A relação entre o sentimento de pertencimento e a educação ambiental
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9930 |
Resumo: | A atual crise socioambiental é evidente. Vivemos uma crise civilizatória em decorrência do modelo de desenvolvimento da sociedade moderna. Com a mercantilização da vida, perspectivas dualistas, como ser humano versus natureza e razão versus emoção, foram intensificadas. Nesse contexto, no enfrentamento da problemática socioambiental torna-se fundamental a ruptura com os paradigmas disjuntivos para que novas relações (consigo mesmo, com o outro e com o universo) possam ser estabelecidas. Por tudo isso, o presente estudo, busca identificar, compreender e problematizar a relação entre o sentimento de pertencimento e o processo formativo de Educação Ambiental. Alguns questionamentos nos instigaram nesta pesquisa, como: será que a proximidade de uma escola com uma Unidade de Conservação é um ambiente propício para práticas pedagógicas diferenciadas, de reencontro com o natural? Ou será que é usado apenas como espaço de contemplação de um natural sem a presença humana? Os atores da pesquisa são quatro professores que possuem afinidade com a temática ambiental, de diferentes áreas do conhecimento, e atuam em uma escola pública do entorno da Unidade de Conservação de Tinguá, localizada no Município de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados, através da observação participante no espaço escolar e das narrativas autobiográficas dos professores participantes, e analisados seguindo o Método de Interpretação de Sentidos, de Gomes et al. (2005). A partir da análise dos dados, destacamos elementos que nos ajudam a pensar e repensar os princípios formativos presentes na “ComVivência Pedagógica”, são eles: a postura conectiva; a intencionalidade emancipatória e transformadora; a promoção da reflexão crítica; a indignação ética e a desestabilização criativa. Apoiado nos nossos referenciais teóricos, nos estudos e publicações anteriores do nosso grupo de pesquisa e nas interpretações resultantes deste trabalho, o sentimento de pertencimento é compreendido como um elo conectivo que nos liga ao todo, capaz de potencializar a autonomia e a coletividade necessária para a construção da identidade (o eu), a construção da alteridade (o outro) e as interações de relações múltiplas (o universo). Pertencer a partir de uma perspectiva complexa, autopoiética, constante e dialética contrapõe o pertencer individualista e reducionista enraizado na sociedade moderna. O sentimento de pertencimento possibilita a emoção do pertencer (o domínio de ação). A emoção do pertencer é inerente a nossa essência e pode ser aflorada a partir de atitudes básicas que redirecionem de forma radical nossos sentidos existenciais. O exercício da “emoção do pertencer”, que acredito ser fundamental na desconstrução de sentidos hegemônicos da modernidade, foi apresentado como um novo princípio formativo. As reflexões deste estudo representam um olhar entre muitos olhares possíveis. Pensar a relação entre o sentimento de pertencimento e o processo formativo de Educação Ambiental nos permitiu pensar em práticas educativas de transformação social, pautadas em emoções que constituem a identidade do nosso “ser” humano e natural. |
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Santos, Débora Gisele Graúdo dosGuimarães, Mauro5382444630321221http://lattes.cnpq.br/5382444630321221Fonseca, Lana Cláudia de Souza5084376565424146http://lattes.cnpq.br/5084376565424146Pinto, Vicente Paulo dos Santos7127738828178155http://lattes.cnpq.br/71277388281781558168984050308172http://lattes.cnpq.br/81689840503081722023-12-21T18:54:40Z2023-12-21T18:54:40Z2018-02-21SANTOS, Débora Gisele Graúdo dos. A relação entre o Sentimento de Pertencimento e a Educação Ambiental. 2018. 122f. Dissertação (Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares). Instituto de Educação/Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, RJ, Seropédica, 2018.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9930A atual crise socioambiental é evidente. Vivemos uma crise civilizatória em decorrência do modelo de desenvolvimento da sociedade moderna. Com a mercantilização da vida, perspectivas dualistas, como ser humano versus natureza e razão versus emoção, foram intensificadas. Nesse contexto, no enfrentamento da problemática socioambiental torna-se fundamental a ruptura com os paradigmas disjuntivos para que novas relações (consigo mesmo, com o outro e com o universo) possam ser estabelecidas. Por tudo isso, o presente estudo, busca identificar, compreender e problematizar a relação entre o sentimento de pertencimento e o processo formativo de Educação Ambiental. Alguns questionamentos nos instigaram nesta pesquisa, como: será que a proximidade de uma escola com uma Unidade de Conservação é um ambiente propício