina, tramadol e buprenorfina administrados preventivamente em gatas submetidas a OSH. Neste estudo foram utilizadas 30 gatas, sem raça definida e hígidas. Os animais foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de 10 animais. O grupo M recebeu de medicação pré-anestésica (MPA), maleato de acepromazina (0,05 mg/kg) e sulfato de morfina (0,2 mg/kg) pela via intramuscular (IM). O grupo T recebeu acepromazina (0,05 mg/kg) e Tramadol (2 mg/kg) pela via IM. Ao grupo B foi administrado acepromazina na mesma dose e buprenorfina (0,01 mg/Kg) via IM. Após 20 min da MPA, os animais recebiam de indução anestésica tiopental 2,5% na dose de 12,5 mg/kg pela via intravenosa. Os animais eram intubados e mantidos com isoflurano diluído em oxigênio a 100% através do vaporizador universal, conectados a um circuito de Mapleson D (Baraka). A avaliação da dor e sedação foi realizada por um mesmo observador em todos os animais, e este não conhecia o tratamento utilizado (duplo cego). Os tempos de avaliação eram: pré-operatório; 10, 20 e 30 minutos de cirurgia, 1, 2, 4 e 6 horas após o término da mesma. A avaliação subjetiva da dor foi realizada através da escala análoga visual e da escala descritiva nos momentos antes e após a cirurgia. A mensuração dos parâmetros objetivos freqüência cardíaca (FC), freqüência respiratória (FR), temperatura (Temp), glicemia (GL), tempo de perfusão capilar (TPC) e análise de mucosas foram realizados nos momentos antes, durante e após a cirurgia, já a aferição da pressão arterial sistólica (PAS) e saturação de oxigênio na hemoglobina (SpO2) foram realizadas somente durante o procedimento cirúrgico. A comparação dos parâmetros objetivos e subjetivos entre os três grupos foi realizada pela Análise de Variância de Kruskal-Wallis, seguido do teste Mann-Whitney, sempre que houvesse diferenças significativas entre os tratamentos (p< 0,05). Dentro de cada grupo, foi utilizada pela Análise de Variância de Friedman para as comparações entre os diversos momentos, seguido do teste de Wilcoxon para a identificação dos momentos diferentes (p< 0,05). Os animais do grupo buprenorfina (B) se apresentaram mais sedados em todos os momentos avaliados, seguido do grupo morfina (M) e por último o grupo tramadol (T). Na avaliação da dor pela VAS, o grupo tramadol demonstrou um menor grau de dor nas primeiras 2 horas, seguido pelos grupos morfina e buprenorfina. Na avaliação da dor pela escala descritiva, o tramadol apresentou melhor efeito analgésico nos momentos 2, 4, e 6 horas. Os valores de freqüência cardíaca permaneceu relativamente constante durante todo o procedimento cirúrgico, só sendo diferente nos momentos 4 e 6 horas onde a buprenorfina apresentou valores mais altos. No presente estudo, a diminuição da FR foi mais pronunciada no grupo morfina. Não foi observada diferença na PAS entre os grupos. O grupo buprenorfina apresentou valores mais altos de glicose no momento 6 horas. Neste estudo, a temperatura corporal não diferiu entre os grupos nos momentos pré e pós-operatório. Com este estudo, pode-se concluir que o tramadol na dose e regime empregados mostrou-se mais eficiente que a morfina e a buprenorfina em controlar a dor pós-operatória da OSH em gatas, sem apresentar efeitos colaterais.
publishDate 2008
dc.date.issued.fl_str_mv 2008-05-08
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-12-22T02:56:37Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-12-22T02:56:37Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv CALOIERO, Cristiane Belchior. Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva. 2008. 15 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2008.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14117
identifier_str_mv CALOIERO, Cristiane Belchior. Comparação do efeito analgésico entre Morfina, Tramadol e Buprenorfina em gatas submetidas a ovariossalpingo-histerectomia eletiva. 2008. 15 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária) - Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2008.
url https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14117
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Veterinária
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
instname:Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
instacron:UFRRJ
instname_str Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
instacron_str UFRRJ
institution UFRRJ
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
bitstream.url.fl_str_mv https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14117/1/2008%20-%20Cristiane%20Belchior%20Caloiero.pdf.jpg
https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14117/2/2008%20-%20Cristiane%20Belchior%20Caloiero.pdf.txt
https://rima.ufrrj.br/jspui/bitstream/20.500.14407/14117/3/2008%20-%20Cristiane%20Belchior%20Caloiero.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv 0410d1d52d0457fc69bd389d1a55e82d
80550013f2e584bdaa208c6af856c8af
02a38afa513b86b52a1d1c2e86c62e19
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
repository.mail.fl_str_mv bibliot@ufrrj.br||bibliot@ufrrj.br
_version_ 1810108171140726784