Aceitação de polens de Apiaceae por Coleomegilla maculata DeGeer (Coleoptera: Coccinellidae) e efeito de diferentes dietas na sua biologia.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: D’Ávila, Vinícius de Abreu
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13590
Resumo: O controle biológico é um importante método para regular as populacões de pragas em um sistema de produção agrícola sustentável, pois é uma alternativa promissora ao uso de agrotóxicos orgânicos sintéticos que causam grandes impactos ecotoxicológicos. As joaninhas predadoras fazem parte dos agentes de controle biológico de pragas agrícolas, podendo ser manejadas pelas três estratégias de controle biológico: clássico, conservativo e aumentativo. No presente trabalho, buscou-se gerar conhecimento para uso da joaninha predadora afidófaga Coleomegilla maculata DeGeer (Coleoptera: Coccinellidae) sob a perspectiva das duas últimas estratégias. O controle biológico conservativo envolvendo insetos predadores baseia-se no fato de que, na ausência ou escassez da presa preferencial ou na presença de outras presas de qualidade inferior, podem usar alimentos alternativos, tais como pólen, para garantir sua sobrevivência e, por vezes, sua reprodução e, por isso, espécies botânicas provedoras desse recurso floral devem integrar a paisagem agrícola, dentro e/ou no entorno da propriedade agrícola; enquanto o controle aumentativo requer a multiplicação do predador no laboratório, podendo se valer de presas naturais ou artificiais. Apesar de alguns autores comprovarem a visitação das flores de algumas espécies de Apiaceae por C. maculata, não há relatos na literatura da ingestão de grãos de pólen dessa família botânica por essa joaninha. Nesse contexto, este trabalho foi conduzido a fim de selecionar espécies de plantas cujas flores sejam fonte de pólen como alimento alternativo ou complementar para C. maculata na perspectiva de compor a vegetação dos agroecossistemas para contribuir na conservação dessa joaninha, e/ou auxiliar na criação massal da mesma em condições de laboratório. O objetivo do capítulo I foi comprovar a ingestão de pólen de três espécies da família Apiaceae [coentro (Coriandrum sativum L.), endro (Anethum graveolens L.) e erva-doce (Foeniculum vulgare Mill.)] a partir da oferta de suas flores para larvas de 4º instar e adultos de C. maculata. Constatou-se a presença de grãos de pólen nas cinco repetições de todos os tratamentos, comprovando a ingestão de pólen dessas três Apiaceae a partir de suas flores por C. maculata. Em 24 horas de exposição, os adultos consumiram em média mais pólen de endro em comparação aos polens de coentro e erva-doce, enquanto que as larvas consumiram mais pólen de erva-doce. O objetivo do capitulo II foi determinar a adequabilidade de nove dietas para C. maculata, incluindo oferta de pólen de duas espécies de Apiaceae (coentro e endro), em condições controladas de laboratório. Apesar das dietas apenas com flores dessas duas Apiaceae não proporcionarem o desenvolvimento completo de C. maculata, elas usadas com complementação da alimentação com ovos de Anagasta kuehniella Zeller (Lepidoptera: Pyralidae) possibilitam a redução do período larval, aumento no número de ovos por postura e aumento do peso corpóreo. A dieta com larvas vivas de Drosophila melanogaster Meigen (Diptera: Drosophilidae) não foi só comprovada como alimento essencial como também resultou em adultos de maior peso corpóreo e um aumento no número de ovos por postura em comparação à alimentação apenas com ovos de A. kuehniella.
