Imunomodulação e ação anti-Leishmania (Viannia) braziliensis por Ouratea cuspidata (Ochnaceae)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ribeiro, Renata da Silva
Data de Publicação: 2007
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11864
Resumo: Os efeitos dos extratos de Ouratea cuspidata (Ochnaceae) foram avaliadas a partir da exposição de células hospedeiras e de promastigotas de Leishmania (Viannia) braziliensis (L566) às frações oriundas da sua partição hexânica (OCH), metanólica (OCMeOH) e acetato de etílica (OCAcEt). Dentre estas, a fração OCMeOH foi a única que apresentou potencial antiparasitário em doses que geraram bioproteção aos sistemas hospedeiros. Assim, procederam-se análises de ação parasiticida direta do extrato OCMeOH sobre formas promastigotas, onde, também, foram avaliados o crescimento, alterações morfológicas e funções do metabolismo mitocondriais. Do mesmo modo, foram realizadas observações semelhantes em macrófagos peritoneais de hamsters Cricetus cricetus (Mf) afim de se determinar a toxicidade relativa para o hospedeiro. Finalmente, foram realizados ensaios complementares de bioproteção e geração de radicais livres, com a finalidade de confirmar a possível aplicação terapêutica dos constituintes presentes no extrato. Em todas as etapas experimentais, foram utilizadas cinco concentrações de OCMeOH (2mg/mL; 4mg/mL; 8mg/mL; 16mg/mL e 32mg/mL), sendo que os resultados obtidos foram comparativamente avaliados em relação a sistemas de controle (L566 e Mf não tratados). Os (Mf) tratados com 16 mg/106 Mf/mL do extrato sofreram uma diminuição significativa (92%) de sua capacidade fagocitária, mas permaneceram viáveis, em sua maioria (78%). As alterações morfológicas mostraram-se mais evidentes em 62% das células tratadas com 32mg/106 Mf/mL, com 70% de viabilidade e 98% de inibição da fagocitose. A atividade enzimática-mitocondrial macrofágica apresentou diminuição gradativa, com a preservação de 87% das funções enzimáticas nas células tratadas com 8mg/106 Mf/mL; 66,3% daquelas tratadas com 16mg/106 Mf/mL e 49% das tratadas com 32mg/106 Mf/mL. As L566 não apresentaram a perda da viabilidade após exposição de 24horas às diferentes concentrações de OCMeOH. Ao contrário, houve um aumento significativo no número de promastigotas que, a partir de seis horas de cultivo, mostraram-se sempre superiores à quantidade de parasitos não tratados. Foram detectadas alterações morfológicas em 62% das L566 tratadas com 8mg/106 L566/mL; 78% daquelas tratadas com 16mg/106 L566/mL e 98% das tratadas com 32mg/106 L566/mL. As promastigotas tratadas apresentaram-se arredondadas, com mitose incompleta, ou apresentando dois flagelos, sugerindo que as substâncias presentes no extrato podem interferir nas topoisomerases parasitárias. A atividade mitocond rial parasitária evidenciou a ocorrência de aceleração metabólica induzida pelo tratamento com OCMeOH. A atividade enzimáticamitocondrial foi de 220% no tratamento com 8mg/106 L566/mL; de 389% com 16mg/106 L566/mL e 480% com 32mg/106 L566/mL quando comparadas ao controle (100%). O potencial antiparasitário (Indice Terapêutico) foi considerado positivo (IT=4,0) em função das alterações morfológicas observadas nas concentrações de 32mg/106 Mf/mL (LD62%), e 8mg/106 L566/mL (ED62%). Sendo biflavonóides os constituintes presentes em maior proporção, atribuiu-se a este grupo de substâncias a ação antiparasitária e imunotóxica observadas para OCMeOH. Os bi-flavonóides presentes no extrato metanólico de Ouratea cuspidata estão entre os inibidores seletivos de COX2, sugerindo o desenvolvimento de pesquisas que visem sua utilização tópica em animais naturalmente infectados.
