Militares e militarização no Reino de Angola: patentes, guerra, comércio e vassalagem (segunda metade do século XVIII

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Autor(a) principal: Cruz, Ariane Carvalho da
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13988
Resumo: Este trabalho analisa as formas de organização das tropas militares em Angola, na segunda metade do século XVIII, momento de reformas no vasto Império ultramarino português. Em Angola, os militares foram importantes para a implementação das reformas, sobretudo no que concernem as políticas de territorialização. No entanto a realidade africana impôs limites a esse projeto e diversos fatores, como a presença de africanos nas tropas militares, provocou a inserção de diversos elementos próprios da cultura local, seja na organização das tropas ou nos cargos militares. Além da distância, as especificidades da região impediam uma uniformidade de critérios e ação. Por isso, é possível afirmar que o sistema administrativo apresentava várias fórmulas, já que a legislação do Reino não foi fielmente seguida nas possessões ultramarinas, sendo adaptada à realidade local. Por conseguinte a constituição dos exércitos em Angola não seguiam um padrão uniforme e as táticas e armas de guerras revelavam a adoção da cultura militar local.
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No entanto a realidade africana impôs limites a esse projeto e diversos fatores, como a presença de africanos nas tropas militares, provocou a inserção de diversos elementos próprios da cultura local, seja na organização das tropas ou nos cargos militares. Além da distância, as especificidades da região impediam uma uniformidade de critérios e ação. Por isso, é possível afirmar que o sistema administrativo apresentava várias fórmulas, já que a legislação do Reino não foi fielmente seguida nas possessões ultramarinas, sendo adaptada à realidade local. Por conseguinte a constituição dos exércitos em Angola não seguiam um padrão uniforme e as táticas e armas de guerras revelavam a adoção da cultura militar local.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESThis paper analyzes the way of organization in Angola’s troops during the second half of the eighteenth century, a period of reforms in the vast Portuguese Empire overseas. In Angola, the military were important for the implementation of reforms, especially about the politics of “territorialização”. However the African reality established limits on this project and different factors such as the presence of Africans in military troops, caused the inclusion of many local culture aspects, whether in the organization of the troops or in military posts. Besides the distance, the specificities of the region prevented the uniformity of the criterions and the action. Therefore, we can say that the administrative system had several formulas, considering that the Portugal Kingdom legislation was not faithfully followed in the overseas possessions, being adapted to local realities. Therefore, the constitution of the armies in Angola did not follow a uniform pattern and the tactics and the war weapons revealed the adoption of local military culture.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em HistóriaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaismilitarAngolaImpério português ultramarinoterritorializaçãoreformas pombalinasMilitaryPortuguese Empire overseasterritorializationPombal’s reforms.HistóriaMilitares e militarização no Reino de Angola: patentes, guerra, comércio e vassalagem (segunda metade do século XVIIIMilitary and militarization in the Kingdom of Angola: patents, war, trade and vassalage (second half of the eighteenth century).info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCORRÊA, Elias Alexandre da Silva. História de Angola, 2 vols., Lisboa, Coleção dos Clássicos da Expansão Portuguesa no Mundo, Série E – Império Africano, 1937. 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Pp. 523 547 Termo de undamento, sujeição e vassalagem que faz o marquês do Mossulo Dom Antônio Manuel, sovas, macotas seus potentados que por impedimento deles não puderam comparecer a este ato, e que tendo sido derrotados, e vencidos pelas Armas de Sua Majestade Fidelíssima vieram entregar-se e deprecar o perdão dos seus excessos perante o Ilustríssimo e Excelentíssimo senhor Manoel de Almeida e Vasconcelos, governador e capitão general 170 destes reinos e suas conquistas que em nome de Sua Majestade lhe perdoa, e impõe as condições abaixo declaradas. Celebrado nesta cidade de São Paulo de Assunção de Luanda. 