Simulação de digestão in vitro acoplada a modelos de transporte gástrico e intestinal para estimar a captação e absorção de antocianinas em frutos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Peixoto, Fernanda Marques
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9330
Resumo: O interesse pelo consumo das antocianinas aumentou após o surgimento da relação entre o seu consumo e a redução do risco de doenças crônicas. Apesar das evidências in vitro quanto a esses beneficios à saúde, ainda há uma lacuna que permanece sob investigação: o mecanismo de absorção das antocianinas pelo organismo humano. Sabe-se que a quantidade desses compostos, nos alimentos, não reflete a quantidade absorvida, metabolizada, distribuída e biologicamente ativa em humanos. Alguns modelos in vitro têm sido desenvolvidos para avaliar as etapas de digestão e transporte celular (absorção) de compostos dos alimentos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o transporte in vitro de antocianinas em alimentos utilizando modelos de digestão in vitro seguido do transporte em células intestinais Caco-2 e células gástricas MKN-28. Na 1ª etapa, oito frutos foram analisados quanto aos valores de bioacessibilidade (BCSS) fornecidos pelas antocianinas presentes, para posterior seleção para os ensaios de transporte. Os ensaios de BCSS foram realizados com um modelo de digestão in vitro, para simulação das fases oral, gástrica e intestinal humana. A quantificação e determinação do perfil de antocianinas foram realizadas por Cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE), com coluna Thermo® Scientific C1s 2,4 (4,6 x 100mm). Na 2ª etapa, realizou-se os ensaios de BCSS, anteriormente aos ensaios de transporte, nos frutos potencialmente mais promissores. Para a avaliação do transporte gástrico, na sequência, o digerido gástrico foi aplicado sobre a monocamada de células MKN-28, com 2,5 x 10^5 células, em meio RPMI, em placa transwell® e, após 7 dias de cultivo, o permeado foi coletado nos tempos 30, 60, 120, 180 minutos. Para o transporte intestinal, sequencial, o digerido intestinal foi aplicado sobre a monocamada celular Caco-2, com 2,5 x 105 células, em meio DMEM, em placas transwell® e, após 21 dias de cultivo, o permeado foi coletado nos tempos 30, 60 e 120 minutos de transporte. Todas as análises foram realizadas por CLUE/detector de arranjo fotodiodo (Thermo® Scientific), a 520 nm. Os pós da casca da jabuticaba, jambo e jamelão foram as matrizes mais promissoras. A BCSS das antocianinas, após a digestão gástrica, foi de 13 % parajabuticaba, 45 % parajambo e 65 % parajamelão, enquanto a BCSS intestinal foi de 10% para jabuticaba, 15 % para jambo e 45 % para jamelão. Os ensaios de transporte (ET) com os modelos de célula MKN-28 resultaram em 19,7; 9,7 e 14,1 % de ET, respectivamente, para os pós do jambo, jabuticaba, e jamelão, enquanto que o modelo Caco-2, resultaram em 0,8, 0,2 e 0,3 % de ET, respectivamente. Estes resultados sugerem que as antocianinas são preferencialmente absorvidas pela mucosa gástrica.