para práticas pedagógicas diferenciadas, de reencontro com o natural? Ou será que é usado apenas como espaço de contemplação de um natural sem a presença humana? Os atores da pesquisa são quatro professores que possuem afinidade com a temática ambiental, de diferentes áreas do conhecimento, e atuam em uma escola pública do entorno da Unidade de Conservação de Tinguá, localizada no Município de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados, através da observação participante no espaço escolar e das narrativas autobiográficas dos professores participantes, e analisados seguindo o Método de Interpretação de Sentidos, de Gomes et al. (2005). A partir da análise dos dados, destacamos elementos que nos ajudam a pensar e repensar os princípios formativos presentes na “ComVivência Pedagógica”, são eles: a postura conectiva; a intencionalidade emancipatória e transformadora; a promoção da reflexão crítica; a indignação ética e a desestabilização criativa. Apoiado nos nossos referenciais teóricos, nos estudos e publicações anteriores do nosso grupo de pesquisa e nas interpretações resultantes deste trabalho, o sentimento de pertencimento é compreendido como um elo conectivo que nos liga ao todo, capaz de potencializar a autonomia e a coletividade necessária para a construção da identidade (o eu), a construção da alteridade (o outro) e as interações de relações múltiplas (o universo). Pertencer a partir de uma perspectiva complexa, autopoiética, constante e dialética contrapõe o pertencer individualista e reducionista enraizado na sociedade moderna. O sentimento de pertencimento possibilita a emoção do pertencer (o domínio de ação). A emoção do pertencer é inerente a nossa essência e pode ser aflorada a partir de atitudes básicas que redirecionem de forma radical nossos sentidos existenciais. O exercício da “emoção do pertencer”, que acredito ser fundamental na desconstrução de sentidos hegemônicos da modernidade, foi apresentado como um novo princípio formativo. As reflexões deste estudo representam um olhar entre muitos olhares possíveis. Pensar a relação entre o sentimento de pertencimento e o processo formativo de Educação Ambiental nos permitiu pensar em práticas educativas de transformação social, pautadas em emoções que constituem a identidade do nosso “ser” humano e natural.CAPESPROPPG/UFRRJThe current socio-environmental crisis is evident. We are living a civilizing crisis as a result of the modern society development model. Due to the commodification of life, dualistic perspectives, such as human versus nature and reason versus emotion, were intensified. In this context, in the confrontation of the socio-environmental issues, it becomes fundamental to break with the disjunctive paradigms so that new relations (with oneself, with the other and with the universe) can be established. For all this, the present study seeks to identify, understand and problematize the relationship between the feeling of belonging and the formative process of Environmental Education. Some questions have instigated us during this research, such as: is the proximity of a school with a Conservation Unit an environment conducive to differentiated pedagogical practices, to reencounter with the nature? Or is it only used as a space for contemplation of a nature without human presence? The research actors are four teachers who have an affinity with the environmental theme, from different areas of knowledge, and work in a public school in the surroundings of the Tinguá Conservation Unit, located in the city Nova Iguaçu, in the State of Rio de Janeiro. The data was collected through participant observation in the school space and the autobiographical narratives of the participating teachers, and analyzed according to the Method of Interpretation of Senses, by Gomes et al. (2005). From the analysis of the data, we highlight elements that help us to think and rethink the formative principles present in the “ComVivência Pedagógica”, they are: the connective posture; emancipatory and transformative intentionality; the promotion of critical reflection; ethical indignation and creative destabilization. Based on our theoretical references, in the studies and previous publications of our research group and in the interpretations resulting from this work, the feeling of belonging is understood as a connective link that connects us to the whole, capable of empowering the autonomy and the collective necessary for the construction of identity (the self), the construction of alterity (the other) and interactions of multiple relations (the universe). Belonging from a complex, autopoietic, constant and dialectical perspective contrasts the individualist and reductionist belonging rooted in modern society. The feeling of belonging enables the emotion of belonging (the domain of action). The emotion of belonging