Agronegócio de equinos da raça Mangalarga Marchador no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cabral, Grasiele Coelho
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10288
Resumo: Este trabalho foi desenvolvido junto aos criadores do Estado do Rio de Janeiroassociados à Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, através da aplicação de questionário,confeccionado no aplicativo Google Drive, para as entrevistas estruturadas e direcionadas ao segmento de produção do complexo agronegócio do cavalo Mangalarga Marchador no Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa teve como objetivo a coleta de dados sobre o sistema de produção da raça no Estado, definindo a distribuição geográfica da criação, a população total de equinos dessa raça distribuída nas regiões mesográficas, a importância comercial e social e o perfil produtivo do agronegócio do cavalo Mangalarga Marchador, utilizando a metodologia de georreferenciamento no estudo da produção de equinos. Os resultados mostraram que o Estado do Rio de Janeiro possui 1.573 associados, com 4.338 criatórios (sufixos) cadastrados e o efetivo de 92.162 animais registrados, o que corresponde a 15,43% do total nacional de equinos da raça Mangalarga Marchador, situando o Estado do Rio de Janeiro no 2º lugar em número de animais. Cerca de 95,2% dos criatórios, em todo Estado, possuem área própria, sendo que mais da metade com áreas variando entre 100 e 500ha. A propriedade é individual em 83,8% e a equinocultura é atividade principal em 79,2% dos criatórios, que tem como objetivo principal a comercialização da produção (39%), seguido do esporte (32,7%) e do lazer (18,6%). A maioria dos criatórios tem gerência do proprietário (51,7%) e a gerência contratada ocorre em 44,7% das propriedades. A média de idade dos gerentes é de 45 anos e o nível de escolaridade variando de 32% com Superior Completo, 28,8% com Ensino Médio Completo e 15,3% com Ensino Fundamental Completo. A mão-de-obra que não exige especialização, seja gerente, treinador, tratador e serviços gerais, tem contrato fixo na maioria das propriedades, que possuem média de cinco funcionários fixos registrados. Os proprietários são, em sua grande maioria (90%), do sexo masculino, não residem na propriedade e possuem outra atividade profissional como fonte de renda. O número médio de animais nos criatórios é de 100 cabeças, com número médio de 53 fêmeas, criadas, preferencialmente, em sistema extensivo de produção. As pastagens são de baixa qualidade, cerca de 39,9% são formadas pelo gênero Brachiaria. O capim Napier, var. Elefante é o mais utilizado na suplementação volumosa, em média mensal de 12.866kg e a ração concentrada comercial comprada é utilizada em média mensal de 2.800kg/criatório. A comercialização dos animais é feita, preferencialmente, na fazenda (14,9 cab/ano), seguida dos leilões virtuais (5,13 cab/ano), leilões presenciais (4,28 cab/ano), leilões on line (1,94 cab/ano) e vendas em eventos (0,74 cab/ano). Os leilões presenciais e as vendas em eventos possuem maior valor médio de venda por animal. A venda de coberturas (8,77 cob/ano) e de potros desmamados (5,44 potros/ano) contribuem com o maior volume de comercialização dos criatórios. As categorias de égua doadora e garanhão representam os maiores valores de venda unitária, com médias de R$ 90.124,00 e R$ 67.116,00, respectivamente. A média de comercialização de animais por criatório/ano no Estado do Rio de Janeiro é, portanto, aproximadamente, R$ 388.440,00.
