Estratificação geoambiental da APA “Santuário Ecológico da Pedra Branca” e entorno, município de Caldas-MG

• Autor(a) principal: Martins, Marcos Vinícius de Carvalho
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
• Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/5549
• topic: Unidade de conservação; Sistema de informação geográfica; Geoambientes; Paisagem

A proteção e conservação dos recursos naturais, tanto com respeito à sua preservação integral quanto para seu uso de modo racional e sustentável, são responsáveis pela preocupação dos Estados em elaborar leis para a criação de áreas protegidas. As Unidades de Conservação (UC) fazem parte destas áreas, com funções e objetivos diversos, todos esses estabelecidos em um Plano de Manejo, instrumento obrigatório e indispensável para a gestão adequada de seus recursos naturais. Nessa perspectiva, foi criada a Área de Proteção Ambiental “Santuário Ecológico da Pedra Branca” (ASEPB), no município de Caldas, sul do estado de Minas Gerais, estabelecida por meio do Decreto Municipal Lei nº 1.973, de 29 de dezembro de 2006. Essa UC, classificada na categoria de Uso Sustentável, não apresenta até então Plano de Manejo. Para tanto, faz-se necessária a obtenção de informações que correlacionem as características físicas do local, como solo, geologia e usos e coberturas da terra, a fim de que se possa contribuir como subsídio para a gestão da UC. Sendo assim, o presente trabalho teve como principal objetivo identificar, caracterizar e mapear os diversos geoambientes que compõem a paisagem da ASEPB e seu entorno. Para isso, os materiais utilizados foram bases cartográficas da área obtidas de dados secundários sobre solo e geologia, além da produção do mapa de usos e coberturas da terra através de imagens do sensor OLS do satélite Landsat 8 processadas por meio do software ArcGis 10.1, e a metodologia aplicada foi a classificação supervisionada do uso e cobertura da terra e a estratificação geoambiental da paisagem. Como resultados, tem-se a classificação supervisionada obtida com índice Kappa de excelente qualidade (89%), além de terem sido identificadas, caracterizadas e mapeadas 22 unidades geoambientais. Por meio da interpretação das informações obtidas, concluiu-se que o fator mais expressivo na diferenciação dos geoambientes foi o litotipo sobre o qual se desenvolveram. As Unidades ao centro da UC, formadas sobre os Sienitos Pedra Branca, por serem as de maior altitude e declividade acentuada, apresentam solos mais rasos e, por conseguinte, devem ser prioritariamente protegidas, a fim de que se mantenha a integridade da paisagem e seus serviços ecossistêmicos preponderantes. As Unidades Geoambientais da região Leste, onde predomina o litotipo Complexo Granítico-Gnáissico em altitudes e declividades medianas, apresentam áreas com aptidão para agricultura. Já as Unidades a Oeste, de altitude e declividade medianas, com solos mais desenvolvidos, são mais propícias à silvicultura, onde se encontra o litotipo Complexo Alcalino de Poços de Caldas. Por fim, este trabalho pode ter considerável relevância, ao servir como base de dados de grande utilidade para a elaboração do Plano de Manejo da ASEPB, instrumento este obrigatório e de suma importância para a gestão sustentável dessa UC e dos recursos naturais que integram sua paisagem.