Avaliação da virulência in vitro de isolados clínicos e ambientais de fungos dermatófitos.
| Autor(a) principal: | |
|---|---|
| Data de Publicação: | 2019 |
| Tipo de documento: | Dissertação |
| Idioma: | por |
| Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
| Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14089 |
Resumo: | Os dermatófitos constituem grupo de fungos que requerem queratina para crescimento, colonizando a pele e anexos de animais e pessoas. Embora não sejam patógenos obrigatórios, Microsporum gypseum, M. canis e Trichophyton spp. relacionam-se a infecções em animais, causando classicamente lesões circulares na pele. Embora as dermatofitoses por dermatófitos geofílicos ocorram em menor grau, M. gypseum é a principal espécie envolvida e estes quadros devem ser considerados. Dentre os fatores que fazem com que os dermatófitos, tenham capacidade de infecção para animais, destacam-se enzimas como DNase, gelatinase, lipase, queratinase, elastase e colagenase, que foram avaliadas neste trabalho. O hábito dos animais domésticos permanecerem em contato íntimo com a terra, em quintais, vias públicas e parques, justifica o estudo de sua patogenicidade e a diferenciação do perfil enzimático de isolados clínicos e ambientais de dermatófitos, o que pode colaborar para estratégias de controle e prevenção da dermatofitose. Nossa pesquisa teve como objetivos o isolamento clínico e ambiental de fungos dermatófitos, avaliando a produção de DNase, lipase, gelatinase, queratinase, elastase e colagenase, enzimas relacionadas à virulência dos mesmos e a comparação da capacidade de produção dessas enzimas relacionadas à patogenicidade entre as cepas clínicas e ambientais. As cepas ambientais foram obtidas através da técnica descrita por Vanbreuseghem (1952), que emprega pelos estéreis de equinos misturados ao solo umedecido, sendo utilizadas amostras de solo oriundas de diferentes locais do Brasil. As amostras clínicas foram oriundas de pelos e crostas de animais enviadas ao Serviço de Diagnóstico Microbiológico Veterinário/UFRRJ e semeadas em meio Mycosel®. A avaliação enzimática dos dermatófitos foi feita por leituras de absorbância em espectrofotômetro (colagenase, elastase e queratinase), formação de halo de degradação em placas (DNase e lipase) e liquefação em tubos (gelatinase). Dentre os 30 isolados clínicos estão M. canis (11), M. gypseum (7), M. nanum (2), T. mentagrophytes (4) e Trichophyton sp. (6). e dentre os 30 isolados ambientais estão M. gypseum (25), M. nanum (1) e Trichophyton sp. (4). Não houve diferença significativa estatisticamente na produção de queratinase, elastase, lipase e gelatinase entre os grupos de isolados clínicos e ambientais, sendo a maior parte dos fungos produtora de todas estas enzimas. Houve diferença significativa estatisticamente entre os grupos na produção de colagenase e DNase, com destaque para a ausência de produção de DNase pela maioria dos isolados ambientais. Assim, conclui-se que os dermatófitos oriundos de amostras clínicas e do solo são capazes de produzir queratinase, elastase, colagenase, DNase, lipase e gelatinase, enzimas relacionas a diferentes etapas do processo da infecção dermatofítica em animais e pessoas. |
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Bonci, Mário MendesBaroni, Francisco de Assis526.293.177-49http://lattes.cnpq.br/5867622389423137Baroni, Francisco de AssisCosta, Gisela Lara daCampos, Sérgio Gaspar de359.288.818-86http://lattes.cnpq.br/63837963876204372023-12-22T02:56:27Z2023-12-22T02:56:27Z2019-04-26BONCI, Mário Mendes. Avaliação da virulência in vitro de isolados clínicos e ambientais de fungos dermatófitos. 2019. 56 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)). Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2019.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14089Os dermatófitos constituem grupo de fungos que requerem queratina para crescimento, colonizando a pele e anexos de animais e pessoas. Embora não sejam patógenos obrigatórios, Microsporum gypseum, M. canis e Trichophyton spp. relacionam-se a infecções em animais, causando classicamente lesões circulares na pele. Embora as dermatofitoses por dermatófitos geofílicos ocorram em menor grau, M. gypseum é a principal espécie envolvida e estes quadros devem ser considerados. Dentre os fatores que fazem com que os dermatófitos, tenham capacidade de infecção para animais, destacam-se enzimas como DNase, gelatinase, lipase, queratinase, elastase