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Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2018.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10288Este trabalho foi desenvolvido junto aos criadores do Estado do Rio de Janeiroassociados à Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, através da aplicação de questionário,confeccionado no aplicativo Google Drive, para as entrevistas estruturadas e direcionadas ao segmento de produção do complexo agronegócio do cavalo Mangalarga Marchador no Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa teve como objetivo a coleta de dados sobre o sistema de produção da raça no Estado, definindo a distribuição geográfica da criação, a população total de equinos dessa raça distribuída nas regiões mesográficas, a importância comercial e social e o perfil produtivo do agronegócio do cavalo Mangalarga Marchador, utilizando a metodologia de georreferenciamento no estudo da produção de equinos. Os resultados mostraram que o Estado do Rio de Janeiro possui 1.573 associados, com 4.338 criatórios (sufixos) cadastrados e o efetivo de 92.162 animais registrados, o que corresponde a 15,43% do total nacional de equinos da raça Mangalarga Marchador, situando o Estado do Rio de Janeiro no 2º lugar em número de animais. Cerca de 95,2% dos criatórios, em todo Estado, possuem área própria, sendo que mais da metade com áreas variando entre 100 e 500ha. A propriedade é individual em 83,8% e a equinocultura é atividade principal em 79,2% dos criatórios, que tem como objetivo principal a comercialização da produção (39%), seguido do esporte (32,7%) e do lazer (18,6%). A maioria dos criatórios tem gerência do proprietário (51,7%) e a gerência contratada ocorre em 44,7% das propriedades. A média de idade dos gerentes é de 45 anos e o nível de escolaridade variando de 32% com Superior Completo, 28,8% com Ensino Médio Completo e 15,3% com Ensino Fundamental Completo. A mão-de-obra que não exige especialização, seja gerente, treinador, tratador e serviços gerais, tem contrato fixo na maioria das propriedades, que possuem média de cinco funcionários fixos registrados. Os proprietários são, em sua grande maioria (90%), do sexo masculino, não residem na propriedade e possuem outra atividade profissional como fonte de renda. O número médio de animais nos criatórios é de 100 cabeças, com número médio de 53 fêmeas, criadas, preferencialmente, em sistema extensivo de produção. As pastagens são de baixa qualidade, cerca de 39,9% são formadas pelo gênero Brachiaria. O capim Napier, var. Elefante é o mais utilizado na suplementação volumosa, em média mensal de 12.866kg e a ração concentrada comercial comprada é utilizada em média mensal de 2.800kg/criatório. A comercialização dos animais é feita, preferencialmente, na fazenda (14,9 cab/ano), seguida dos leilões virtuais (5,13 cab/ano), leilões presenciais (4,28 cab/ano), leilões on line (1,94 cab/ano) e vendas em eventos (0,74 cab/ano). Os leilões presenciais e as vendas em eventos possuem maior valor médio de venda por animal. A venda de coberturas (8,77 cob/ano) e de potros desmamados (5,44 potros/ano) contribuem com o maior volume de comercialização dos criatórios. As categorias de égua doadora e garanhão representam os maiores valores de venda unitária, com médias de R$ 90.124,00 e R$ 67.116,00, respectivamente. A média de comercialização de animais por criatório/ano no Estado do Rio de Janeiro é, portanto, aproximadamente, R$ 388.440,00.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorCNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoFAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de JaneiroThis research was developed with the breeders of the State of Rio de Janeiro associated to the Brazilian Association of Mangalarga Marchador Horse Breeders through the application of a questionnaire made in the Google Drive application for the procedure of structured interviews and directed to the production segment of the agribusiness complex of the Mangalarga Marchador horse in the State of Rio de Janeiro. The objective of the research was to collect data on the breed production system in the State, defining the geographical distribution of the breed, the total population of horses of this breed distributed in the mesographic regions, the commercial and social importance and the productive profile of the agribusiness Mangalarga Marchador horse, using the methodology of georeferencing in the study of equine production. The results showed that the state of Rio de Janeiro has 1,573 associates, with 4,338 farms (suffixes) registered and the effective of 92,162 registered animals, corresponding to 15.43% of the national total of Mangalarga Marchador equine horses, of Rio de Janeiro in the second place in number of animals. Approximately 95.2% of all state farms have their own area, more than half with areas ranging from 100 to 500ha. The ownership is individual in 83.8% and the equine production is the main activity in 79.2% of the farms, whose main objective is to commercialize production (39%), followed by sport (32.7%) and leisure (18.6%). Most of the nurseries are owned by the owner (51.7%) and the contracted management occurs in 44.7% of the properties. The average age of the managers is 45 years and the educational level varying from 32% with University graduate, 28,8% with Complete High School and 15,3% with Complete Elementary School. The workforce that does not require specialization, whether manager, trainer, handler