25 de abril de 1792. Documento original localizado no Arquivo Histórico Ultramarino. Cópia do documento na íntegra transcrita na obra Demonstração dos direitos que tem a Coroa Portuguesa sobre os territórios situados na Costa Ocidental d’África entre o 5º grau e 12 minutos e 8º de latitude meridional e por conseguinte aos territórios de Molembo, Cabinda e Ambriz pelo Visconde de Santarém. Lisboa: Imprensa Nacional, 1855.  Legislação e sites Alvará de 11 de janeiro de 1758. Para ser livre o Comércio de Angola, e dando certas providências ao mesmo respeito. http://www.iuslusitaniae.fcsh.unl.pt/verlivro.php?id_parte=105&id_obra=73&pagina=814 Consultado em 10 de janeiro de 2013. Alvará de 25 de janeiro de 1758. Regulando os direitos dos escravos e do Marfim que vem de Angola. http://www.iuslusitaniae.fcsh.unl.pt/verlivro.php?id_parte=105&id_obra=73&pagina=817 Consultado em 10 de janeiro de 2013. BLUTEAU, Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico ... Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1712 – 1728, volume 3. 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description Este trabalho analisa as formas de organização das tropas militares em Angola, na segunda metade do século XVIII, momento de reformas no vasto Império ultramarino português. Em Angola, os militares foram importantes para a implementação das reformas, sobretudo no que concernem as políticas de territorialização. No entanto a realidade africana impôs limites a esse projeto e diversos fatores, como a presença de africanos nas tropas militares, provocou a inserção de diversos elementos próprios da cultura local, seja na organização das tropas ou nos cargos militares. Além da distância, as especificidades da região impediam uma uniformidade de critérios e ação. Por isso, é possível afirmar que o sistema administrativo apresentava várias fórmulas, já que a legislação do Reino não foi fielmente seguida nas possessões ultramarinas, sendo adaptada à realidade local. Por conseguinte a constituição dos exércitos em Angola não seguiam um padrão uniforme e as táticas e armas de guerras revelavam a adoção da cultura militar local.
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Demonstração Geographica e Politica do Territorio Portuguez na Guiné Inferior, que abrange o Reino de Angola, Benguella e suas Dependências, causas da sua decadência e atrasamento, suas conhecidas produções e os meios que se podem applicar para o seu melhoramento e utilidade geral da nação. Lisbon: Typographia Classica. Ato de obediência, sujeição e vassalagem que ao muito alo e poderoso rei fidelíssimo dom José o I, nosso senhor, e seus reais sucessores faz nas mãos do ilustríssimo e excelentíssimo senhor dom Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho, governador e capitão general destes reinos e suas conquistas, o potentado Holo Marimba Goge, por seus embaixadores dom Thomás Planga-a-Temo, Holo-Ria-Quibalacace e Quienda. In: Annaes do Conselho Ultramarino. Parte não oficial. Série I. Lisboa: Imprensa Nacional, 1858. Pp. 523 547 Termo de undamento, sujeição e vassalagem que faz o marquês do Mossulo Dom Antônio Manuel, sovas, macotas seus potentados que por impedimento deles não puderam comparecer a este ato, e que tendo sido derrotados, e vencidos pelas Armas de Sua Majestade Fidelíssima vieram entregar-se e deprecar o perdão dos seus excessos perante o Ilustríssimo e Excelentíssimo senhor Manoel de Almeida e Vasconcelos, governador e capitão general 170 destes reinos e suas conquistas que em nome de Sua Majestade lhe perdoa, e impõe as condições abaixo declaradas. Celebrado nesta cidade de São Paulo de Assunção de Luanda. 25 de abril de 1792. Documento original localizado no Arquivo Histórico Ultramarino. Cópia do documento na íntegra transcrita na obra Demonstração dos direitos que tem a Coroa Portuguesa sobre os territórios situados na Costa Ocidental d’África entre o 5º grau e 12 minutos e 8º de latitude meridional e por conseguinte aos territórios de Molembo, Cabinda e Ambriz pelo Visconde de Santarém. Lisboa: Imprensa Nacional, 1855.  Legislação e sites Alvará de 11 de janeiro de 1758. Para ser livre o Comércio de Angola, e dando certas providências ao mesmo respeito. http://www.iuslusitaniae.fcsh.unl.pt/verlivro.php?id_parte=105&id_obra=73&pagina=814 Consultado em 10 de janeiro de 2013. Alvará de 25 de janeiro de 1758. Regulando os direitos dos escravos e do Marfim que vem de Angola. http://www.iuslusitaniae.fcsh.unl.pt/verlivro.php?id_parte=105&id_obra=73&pagina=817 Consultado em 10 de janeiro de 2013. BLUTEAU, Vocabulario portuguez & latino: aulico, anatomico, architectonico ... Coimbra: Collegio das Artes da Companhia de Jesu, 1712 – 1728, volume 3. 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