e colagenase, que foram avaliadas neste trabalho. O hábito dos animais domésticos permanecerem em contato íntimo com a terra, em quintais, vias públicas e parques, justifica o estudo de sua patogenicidade e a diferenciação do perfil enzimático de isolados clínicos e ambientais de dermatófitos, o que pode colaborar para estratégias de controle e prevenção da dermatofitose. Nossa pesquisa teve como objetivos o isolamento clínico e ambiental de fungos dermatófitos, avaliando a produção de DNase, lipase, gelatinase, queratinase, elastase e colagenase, enzimas relacionadas à virulência dos mesmos e a comparação da capacidade de produção dessas enzimas relacionadas à patogenicidade entre as cepas clínicas e ambientais. As cepas ambientais foram obtidas através da técnica descrita por Vanbreuseghem (1952), que emprega pelos estéreis de equinos misturados ao solo umedecido, sendo utilizadas amostras de solo oriundas de diferentes locais do Brasil. As amostras clínicas foram oriundas de pelos e crostas de animais enviadas ao Serviço de Diagnóstico Microbiológico Veterinário/UFRRJ e semeadas em meio Mycosel®. A avaliação enzimática dos dermatófitos foi feita por leituras de absorbância em espectrofotômetro (colagenase, elastase e queratinase), formação de halo de degradação em placas (DNase e lipase) e liquefação em tubos (gelatinase). Dentre os 30 isolados clínicos estão M. canis (11), M. gypseum (7), M. nanum (2), T. mentagrophytes (4) e Trichophyton sp. (6). e dentre os 30 isolados ambientais estão M. gypseum (25), M. nanum (1) e Trichophyton sp. (4). Não houve diferença significativa estatisticamente na produção de queratinase, elastase, lipase e gelatinase entre os grupos de isolados clínicos e ambientais, sendo a maior parte dos fungos produtora de todas estas enzimas. Houve diferença significativa estatisticamente entre os grupos na produção de colagenase e DNase, com destaque para a ausência de produção de DNase pela maioria dos isolados ambientais. Assim, conclui-se que os dermatófitos oriundos de amostras clínicas e do solo são capazes de produzir queratinase, elastase, colagenase, DNase, lipase e gelatinase, enzimas relacionas a diferentes etapas do processo da infecção dermatofítica em animais e pessoas.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDermatophytes are a fungi group that require keratin for growth, colonizing the skin and appendages of animals and people. Although not obligatory pathogens, Microsporum gypseum, M. canis, and Trichophyton spp. are related to infections in animals, usually associated with circular lesions on the skin. Dermatophytosis by geophilic dermatophytes occurs to a lesser extent, having M. gypseum as the main etiologic agent involved. Among the factors linked to the ability of dermatophytes to infect animals, we highlight enzymes such as DNase, gelatinase, lipase, keratinase, elastase, and collagenase, which were evaluated in the present study. The behavior of domestic animals to be in close contact with the ground, in backyards, public roads, and parks justify the study of geophilic dermatophytes virulence factors and the changes on the enzymatic production between clinical and environmental isolates, which may contribute to control strategies and prevention of dermatophytosis. The main goal of this study was to evaluate the production capacity of enzymes related to the pathogenicity of dermatophytes (DNase, lipase, gelatinase, keratinase, elastase, and collagenase), among environmental and clinical isolates. The environmental strains were obtained by the technique described by Vanbreuseghem (1952), which uses pre-sterilized equines hair mixed with the moist soil, using soil samples from different Brazilian locations. The clinical specimens were obtained from animal hairs and crusts sent to the Veterinary Microbiological Diagnostic Service / UFRRJ and isolated in Mycosel® medium. The enzymatic evaluation of the dermatophytes was performed by spectrophotometry absorbance (collagenase, elastase, and keratinase), enzymatic degradation in Petri dishes (DNase and lipase) and liquefaction in tubes (gelatinase). In a total of 30 clinical isolates, M. canis (11), M. gypseum (7), M. nanum (2), T. mentagrophytes (4) and Trichophyton sp. (6), were identified. Among the 30 environmental isolates are M. gypseum (25), M. nanum (1) and Trichophyton sp. (4). There was no statistically significant difference in the production of keratinase, elastase, lipase, and gelatinase between the clinical and environmental groups, with the synthesis of all the enzymes for most evaluated isolates. There was a statistically significant difference between the groups in the production of collagenase and DNase, with emphasis on the absence of DNase production by most of the environmental isolates. Thus, dermatophytes from clinical and soil samples are able to produce keratinase, elastase, collagenase, DNase, lipase and gelatinase, enzymes related to different stages of the dermatophytic infection in animals and humans.