and general services, has a fixed contract in most of the properties, which have an average of five registered fixed employees. The majority of owners are 90% male, do not reside in the property and have other professional activity as a source of income. The average number of animals in the nurseries is 100 heads, with an average number of 53 females, preferably in an extensive production system. The pastures are of low quality, about 39,9% are formed by the genus Brachiaria.The Napier grass, var. Elefante is the most used in bulking supplementation, on a monthly average of 12,866kg, and the commercial concentrated feed purchased is used, on a monthly average of 2,800kg/day. The commercialization of the animals is preferably carried out on the farm (14.9 cab/year), followed by virtual auctions (5.13 cab/year), live auctions (4.28 cab/year), online auctions (1, 94 cab / year) and sales at events (0.74 cab/year). Face-to-face auctions and sales at events have a higher average sales value per animal. The sale of hedges (8.77 kg / year) and weaned foals (5.44 foals / year) contributed the highest volume of commercialization of the farms. The categories of donor and stallion mares represent the highest values of unit sales, with averages of R$ 90,124.00 and R$ 67,116.00, respectively. The average commercialization of animals per breed/year in the State of Rio de Janeiro is therefore approximately R$ 388,440.00.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em ZootecniaUFRRJBrasilInstituto de ZootecniaAgronegócioEquinoculturaMangalarga MarchadorAgribusinessHorse productionZootecniaAgronegócio de equinos da raça Mangalarga Marchador no Estado do Rio de JaneiroAgribusiness of equines of the Mangalarga Marchador race in the State of Rio de Janeiroinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisALONSO, M. A. Seleção, manejo e fatores que influenciam as taxas de prenhez em éguas receptoras de embriões. Acta ScientiaeVeterinariae, v. 36, n. Supl 2, p. 207-214, 2008 ALVES, I.; REZENDE, S. O.; OLIVEIRA NETO, O. J.; DREES, C.; SANTANA, R. 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description Este trabalho foi desenvolvido junto aos criadores do Estado do Rio de Janeiroassociados à Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador, através da aplicação de questionário,confeccionado no aplicativo Google Drive, para as entrevistas estruturadas e direcionadas ao segmento de produção do complexo agronegócio do cavalo Mangalarga Marchador no Estado do Rio de Janeiro. A pesquisa teve como objetivo a coleta de dados sobre o sistema de produção da raça no Estado, definindo a distribuição geográfica da criação, a população total de equinos dessa raça distribuída nas regiões mesográficas, a importância comercial e social e o perfil produtivo do agronegócio do cavalo Mangalarga Marchador, utilizando a metodologia de georreferenciamento no estudo da produção de equinos. Os resultados mostraram que o Estado do Rio de Janeiro possui 1.573 associados, com 4.338 criatórios (sufixos) cadastrados e o efetivo de 92.162 animais registrados, o que corresponde a 15,43% do total nacional de equinos da raça Mangalarga Marchador, situando o Estado do Rio de Janeiro no 2º lugar em número de animais. Cerca de 95,2% dos criatórios, em todo Estado, possuem área própria, sendo que mais da metade com áreas variando entre 100 e 500ha. A propriedade é individual em 83,8% e a equinocultura é atividade principal em 79,2% dos criatórios, que tem como objetivo principal a comercialização da produção (39%), seguido do esporte (32,7%) e do lazer (18,6%). A maioria dos criatórios tem gerência do proprietário (51,7%) e a gerência contratada ocorre em 44,7% das propriedades. A média de idade dos gerentes é de 45 anos e o nível de escolaridade variando de 32% com Superior Completo, 28,8% com Ensino Médio Completo e 15,3% com Ensino Fundamental Completo. A mão-de-obra que não exige especialização, seja gerente, treinador, tratador e serviços gerais, tem contrato fixo na maioria das propriedades, que possuem média de cinco funcionários fixos registrados. Os proprietários são, em sua grande maioria (90%), do sexo masculino, não residem na propriedade e possuem outra atividade profissional como fonte de renda. O número médio de animais nos criatórios é de 100 cabeças, com número médio de 53 fêmeas, criadas, preferencialmente, em sistema extensivo de produção. As pastagens são de baixa qualidade, cerca de 39,9% são formadas pelo gênero Brachiaria. O capim Napier, var. Elefante é o mais utilizado na suplementação volumosa, em média mensal de 12.866kg e a ração concentrada comercial comprada é utilizada em média mensal de 2.800kg/criatório. A comercialização dos animais é feita, preferencialmente, na fazenda (14,9 cab/ano), seguida dos leilões virtuais (5,13 cab/ano), leilões presenciais (4,28 cab/ano), leilões on line (1,94 cab/ano) e vendas em eventos (0,74 cab/ano). Os leilões presenciais e as vendas em eventos possuem maior valor médio de venda por animal. A venda de coberturas (8,77 cob/ano) e de potros desmamados (5,44 potros/ano) contribuem com o maior volume de comercialização dos criatórios. As categorias de égua doadora e garanhão representam os maiores valores de venda unitária, com médias de R$ 90.124,00 e R$ 67.116,00, respectivamente. A média de comercialização de animais por criatório/ano no Estado do Rio de Janeiro é, portanto, aproximadamente, R$ 388.440,00.
publishDate 2018
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