O desenvolvimento inacabado do Brasil: o BNDE e a convenção do desenvolvimento de 1952 a 1978
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11643 |
Resumo: | Esta dissertação analisa como a Convenção do Crescimento influenciou no processo de criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, e na determinação de suas estratégias e programas até o ano de 1978, quando termina a execução do II Plano Nacional de Desenvolvimento − II PND. Em conseqüência da forma como foi feita sua institucionalização, o BNDES também influenciou, e muito, a Convenção do Crescimento. Com esse objetivo, utilizei, inicialmente, a metodologia de história oral, para as entrevistas realizadas, pois são as pessoas que fundaram e consolidaram o Banco que vão contar essa história. No capítulo conceitual, apresento a definição filosófica do conceito de Convenção e a sua utilização por teóricos de linhas distintas como Adam Smith e Keynes. A partir daí, comento o artigo do economista Antônio Barros de Castro sobre a Convenção do Crescimento, ocorrida no Brasil de 1930 a 1980. Antes de passar para a periodização histórica, descrevo, no segundo capítulo, o reflexo do golpe militar de 1964, sobre os quadros do BNDES. Relato também a maneira como esse pessoal percebeu a política do Governo Castello com o Banco e seus temores sobre o futuro do processo do desenvolvimento. Minha dissertação está dividida em três períodos. O primeiro, descrito no terceiro capítulo, começa com a fundação do Banco e vai até o final do Plano de Metas, formulado e executado pelo BNDE durante o governo de Juscelino Kubitschek. No quarto capítulo procuro descrever o conturbado governo de Jânio Quadros e os governos de Jango Goulart, Castello Branco, Costa e Silva e Garrastazu Médici. Finalizo este capítulo quando o Ministro Reis Velloso, em outubro de 1970, nomeia Marcos Vianna para a presidência do BNDE em pleno Milagre Econômico . O que aglutina períodos de governos tão distintos é a manutenção do propósito, por todos, do crescimento, apesar do País ter abandonado o processo democrático. Outro motivo para a reunião destes governos é a ausência de planos de longo prazo como o Plano de Metas. Enfoco no quinto capítulo os oito anos de mandato em que o Ministério do Planejamento e o BNDE foram administrados por Reis Velloso e Marcos Vianna, quando o II PND foi planejado e executado no governo de Ernesto Geisel, a partir de 1974. Duas hipóteses foram confirmadas durante a pesquisa. A primeira, que os governos procuraram utilizar, cada um à sua maneira, o potencial da instituição. A outra, é que a busca de autonomia e qualidade, pelo BNDE, ao invés de assustar o poder executivo, aumentava sua confiança nos quadros técnicos do Banco. Na conclusão reúno evidências que comprovam as hipóteses citadas no parágrafo anterior e teço algumas reflexões sobre as causas que impediram o Brasil de continuar o seu processo de crescimento, incorporando, ao mesmo tempo, maior justiça social e maior transparência fiscal, com a inflação controlada. |
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Lima, Marco Antonio Albuquerque de AraujoCastro, Ana Célia528.950.177-00http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4720569E9367.571.607-49http://lattes.cnpq.br/86056198007882752023-12-22T01:55:09Z2023-12-22T01:55:09Z2006-10-26LIMA, Marco Antonio Albuquerque de Araujo. O desenvolvimento inacabado do Brasil: o BNDE e a convenção do desenvolvimento de 1952 a 1978. 2006. 140 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ, 2006.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11643Esta dissertação analisa como a Convenção do Crescimento influenciou no processo de criação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social BNDES, e na determinação de suas estratégias e programas até o ano de 1978, quando termina a execução do II Plano Nacional de Desenvolvimento − II PND. Em conseqüência da forma como foi feita sua institucionalização, o BNDES também influenciou, e muito, a Convenção do Crescimento. Com esse objetivo, utilizei, inicialmente, a metodologia de história oral, para as entrevistas realizadas, pois são as pessoas que fundaram e consolidaram o Banco que vão contar essa história. No capítulo conceitual, apresento a definição filosófica do conceito de Convenção e a sua utilização por teóricos de linhas distintas como Adam Smith e Keynes. A partir daí, comento o artigo do economista Antônio Barros de Castro sobre a Convenção do Crescimento, ocorrida no Brasil de 1930 a 1980. Antes de passar para a periodização histórica, descrevo, no segundo capítulo, o reflexo do golpe militar de 1964, sobre os quadros do BNDES. Relato também a maneira como esse pessoal percebeu a política do Governo Castello com o Banco e seus temores sobre o futuro do processo do desenvolvimento. Minha dissertação está dividida em três períodos. O primeiro, descrito no terceiro capítulo, começa com a fundação do Banco e vai até o final do Plano de Metas, formulado e executado pelo BNDE durante o governo de Juscelino Kubitschek. No quarto capítulo procuro descrever o conturbado governo de Jânio Quadros e os governos de Jango Goulart, Castello Branco, Costa e Silva e Garrastazu Médici. Finalizo este capítulo quando o Ministro Reis Velloso, em outubro de 1970, nomeia Marcos Vianna para a presidência do BNDE em pleno Milagre Econômico . O que aglutina períodos de governos tão distintos é a manutenção do propósito, por todos, do crescimento, apesar do País ter abandonado o processo democrático. Outro motivo para a reunião destes governos é a ausência de planos de longo prazo como o Plano de Metas. Enfoco no quinto capítulo os oito anos de mandato em que o Ministério do Planejamento e o BNDE foram administrados por Reis Velloso e Marcos Vianna, quando o II PND foi planejado e executado no governo de Ernesto Geisel, a partir de 1974. Duas hipóteses foram confirmadas durante a pesquisa. A primeira, que os governos procuraram utilizar, cada um à sua maneira, o potencial da instituição. A outra, é que a busca de autonomia e qualidade, pelo BNDE, ao invés de assustar o poder executivo, aumentava sua confiança nos quadros técnicos do Banco. Na conclusão reúno evidências que comprovam as hipóteses citadas no parágrafo anterior e teço algumas reflexões sobre as causas que impediram o Brasil de continuar o seu processo de crescimento, incorporando, ao mesmo tempo, maior justiça social e maior transparência fiscal, com a inflação controlada.