Nietzsche e a tragédia: crítica ao racionalismo socrático e superação da metafísica pela arte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carvalho, Edmilson Moreira de
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ
Texto Completo: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13495
Resumo: Um dos principais temas presentes no pensamento de Nietzsche consiste em sua crítica ao racionalismo criado por Sócrates, que, em detrimento da forma artística de se tratar a vida, estabelece a predominância da ciência como única formadora de conhecimento, portanto, de verdade. O que ele defende é uma visão trágica do mundo, na qual a arte, com suas características, principalmente a valorização da ilusão e da aparência seja norteadora da vida, inclusive do próprio conhecimento. Então, vemos o autor voltar seu pensamento para o período pré-socrático, valorizando o pensamento dos filósofos dessa época em que a vida e a arte não se dissociavam, porque o instinto de conhecimento ainda não as havia contaminado. A arte entre os gregos, principalmente a tragédia, representa para Nietzsche o apogeu dessa civilização, a vontade de vida desse povo, que antes de conhecer queriam viver, e que entendiam que o conhecimento deve servir a vida e não o contrário. Assim, diante dos problemas pelos quais passa sua época, e identificando suas causas no racionalismo socrático, vemos Nietzsche reclamar o retorno de uma era trágica, que nos mesmos moldes dos pré-socráticos, teria a arte como fundadora
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O que ele defende é uma visão trágica do mundo, na qual a arte, com suas características, principalmente a valorização da ilusão e da aparência seja norteadora da vida, inclusive do próprio conhecimento. Então, vemos o autor voltar seu pensamento para o período pré-socrático, valorizando o pensamento dos filósofos dessa época em que a vida e a arte não se dissociavam, porque o instinto de conhecimento ainda não as havia contaminado. A arte entre os gregos, principalmente a tragédia, representa para Nietzsche o apogeu dessa civilização, a vontade de vida desse povo, que antes de conhecer queriam viver, e que entendiam que o conhecimento deve servir a vida e não o contrário. Assim, diante dos problemas pelos quais passa sua época, e identificando suas causas no racionalismo socrático, vemos Nietzsche reclamar o retorno de uma era trágica, que nos mesmos moldes dos pré-socráticos, teria a arte como fundadoraOne of the main themes in the thinking of Nietzsche consists of his critique of the rationalism created by Socrates, which, to the detriment of the artistic form of treating life, establishes the predominance of science as the only generator of knowledge, therefore, of the truth. What he stands for is a tragic view of the world, in which art, with its characteristics, specially the appreciation of illusion and appearance, is the guider of life, including the knowledge itself. So, we see the author turn his thinking to the Pre-Socratic period, appreciating the thoughts of philosophers from that time, when life and art were not separated, since the instinct for knowledge had not spoiled them yet. The art among the Greek, specially tragedy, represents, to Nietzsche, the climax of this civilization, the will of living of these people, who, before knowing, wanted to live and who understood that knowledge must serve life, and not the other way around. Therefore, facing the issues through which his time goes, and identifying their causes in the Socratic rationalism, we see Nietzsche claim the return of a tragic era, which, following the Pre-Socratic format, would have art as its founder.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaistragicartlifeTrágicoartevidaFilosofiaNietzsche e a tragédia: crítica ao racionalismo socrático e superação da metafísica pela arteNietzsche and Tragedy: Critique of Socratic racionalismo and overcoming the metaphysics of artinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisANAXIMANDRO, PARMÊNIDES, HERÁCLITO. 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A vontade de poder.Tradução e notas: Marcos Sinésio Pereira Fernandes; Francisco José Dias de Moraes; apresentação: Gilvan Fogel. Rio de Janeiro, Contraponto, 2008b. ______. Cinco prefácios para cinco livro não escritos. Tradução e prefácio: Pedro Süssekind. Rio de Jeneiro, 7 letras, 2013. ______. Coleção Os pensadores, obras incompletas. São Paulo, Abril Cultural, 1999b. ______. Crepúsculo dos ídolos. Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo, Companhia das letras, 2014a. ______. Ecce homo.Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo, Companhia de bolso, 2015b. ______. Escritos sobre educação. Tradução, apresentação e notas: Noéli Correia de Melo Sobrinho. Rio de Janeiro: Editora puc-: Editora PUC-Rio; São Paulo: Edições Loyola, 2011b. ______. Genealogia da moral: Uma polêmica. Tradução, notas e posfácio: Paulo César de Souza. São Paulo, Companhia das letras,1998. ______. Humano demasiado humano, um livro para espíritos livres. 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