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As joaninhas predadoras fazem parte dos agentes de controle biológico de pragas agrícolas, podendo ser manejadas pelas três estratégias de controle biológico: clássico, conservativo e aumentativo. No presente trabalho, buscou-se gerar conhecimento para uso da joaninha predadora afidófaga Coleomegilla maculata DeGeer (Coleoptera: Coccinellidae) sob a perspectiva das duas últimas estratégias. O controle biológico conservativo envolvendo insetos predadores baseia-se no fato de que, na ausência ou escassez da presa preferencial ou na presença de outras presas de qualidade inferior, podem usar alimentos alternativos, tais como pólen, para garantir sua sobrevivência e, por vezes, sua reprodução e, por isso, espécies botânicas provedoras desse recurso floral devem integrar a paisagem agrícola, dentro e/ou no entorno da propriedade agrícola; enquanto o controle aumentativo requer a multiplicação do predador no laboratório, podendo se valer de presas naturais ou artificiais. Apesar de alguns autores comprovarem a visitação das flores de algumas espécies de Apiaceae por C. maculata, não há relatos na literatura da ingestão de grãos de pólen dessa família botânica por essa joaninha. Nesse contexto, este trabalho foi conduzido a fim de selecionar espécies de plantas cujas flores sejam fonte de pólen como alimento alternativo ou complementar para C. maculata na perspectiva de compor a vegetação dos agroecossistemas para contribuir na conservação dessa joaninha, e/ou auxiliar na criação massal da mesma em condições de laboratório. O objetivo do capítulo I foi comprovar a ingestão de pólen de três espécies da família Apiaceae [coentro (Coriandrum sativum L.), endro (Anethum graveolens L.) e erva-doce (Foeniculum vulgare Mill.)] a partir da oferta de suas flores para larvas de 4º instar e adultos de C. maculata. Constatou-se a presença de grãos de pólen nas cinco repetições de todos os tratamentos, comprovando a ingestão de pólen dessas três Apiaceae a partir de suas flores por C. maculata. Em 24 horas de exposição, os adultos consumiram em média mais pólen de endro em comparação aos polens de coentro e erva-doce, enquanto que as larvas consumiram mais pólen de erva-doce. O objetivo do capitulo II foi determinar a adequabilidade de nove dietas para C. maculata, incluindo oferta de pólen de duas espécies de Apiaceae (coentro e endro), em condições controladas de laboratório. Apesar das dietas apenas com flores dessas duas Apiaceae não proporcionarem o desenvolvimento completo de C. maculata, elas usadas com complementação da alimentação com ovos de Anagasta kuehniella Zeller (Lepidoptera: Pyralidae) possibilitam a redução do período larval, aumento no número de ovos por postura e aumento do peso corpóreo. A dieta com larvas vivas de Drosophila melanogaster Meigen (Diptera: Drosophilidae) não foi só comprovada como alimento essencial como também resultou em adultos de maior peso corpóreo e um aumento no número de ovos por postura em comparação à alimentação apenas com ovos de A. kuehniella.CAPESThe biological control is as important method to regulate the pest populations in a system of sustainable agricultural production, because it is a promising alternative to the use of the organic synthetic pesticides that cause great ecotoxicological impacts. The predator ladybeetles are part of the biological control agents of agricultural pests, could be management by the three biocontrol strategies: classical, conservative and augmentative. In the present work, it was tried to generate knowledge for using the aphidophagous predator ladybeetle Coleomegilla maculata DeGeer (Coleoptera: Coccinellidae) under the perspective of the last two strategies. The conservative biological control involving predator insects bases on the fact that in the absence or scarceness of their preferential prey or in the presence of the other preys with inferior nutritional quality, they may use alternative foods, such as pollen, to guarantee their survivorship and, sometimes, their reproduction, and because of that botanical species that provide this floral resource might integrate the agricultural landscape, inside and/or around the agricultural property; meanwhile the augmentative control requests the multiplication of the predator in the laboratory, using natural or artificial preys. Even though some authors proved the visitation of the flowers of some species of Apiaceae by C. maculata, there are no records in the literature of the ingestion of pollen grains of this botanical family by this ladybeetle. In this context, this work was carried out with the aim to select the plant species whose flowers are source of pollen as alternative or complementary food to C. maculata in the perspective to compose the vegetation of the agroecosystems to contribute in the conservation of this ladybeetle, and /or to aid in its mass rearing in the laboratory conditions. The objective of the chapter I was to prove the ingestion of pollen of three species of the family Apiaceae [coriander (Coriandrum sativum L.), dill (Anethum graveolens L.), and fennel (Foeniculum vulgare Mill.)] from the provision of their flowers to the larvae of the 4th instar and adults of C. maculata. It was observed the presence of pollen grains in the five replicates of all treatments, proving the ingestion of the pollen of these three species of Apiaceae from their flowers by C. maculata. At 24 hours of exposition, adults fed on average more pollen of dill than pollens of coriander and fennel, while the larvae consumed more pollen of fennel. The objective of the chapter II was to determine the suitability of nine diets to C. maculata, including provision of pollen of the two species of Apiaceae (coriander and dill), under controlled conditions of the laboratory. Even though the diets with only flowers of these two Apiaceae did not provided the full development of C. maculata, they used as complementary food with eggs of Anagasta kuehniella Zeller (Lepidoptera: Pyralidae) resulted in reduction of larval period, increased the egg number by cluster, and increased the body weight. The diet with alive larvae of Drosophila melanogaster Meigen (Diptera: Drosophilidae) was proved to be an essential food as well as resulted in adults with higher body weight, and the number of eggs per cluster increased in comparison with the feeding with only eggs of A. kuehniella.