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)UFRRJBrasilInstituto de VeterináriadermatofitosedermatopatiaTineapatogenicidademicologia ambientaldermatophytosisdermatopathyTineapathogenicityenvironmental mycologyMedicina VeterináriaAvaliação da virulência in vitro de isolados clínicos e ambientais de fungos dermatófitos.Evaluation of in vitro virulence of clinical and environmental isolates of dermatophyte fungi.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisABDEL-RAHMAN, S.M. Polymorphic exocellular protease expression in clinical isolates of Trichophyton tonsurans. Mycopathologia, v. 150, n. 3, p. 117-120, 2001. 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Os dermatófitos constituem grupo de fungos que requerem queratina para crescimento, colonizando a pele e anexos de animais e pessoas. Embora não sejam patógenos obrigatórios, Microsporum gypseum, M. canis e Trichophyton spp. relacionam-se a infecções em animais, causando classicamente lesões circulares na pele. Embora as dermatofitoses por dermatófitos geofílicos ocorram em menor grau, M. gypseum é a principal espécie envolvida e estes quadros devem ser considerados. Dentre os fatores que fazem com que os dermatófitos, tenham capacidade de infecção para animais, destacam-se enzimas como DNase, gelatinase, lipase, queratinase, elastase e colagenase, que foram avaliadas neste trabalho. O hábito dos animais domésticos permanecerem em contato íntimo com a terra, em quintais, vias públicas e parques, justifica o estudo de sua patogenicidade e a diferenciação do perfil enzimático de isolados clínicos e ambientais de dermatófitos, o que pode colaborar para estratégias de controle e prevenção da dermatofitose. Nossa pesquisa teve como objetivos o isolamento clínico e ambiental de fungos dermatófitos, avaliando a produção de DNase, lipase, gelatinase, queratinase, elastase e colagenase, enzimas relacionadas à virulência dos mesmos e a comparação da capacidade de produção dessas enzimas relacionadas à patogenicidade entre as cepas clínicas e ambientais. As cepas ambientais foram obtidas através da técnica descrita por Vanbreuseghem (1952), que emprega pelos estéreis de equinos misturados ao solo umedecido, sendo utilizadas amostras de solo oriundas de diferentes locais do Brasil. As amostras clínicas foram oriundas de pelos e crostas de animais enviadas ao Serviço de Diagnóstico Microbiológico Veterinário/UFRRJ e semeadas em meio Mycosel®. A avaliação enzimática dos dermatófitos foi feita por leituras de absorbância em espectrofotômetro (colagenase, elastase e queratinase), formação de halo de degradação em placas (DNase e lipase) e liquefação em tubos (gelatinase). Dentre os 30 isolados clínicos estão M. canis (11), M. gypseum (7), M. nanum (2), T. mentagrophytes (4) e Trichophyton sp. (6). e dentre os 30 isolados ambientais estão M. gypseum (25), M. nanum (1) e Trichophyton sp. (4). Não houve diferença significativa estatisticamente na produção de queratinase, elastase, lipase e gelatinase entre os grupos de isolados clínicos e ambientais, sendo a maior parte dos fungos produtora de todas estas enzimas. Houve diferença significativa estatisticamente entre os grupos na produção de colagenase e DNase, com destaque para a ausência de produção de DNase pela maioria dos isolados ambientais. Assim, conclui-se que os dermatófitos oriundos de amostras clínicas e do solo são capazes de produzir queratinase, elastase, colagenase, DNase, lipase e gelatinase, enzimas relacionas a diferentes etapas do processo da infecção dermatofítica em animais e pessoas. |
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BONCI, Mário Mendes. Avaliação da virulência in vitro de isolados clínicos e ambientais de fungos dermatófitos. 2019. 56 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)). Instituto de Veterinária, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 2019. |
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