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Apesar das evidências in vitro quanto a esses beneficios à saúde, ainda há uma lacuna que permanece sob investigação: o mecanismo de absorção das antocianinas pelo organismo humano. Sabe-se que a quantidade desses compostos, nos alimentos, não reflete a quantidade absorvida, metabolizada, distribuída e biologicamente ativa em humanos. Alguns modelos in vitro têm sido desenvolvidos para avaliar as etapas de digestão e transporte celular (absorção) de compostos dos alimentos. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o transporte in vitro de antocianinas em alimentos utilizando modelos de digestão in vitro seguido do transporte em células intestinais Caco-2 e células gástricas MKN-28. Na 1ª etapa, oito frutos foram analisados quanto aos valores de bioacessibilidade (BCSS) fornecidos pelas antocianinas presentes, para posterior seleção para os ensaios de transporte. 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Despite of in vitro evidences of anthocyanins benefits to health, there is still a gap in the knowledge of the mechanisms of absorption of anthocyanins by the human body. It is known that concentration of food anthocyanins doesn't reflect the amount of these compounds which are absorbed, metabolized, distributed and biologically active in humans. Some in vitro models have been developed to evaluate the steps of cell release and transport ( uptake) of these compounds from food. The objective of this study was to evaluate the in vitro absorption of food anthocyanins using the in vitro digestion followed by uptake and transport in Caco-2 human intestinal cell line and MKN-28 human gastric cell line. Initially, anthocyanins bioaccessibility of diverse fruits was evaluated in order to select the better sources for transport assays. The bioaccessibility assays were performed using an in vitro digestion model, which mimics the human oral, gastric and intestinal stages. Quantification and characterization of anthocyanins profile were performed by high-performance liquid chromatography (HPLC) with Thermo Scientific® C1s 2.4 (4.6 x 10mm) column. After selection of the most promising fruits, the bioaccessibility tests were followed by transport assays. To assess gastric absorption, the product from gastric digestion was applied on the MKN-28 cell monolayer, which was obtained after 7 days of culture of 2.5 x 10^5 MKN-28 cells seeded in RPMI culture media in transwell® plates. The permeate was collected after 30, 60, 120 andl80 minutes oftransport. For evaluation of intestinal absorption after digestion, the digesta from the intestinal phase was applied on the Caco-2 cell monolayer, which was obtained after 21 days of culture of 2.5 x 105 Caco-2 cells seeded in DMEM culture media in TRANSWELL® plates. The permeate was collected after 30, 60 and 120 minutes of transport. All analyses were made by forming CLUE / photodiode array detector (Thermo® Scientific) at 520nm. Peel powder from jabuticaba, jambo and Jamelão were the most promising sources. The bioaccessibility of anthocyanins after gastric digestion was 13% for jabuticaba, 45 % for jambo and 65 % for jamelão. In addition, the intestinal bioaccessibility was 1 O % for jabuticaba, 15 % for jambo and 45 % for jamelão. The transport assay with the MKN-28 gastric cell line, revealed 19.7%, 9.7 % and 14.1 % of transport efficiency, respectively, for jambo, jabuticaba and jamelão digestion products. While Caco-2 intestinal cell model showed 0.8 %, 0.2 % and 0.3 % oftransport efficiency, respectively, for jambo, jabuticaba and jamelão. These results suggest food anthocyanins are preferentially absorbed by the human gastric mucosa and to a lesser extent by the human intestinal epithelium.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de AlimentosUFRRJBrasilInstituto de TecnologiaBioaccessibilityln vitro digestionBioacesibilidade.Caco-2MKN-28Digestão in vitroCiência e Tecnologia de AlimentosSimulação de digestão in vitro acoplada a modelos de transporte gástrico e intestinal para estimar a captação e absorção de antocianinas em frutosSimulation of in vitro digestion coupled to gastric and intestinal transport models to estimate the uptake and absorption of anthocyanins in fruitsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/5946/2016%20-%20Fernanda%20Marques%20Peixoto.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/20702/2016%20-%20Fernanda%20Marques%20Peixoto.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/27021/2016%20-%20Fernanda%20Marques%20Peixoto.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/33466/2016%20-%20Fernanda%20Marques%20Peixoto.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/39804/2016%20-%20Fernanda%20Marques%20Peixoto.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/46208/2016%20-%20Fernanda%20Marques%20Peixoto.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/52556/2016%20-%20Fernanda%20Marques%20Peixoto.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/59028/2016%20-%20Fernanda%20Marques%20Peixoto.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/2016Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2017-09-05T20:11:17Z No. of bitstreams: 1 2016 - Fernanda Marques Peixoto.pdf: 14003225 bytes, checksum: 89c95a9ad22b1e74cdf2bda273665230 (MD5)Made available in DSpace on 2017-09-05T20:11:17Z (GMT). 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