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Fitossanidade e Biotecnologia AplicadaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Biológicas e da SaúdeAphidophagous ladybeetlepollinivoryfactitious foodbiological and reproductive parametersattractant plants to predator insectsconservation biological controlaugmentative biological controlJoaninha afidófagapolinivoriaalimento artificialparâmetros biológicos e reprodutivosplantas atrativas a insetos predadorescontrole biológico conservativocontrole biológico aumentativoAgronomiaAceitação de polens de Apiaceae por Coleomegilla maculata DeGeer (Coleoptera: Coccinellidae) e efeito de diferentes dietas na sua biologia.Acceptance of pollens of Apiaceae by Coleomegilla maculata DeGeer (Coleoptera: Coccinellidae) and effect of different diets in its biology.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/7248/2012%20-%20Vinicius%20de%20Abreu%20D%27%c3%81vila.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/20394/2012%20-%20Vinicius%20de%20Abreu%20D%27%c3%81vila.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/26771/2012%20-%20Vinicius%20de%20Abreu%20D%27%c3%81vila.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/33140/2012%20-%20Vinicius%20de%20Abreu%20D%27%c3%81vila.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/39518/2012%20-%20Vinicius%20de%20Abreu%20D%27%c3%81vila.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/45936/2012%20-%20Vinicius%20de%20Abreu%20D%27%c3%81vila.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/52326/2012%20-%20Vinicius%20de%20Abreu%20D%27%c3%81vila.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/58744/2012%20-%20Vinicius%20de%20Abreu%20D%27%c3%81vila.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/jspui/1799Submitted by Jorge Silva (jorgelmsilva@ufrrj.br) on 2017-06-20T20:36:51Z No. of bitstreams: 1 2012 - Vinicius de Abreu D'Ávila.pdf: 623654 bytes, checksum: 2c91585552193e53bcefc6b559fe2a2f (MD5)Made available in DSpace on 2017-06-20T20:36:51Z (GMT). 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D’Ávila, Vinícius de Abreu
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description O controle biológico é um importante método para regular as populacões de pragas em um sistema de produção agrícola sustentável, pois é uma alternativa promissora ao uso de agrotóxicos orgânicos sintéticos que causam grandes impactos ecotoxicológicos. As joaninhas predadoras fazem parte dos agentes de controle biológico de pragas agrícolas, podendo ser manejadas pelas três estratégias de controle biológico: clássico, conservativo e aumentativo. No presente trabalho, buscou-se gerar conhecimento para uso da joaninha predadora afidófaga Coleomegilla maculata DeGeer (Coleoptera: Coccinellidae) sob a perspectiva das duas últimas estratégias. O controle biológico conservativo envolvendo insetos predadores baseia-se no fato de que, na ausência ou escassez da presa preferencial ou na presença de outras presas de qualidade inferior, podem usar alimentos alternativos, tais como pólen, para garantir sua sobrevivência e, por vezes, sua reprodução e, por isso, espécies botânicas provedoras desse recurso floral devem integrar a paisagem agrícola, dentro e/ou no entorno da propriedade agrícola; enquanto o controle aumentativo requer a multiplicação do predador no laboratório, podendo se valer de presas naturais ou artificiais. Apesar de alguns autores comprovarem a visitação das flores de algumas espécies de Apiaceae por C. maculata, não há relatos na literatura da ingestão de grãos de pólen dessa família botânica por essa joaninha. Nesse contexto, este trabalho foi conduzido a fim de selecionar espécies de plantas cujas flores sejam fonte de pólen como alimento alternativo ou complementar para C. maculata na perspectiva de compor a vegetação dos agroecossistemas para contribuir na conservação dessa joaninha, e/ou auxiliar na criação massal da mesma em condições de laboratório. O objetivo do capítulo I foi comprovar a ingestão de pólen de três espécies da família Apiaceae [coentro (Coriandrum sativum L.), endro (Anethum graveolens L.) e erva-doce (Foeniculum vulgare Mill.)] a partir da oferta de suas flores para larvas de 4º instar e adultos de C. maculata. Constatou-se a presença de grãos de pólen nas cinco repetições de todos os tratamentos, comprovando a ingestão de pólen dessas três Apiaceae a partir de suas flores por C. maculata. Em 24 horas de exposição, os adultos consumiram em média mais pólen de endro em comparação aos polens de coentro e erva-doce, enquanto que as larvas consumiram mais pólen de erva-doce. O objetivo do capitulo II foi determinar a adequabilidade de nove dietas para C. maculata, incluindo oferta de pólen de duas espécies de Apiaceae (coentro e endro), em condições controladas de laboratório. Apesar das dietas apenas com flores dessas duas Apiaceae não proporcionarem o desenvolvimento completo de C. maculata, elas usadas com complementação da alimentação com ovos de Anagasta kuehniella Zeller (Lepidoptera: Pyralidae) possibilitam a redução do período larval, aumento no número de ovos por postura e aumento do peso corpóreo. A dieta com larvas vivas de Drosophila melanogaster Meigen (Diptera: Drosophilidae) não foi só comprovada como alimento essencial como também resultou em adultos de maior peso corpóreo e um aumento no número de ovos por postura em comparação à alimentação apenas com ovos de A. kuehniella.
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