Toxoplasma Gondii (Nicolle e Manceaux, 1908) Nicole e Manceux, 1909 (Apicomplexa: Toxoplasmatinae): doenças intercorrentes em cães sororreagentes provenientes do Rio de Janeiro, RJ

• Autor(a) principal: Leal, Paulo Daniel Sant'Anna
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
• Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/9749
• topic: cão; doenças; diagnósticos; toxoplasmose; Medicina Veterinária

A especialização em Medicina Veterinária tem avançado nos últimos anos, o que satisfaz a demanda da população humana, que cada vez mais tem interagido com cães, exigindo uma eficiência dos Clínicos Veterinários, principalmente em estudo e controle de doenças do cão idoso. Além de que, Toxoplasma gondii e a sua doença zoonótica deve ser considerada uma das infermidades mais importante nos animais domésticos e em seres humanos. Os cães são hospedeiros intermediários, assim como seres humanos e outros animais de sangue quente. Estudos epidemiológicos em cães revelaram este agente etiológico difundido na população de canina, no entanto, as manifestações clínicas e de diagnóstico frequentemente negligenciadas ou não reconhecidas pelos clínicoscontribuem para a ausência de diagnóstico, principalmente porque é uma infecção oportunista e se observa em associação com doenças concomitantes.Amostras de sangue foram obtidas de um total de 402 animais atendidos no CTIVeterinário, Barra da Tijucana cidade do Rio de Janeiro, RJ. Estas amostras foram utilizadas para determinar a presença de animais sororreagentes para T. gondii pela RIFI como ponto de corte de1:16. A presença de sororreagentes para T. gondii foi observada em 42 cães (10,44%) dos 402 animais examinados na clínica para este estudo. Como resultado, a idade foi considerada como a mais importante como fonte de risco para a infecção natural por T. gondiiprincipalmente em animais de idadeigual e acima de 10 anos. Habitação humana, como apartamentos, foi significativo como fator de proteção.Observou-se que, quando vários animais habitam o mesmo espaço não houve possibilidade de transmitir de maneira natural a infecção entre eles, com um factor de risco de 2,407. A presença do gato não foi importante para a transmissão da infecção natural para cães nas condições estudadas. A alimentação não influenciou à infecção natural de T. gondii no presente estudo, assim como a determinação do sexo não foi relevante como uma fonte de infecção. Não há diferença entre os exames de patologia clínica indicados para sugerir a infecção natural por T. gondii. Dos cães sororreagentes contra T. gondii, 25% destes estavam associados a doenças infecciosas, 20% deles como associações de doenças infecciosas, parasitárias e degenerativas, 20% dos animais tinham doenças infecciosas e parasitárias, enquanto que em apenas 15% dos animais tinham apenas doenças parasitárias, outros 15% dos animais tinham associação com outras doenças, uma associação de doenças infecciosas, parasitárias, neoplásicas, degenerativas e outros foram observados em 5% dos animais positivos para T. gondii pela RIFI. Doenças neoplásicas e degenerativas foram observadas em 5% dos animais, respectivamente. A presença do referido agente etiológico não foi importante para desencadear um processo clínico característico da infecção por este agente etiológico e que a presença do mesmo não esteve associado a nenhuma doença clínica observada em cães examinados.