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESThis dissertation assesses the impact of the Growth Convention on the creation of Brazil s National Bank for Economic and Social Development (BNDE) as well as the impact that the Growth Convention had on the strategies and programs of the BNDE from 1952 until 1978. Conversely, the dissertation also evaluates the influence that the BNDE had on the evolution of the Growth Convention over this period. Much of the information used to analyze the relationship between the BNDE and the Growth Convention was collected through personal interviews with individuals involved in the creation of the BNDE and the development of its policies. In discussing the BNDE s development from 1952 to 1978, this dissertation uncovers two significant findings. First, all of the administrations that governed Brazil during this period attempted to benefit from the BNDE, regardless of whether or not they were seen publicly as supportive of the BNDE. Second, by consistently producing high-quality work, the BNDE was able to gain the trust of the various administrations many of which were initially wary of the BNDE and enhance its own autonomy as an institution. Chapter one discusses the concepts and goals of the Growth Convention, a term coined by Brazilian economist Antonio Barros de Castro to describe the economic and social growth strategy in Brazil between 1930 and 1980. The chapter also draws upon the economic and philosophic theories of Adam Smith and John Maynard Keynes to discuss the Growth Convention theories. Chapter two analyzes the impact that the military coup of April 1964 had on the BNDE personnel and its policies. Specifically, interviews with employees of the BNDE at the time of the coup illustrate that BNDE officials were concerned that the policies of the Castello Branco administration would jeopardize the Bank s economic and social development initiatives. Chapters three through five delve into three periods in the development of the BNDE. The first period described in chapter three begins with the foundation of the BNDE in 1952 and continues through the Plan of Goals formulated and implemented by the Bank during the Juscelino Kubitschek administration. Chapter four starts with the turbulent administration of Jânio Quadros and continues through the governments of Jango Goulart, Castello Branco, Costa e Silva, and Médici, until October 1970, when Minister Reis Velloso appointed Marcos Vianna as President of the BNDE during the Economic Miracle. The common denominator of these very distinct administrations discussed in chapter four was that Brazil enjoyed widespread economic growth despite the fact that the country had abandoned the democratic process during this period. Another similarity among these administrations was that none of them adopted long-term growth strategies such as the Plan of Goals formulated during the Juscelino Kubitschek administration. Chapter five covers the eight year tenure (1970-1978) of Mr. Reis Velloso as Minister of Planning and Mr. Marcos Vianna as President of BNDE. It was during this period that the National Development Plan II was formulated and implemented, continuing Brazil s national growth strategy. Finally, the conclusion of the dissertation provides some reflections on why Brazil may have been unable to sustain its course toward greater economic growth with social justice, fiscal transparency, and inflationary control.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e SociedadeUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisdesenvolvimentoBNDESnacional-desenvolvimentismoconvenção do crescimentoeconomic developmentdevelopmental stategrowth conventionEconomiaO desenvolvimento inacabado do Brasil: o BNDE e a convenção do desenvolvimento de 1952 a 1978The unfinished development of Brazil: BNDE and the growth convention from 1952 to 1978info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttps://tede.ufrrj.br/retrieve/18744/2006%20-%20Marco%20Antonio%20Albuquerque%20de%20Araujo%20Lima.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/25068/2006%20-%20Marco%20Antonio%20Albuquerque%20de%20Araujo%20Lima.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/31466/2006%20-%20Marco%20Antonio%20Albuquerque%20de%20Araujo%20Lima.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/37799/2006%20-%20Marco%20Antonio%20Albuquerque%20de%20Araujo%20Lima.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/44182/2006%20-%20Marco%20Antonio%20Albuquerque%20de%20Araujo%20Lima.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/50568/2006%20-%20Marco%20Antonio%20Albuquerque%20de%20Araujo%20Lima.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/retrieve/57040/2006%20-%20Marco%20Antonio%20Albuquerque%20de%20Araujo%20Lima.pdf.jpghttps://tede.ufrrj.br/jspui/handle/tede/639Made available in DSpace on 2016-04-28T20:12:54Z (GMT). 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