Nos meandros da Tecnonatureza: conflito socioambiental e resistência pesqueira em Jardim Gramacho, Duque de Caxias - RJ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11570 |
Resumo: | O trabalho discute o conflito socioambiental entre a empresa Gás Verde S.A, gestora do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, e a população de seu entorno, especialmente pescadores artesanais de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Ele é motivado pele identificação de falhas de uma tecnologia que prometia mitigar os impactos ambientais históricos do Aterro e gerar energia renovável para o Polo Petroquímico da Refinaria de Duque de Caxias – REDUC. O despejo de chorume pela própria empresa que o estaria tratando aprofunda a degradação ambiental das águas da Baía de Guanabara e do manguezal da Baixada Fluminense. O vazamento impacta fortemente as condições de reprodução da atividade pesqueira artesanal na região. Nos últimos seis anos, tal conflito socioambiental se desdobra também em um nível jurídico. A empresa gestora do aterro assina um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC junto ao Instituto Estadual do Meio Ambiente – INEA, que é questionado pelo Ministério Público Federal - MPF. Essa pesquisa mobiliza como referenciais teóricos o campo dos conflitos socioambientais da Ecologia Política Latino-americana e da Filosofia da Tecnologia. No que se refere à coleta direta de dados, são realizadas entrevistas semiestruturadas com uma liderança da Colônia de Pesca de Caxias e com a direção da TECMA Meio Ambiente, empresa que foi responsável pelas instalações técnicas da Gás Verde. Uma análise documental compõe a coleta indireta de dados, discutindo-se os processos judiciais e institucionais movidos pelas denúncias de poluição das águas. Dá-se ênfase ao papel do TAC, buscando colocar a prova a hipótese de que sua assinatura reforça a invisibilização da comunidade tradicional pesqueira na região. Como conclusões, discute-se: (1) a judicialização dos conflitos socioambientais; (2) a ideia de falsas soluções para os problemas do meio ambiente, (3) as condições de sobrevivência da pesca artesanal em Duque de Caxias. |
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Correa, Lorena Lira VieiraWilkinson, JohnWilkinson, JohnMay, Peter HermanPuggian, Cleonice1112.830.476-75http://lattes.cnpq.br/48728854591731712023-12-22T01:54:34Z2023-12-22T01:54:34Z2021-05-07CORREA, Lorena Lira Vieira. Nos meandros da Tecnonatureza: conflito socioambiental e resistência pesqueira em Jardim Gramacho, Duque de Caxias - RJ. 2021. 93 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2021.https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11570O trabalho discute o conflito socioambiental entre a empresa Gás Verde S.A, gestora do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, e a população de seu entorno, especialmente pescadores artesanais de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Ele é motivado pele identificação de falhas de uma tecnologia que prometia mitigar os impactos ambientais históricos do Aterro e gerar energia renovável para o Polo Petroquímico da Refinaria de Duque de Caxias – REDUC. O despejo de chorume pela própria empresa que o estaria tratando aprofunda a degradação ambiental das águas da Baía de Guanabara e do manguezal da Baixada Fluminense. O vazamento impacta fortemente as condições de reprodução da atividade pesqueira artesanal na região. Nos últimos seis anos, tal conflito socioambiental se desdobra também em um nível jurídico. A empresa gestora do aterro assina um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC junto ao Instituto Estadual do Meio Ambiente – INEA, que é questionado pelo Ministério Público Federal - MPF. Essa pesquisa mobiliza como referenciais teóricos o campo dos conflitos socioambientais da Ecologia Política Latino-americana e da Filosofia da Tecnologia. No que se refere à coleta direta de dados, são realizadas entrevistas semiestruturadas com uma liderança da Colônia de Pesca de Caxias e com a direção da TECMA Meio Ambiente, empresa que foi responsável pelas instalações técnicas da Gás Verde. Uma análise documental compõe a coleta indireta de dados, discutindo-se os processos judiciais e institucionais movidos pelas denúncias de poluição das águas. Dá-se ênfase ao papel do TAC, buscando colocar a prova a hipótese de que sua assinatura reforça a invisibilização da comunidade tradicional pesqueira na região. Como conclusões, discute-se: (1) a judicialização dos conflitos socioambientais; (2) a ideia de falsas soluções para os problemas do meio ambiente, (3) as condições de sobrevivência da pesca artesanal em Duque de Caxias.