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Assim, procederam-se análises de ação parasiticida direta do extrato OCMeOH sobre formas promastigotas, onde, também, foram avaliados o crescimento, alterações morfológicas e funções do metabolismo mitocondriais. Do mesmo modo, foram realizadas observações semelhantes em macrófagos peritoneais de hamsters Cricetus cricetus (Mf) afim de se determinar a toxicidade relativa para o hospedeiro. Finalmente, foram realizados ensaios complementares de bioproteção e geração de radicais livres, com a finalidade de confirmar a possível aplicação terapêutica dos constituintes presentes no extrato. Em todas as etapas experimentais, foram utilizadas cinco concentrações de OCMeOH (2mg/mL; 4mg/mL; 8mg/mL; 16mg/mL e 32mg/mL), sendo que os resultados obtidos foram comparativamente avaliados em relação a sistemas de controle (L566 e Mf não tratados). Os (Mf) tratados com 16 mg/106 Mf/mL do extrato sofreram uma diminuição significativa (92%) de sua capacidade fagocitária, mas permaneceram viáveis, em sua maioria (78%). As alterações morfológicas mostraram-se mais evidentes em 62% das células tratadas com 32mg/106 Mf/mL, com 70% de viabilidade e 98% de inibição da fagocitose. A atividade enzimática-mitocondrial macrofágica apresentou diminuição gradativa, com a preservação de 87% das funções enzimáticas nas células tratadas com 8mg/106 Mf/mL; 66,3% daquelas tratadas com 16mg/106 Mf/mL e 49% das tratadas com 32mg/106 Mf/mL. As L566 não apresentaram a perda da viabilidade após exposição de 24horas às diferentes concentrações de OCMeOH. Ao contrário, houve um aumento significativo no número de promastigotas que, a partir de seis horas de cultivo, mostraram-se sempre superiores à quantidade de parasitos não tratados. Foram detectadas alterações morfológicas em 62% das L566 tratadas com 8mg/106 L566/mL; 78% daquelas tratadas com 16mg/106 L566/mL e 98% das tratadas com 32mg/106 L566/mL. As promastigotas tratadas apresentaram-se arredondadas, com mitose incompleta, ou apresentando dois flagelos, sugerindo que as substâncias presentes no extrato podem interferir nas topoisomerases parasitárias. A atividade mitocond rial parasitária evidenciou a ocorrência de aceleração metabólica induzida pelo tratamento com OCMeOH. A atividade enzimáticamitocondrial foi de 220% no tratamento com 8mg/106 L566/mL; de 389% com 16mg/106 L566/mL e 480% com 32mg/106 L566/mL quando comparadas ao controle (100%). O potencial antiparasitário (Indice Terapêutico) foi considerado positivo (IT=4,0) em função das alterações morfológicas observadas nas concentrações de 32mg/106 Mf/mL (LD62%), e 8mg/106 L566/mL (ED62%). Sendo biflavonóides os constituintes presentes em maior proporção, atribuiu-se a este grupo de substâncias a ação antiparasitária e imunotóxica observadas para OCMeOH. Os bi-flavonóides presentes no extrato metanólico de Ouratea cuspidata estão entre os inibidores seletivos de COX2, sugerindo o desenvolvimento de pesquisas que visem sua utilização tópica em animais naturalmente infectados.Ouratea cuspidata (Ochnaceae) crude extracts were added to experimental systems containing either host macrophages, or Leishmania braziliensis promastigotes (L566). The biological effect by the use of the hexane (OCH), methanol (OCMeH) and ethyl-acetate (OCAcEt) extracts added at different concentrations: 2mg/mL; 4mg/mL; 8mg/mL, 16mg/mL e 32mg/mL. The OCMeOH was the only fraction to which the anti parasitic potentiality was achieved at doses rates that generated bio protective effects in the host cells. The parasiticide action, due by direct exposure of promastigotes to OCMeOH, as well as the parasitic growth, and morphological alterations intermediary metabolism alterations (mitochondrial activity) were concomitantly measured. Biological macrophagic functions were also evaluated using Cricetus cricetus peritoneal macrophages as a model (Mf). Bio-protective assays were carried out in order to determine the free radical generation by the extract constituents. The results were compared with non treated L566 and Mf. 78% of the 16 mg/106 Mf/mL treated Mf were viable but a significant decrease of their phagocytosis capability (92%) was detected. Such alterations were evident in 62% of the cells treated with 32mg/106 Mf/mL. At this concentration cells were 70% viable and presented 98% phagocytosis suppression. The macrophages enzymatic- mitochondrial activity was gradually diminished, with 87% activity at exposures to 8mg/106 Mf/mL; 66,3% at exposures to 16mg/106 Mf/mL, and 49% at exposures to 32mg/106 Mf/mL, respectively. The anti parasitic effects were not associated to the promastigotes lack of viability. Instead, a significant rising on the L566 cells counting was detected when compared to control non treated parasites, from the first 6 hours treatment until 24 hours exposure. Morphological changes were detected in 62% of the 8mg/106 L566/mL parasite treated cells; 78% after 16mg/106 L566/mL treatment, and 98% of the cells presented morphological changes after 32mg/106 L566/mL treatment. Cells were either round-shaped, showing incomplete mitosis, or presenting double flagella, suggesting that the present extract containing substances that might interfere in the parasitic topoisomerase function. The parasitary mitochondrial activity evidenced the occurrence of a metabolic acceleration due by the OCMeOH treatment. The mitochondrial enzymatic activity was of 220% at exposures to 8mg/106 L566/mL; 389% at exposures to 16mg/106 L566/mL and of 480% at exposures to 32mg/106 L566/mL, respectively, when compared to the non treated parasites (100%). The anti parasitic potential (Therapeutic Index) was considered to be positive (acceptable) (TI=4,0) when estimated in function of the morphological changes observed at the extract concentration of 32mg/106 Mf/mL (LD62%), and at 8mg/106 L566/mL (ED62%), respectively. Since bi-flavonoids are the main constituents present in the OCMeOH, results were suggestive the anti parasitic effect was due to this group of secondary metabolites. As such biologically active molecules are known COX2 selective inhibitors, its internal use should be avoided. Otherwise, bi- flavonoids are good candidate substances to be applied as topical medicine to treat the American Tegumentar Leishmaniasis.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências VeterináriasUFRRJBrasilInstituto de VeterináriaAtividade anti-parasitáriaOuratea cuspidataLeishmania (Viannia) braziliensisanti-parasitic activityParasitologiaImunomodulação e ação anti-Leishmania (Viannia) braziliensis por Ouratea cuspidata (Ochnaceae)Immunomodulation and action anti-Leishmania (Viannia) braziliensis promastigotes by Ouratea cuspidata (Ochnaceae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/59659/2007%20-%20Renata%20da%20Silva%20Ribeiro.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/tede/746Made available in DSpace on 2016-04-28T20:15:26Z (GMT). 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