is inherent in our essence and can be raised from basic attitudes that redirect radically our existential senses. The exercise of the “emotion of belonging”, which I believe to be fundamental in the deconstruction of hegemonic meanings of modernity, was presented as a new formative principle. The reflections of this study represent a look among many possible glances. Thinking about the relationship between the feeling of belonging and the formative process of Environmental Education, we were allowed to think educational practices of social transformation, based on emotions that constitute the identity of our human and natural beingapplication/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas PopularesUFRRJBrasilInstituto Multidisciplinar de Nova IguaçuInstituto de EducaçãoSentimento de PertencimentoEducação AmbientalEmoção do PertencerRelação Humano-NaturezaPrincípios FormativosFeeling of BelongingEnvironmental educationEmotion on BelongingHuman Nature RelationshipFormative PrinciplesCiências HumanasA relação entre o sentimento de pertencimento e a educação ambientalThe relationship between the feeling of belonging and environmental educationinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisANDRADE, C. C. 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A atual crise socioambiental é evidente. Vivemos uma crise civilizatória em decorrência do modelo de desenvolvimento da sociedade moderna. Com a mercantilização da vida, perspectivas dualistas, como ser humano versus natureza e razão versus emoção, foram intensificadas. Nesse contexto, no enfrentamento da problemática socioambiental torna-se fundamental a ruptura com os paradigmas disjuntivos para que novas relações (consigo mesmo, com o outro e com o universo) possam ser estabelecidas. Por tudo isso, o presente estudo, busca identificar, compreender e problematizar a relação entre o sentimento de pertencimento e o processo formativo de Educação Ambiental. Alguns questionamentos nos instigaram nesta pesquisa, como: será que a proximidade de uma escola com uma Unidade de Conservação é um ambiente propício para práticas pedagógicas diferenciadas, de reencontro com o natural? Ou será que é usado apenas como espaço de contemplação de um natural sem a presença humana? Os atores da pesquisa são quatro professores que possuem afinidade com a temática ambiental, de diferentes áreas do conhecimento, e atuam em uma escola pública do entorno da Unidade de Conservação de Tinguá, localizada no Município de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados, através da observação participante no espaço escolar e das narrativas autobiográficas dos professores participantes, e analisados seguindo o Método de Interpretação de Sentidos, de Gomes et al. (2005). A partir da análise dos dados, destacamos elementos que nos ajudam a pensar e repensar os princípios formativos presentes na “ComVivência Pedagógica”, são eles: a postura conectiva; a intencionalidade emancipatória e transformadora; a promoção da reflexão crítica; a indignação ética e a desestabilização criativa. Apoiado nos nossos referenciais teóricos, nos estudos e publicações anteriores do nosso grupo de pesquisa e nas interpretações resultantes deste trabalho, o sentimento de pertencimento é compreendido como um elo conectivo que nos liga ao todo, capaz de potencializar a autonomia e a coletividade necessária para a construção da identidade (o eu), a construção da alteridade (o outro) e as interações de relações múltiplas (o universo). Pertencer a partir de uma perspectiva complexa, autopoiética, constante e dialética contrapõe o pertencer individualista e reducionista enraizado na sociedade moderna. O sentimento de pertencimento possibilita a emoção do pertencer (o domínio de ação). A emoção do pertencer é inerente a nossa essência e pode ser aflorada a partir de atitudes básicas que redirecionem de forma radical nossos sentidos existenciais. O exercício da “emoção do pertencer”, que acredito ser fundamental na desconstrução de sentidos hegemônicos da modernidade, foi apresentado como um novo princípio formativo. As reflexões deste estudo representam um olhar entre muitos olhares possíveis. Pensar a relação entre o sentimento de pertencimento e o processo formativo de Educação Ambiental nos permitiu pensar em práticas educativas de transformação social, pautadas em emoções que constituem a identidade do nosso “ser” humano e natural. |
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SANTOS, Débora Gisele Graúdo dos. A relação entre o Sentimento de Pertencimento e a Educação Ambiental. 2018. 122f. Dissertação (Mestrado em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares). Instituto de Educação/Instituto Multidisciplinar, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, RJ, Seropédica, 2018. |
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