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThis work debates the socioenvironmental conflict between the company Gás Verde S.A., Jardim Gramacho Methropolitan Landfill´s manager, and Jardim Gramacho surrounding population, particularly the artisanal fishers in Duque de Caxias. The conflict is motivated by technologic fails that promised to mitigate the historical socioenvironmental impacts at Jardim Gramacho Methropolitan Landfill and generate renewable energy for the REDUC Petrochemical Pole. The slurry leakage by the company that should be threating it intensifies the environmental/water degradation from the bay Baía de Guanabara and the mangrove forest at Baixada Fluminense, highly impacting the natural conditions for artesanal fishing reproduction in the region. For the last six years, this conflict has also spread to legal sphere. The Company has signed a Conduct Adjustment Agreement (TAC, in Portuguese initials) with Instituto Estadual do Meio Ambiente – INEA (State Environment Institute), which is questioned by the Ministério Público Federal – MPF (Federal Public Ministry). This research mobilizes as theoretical frameworks the field of socioenvironmental from Latin-american Political ecology and Philosophy of Technology, especially based on the work from Adrew Feenber. As part of the methodology, semistructured interviews will be conducted with a leader of Caxias fishing colony and a board member of TECMA Meio Ambiente, company that managed the Gás Verde S.A. facilities. A documental analysis will also be part of methodology, analising the judicial proceedings. The TAC’s role will be emphasized, aiming at testing the hypothesis that its signature reinforces the invisibility of the fishing traditional communities in the region. As main conclusions are presented for debate: (1) the socioenvironmental conflicts judicialization; (2) the idea of fake solutions for environmental issues (3) the subsistence conditions of artisanal fishing in Duque de Caxias.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e SociedadeUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisPesca ArtesanalTecnonaturezaConflito SocioambientalArtisanal FishingTechnonatureSocioenvironmental conflictCiências SociaisNos meandros da Tecnonatureza: conflito socioambiental e resistência pesqueira em Jardim Gramacho, Duque de Caxias - RJIn the Intricacies of Technonature: socioenvironmental conflict and fishing resistence in Jardim Gramacho, Duque de Caxias - RJinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisABNT - Associação Brasileira De Normas Técnicas. NBR 8419/1992. 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O trabalho discute o conflito socioambiental entre a empresa Gás Verde S.A, gestora do Aterro Metropolitano de Jardim Gramacho, e a população de seu entorno, especialmente pescadores artesanais de Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Ele é motivado pele identificação de falhas de uma tecnologia que prometia mitigar os impactos ambientais históricos do Aterro e gerar energia renovável para o Polo Petroquímico da Refinaria de Duque de Caxias – REDUC. O despejo de chorume pela própria empresa que o estaria tratando aprofunda a degradação ambiental das águas da Baía de Guanabara e do manguezal da Baixada Fluminense. O vazamento impacta fortemente as condições de reprodução da atividade pesqueira artesanal na região. Nos últimos seis anos, tal conflito socioambiental se desdobra também em um nível jurídico. A empresa gestora do aterro assina um Termo de Ajustamento de Conduta – TAC junto ao Instituto Estadual do Meio Ambiente – INEA, que é questionado pelo Ministério Público Federal - MPF. Essa pesquisa mobiliza como referenciais teóricos o campo dos conflitos socioambientais da Ecologia Política Latino-americana e da Filosofia da Tecnologia. No que se refere à coleta direta de dados, são realizadas entrevistas semiestruturadas com uma liderança da Colônia de Pesca de Caxias e com a direção da TECMA Meio Ambiente, empresa que foi responsável pelas instalações técnicas da Gás Verde. Uma análise documental compõe a coleta indireta de dados, discutindo-se os processos judiciais e institucionais movidos pelas denúncias de poluição das águas. Dá-se ênfase ao papel do TAC, buscando colocar a prova a hipótese de que sua assinatura reforça a invisibilização da comunidade tradicional pesqueira na região. Como conclusões, discute-se: (1) a judicialização dos conflitos socioambientais; (2) a ideia de falsas soluções para os problemas do meio ambiente, (3) as condições de sobrevivência da pesca artesanal em Duque de Caxias. |
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CORREA, Lorena Lira Vieira. Nos meandros da Tecnonatureza: conflito socioambiental e resistência pesqueira em Jardim Gramacho, Duque de Caxias - RJ. 2021. 93 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2021. |
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