Mídia e construção de espaços seguros no Rio de Janeiro: uma análise sobre as UPPs
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| Data de Publicação: | 2016 |
| Tipo de documento: | Dissertação |
| Idioma: | por |
| Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRRJ |
| Texto Completo: | https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/11550 |
Resumo: | A cidade do Rio de Janeiro é conhecida como uma cidade insegura. A problemática da violência urbana, por sua vez, está além daquilo que é compreendido como crime, mas, sobretudo a mudança de hábitos cotidianos. O crescimento do tráfico de drogas, a partir dos anos 80, na cidade do Rio de Janeiro, levou a uma errada associação, pelo senso comum, de pobreza e criminalidade. O aumento do sentimento de insegurança da população carioca fez as favelas ser palco de diversas experiências de policiamento comunitário, e a mais emblemática delas e com maior alcance é as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi analisar se os jornais O Globo e O Dia constroem as Unidades de Polícia Pacificadoras como um projeto ideal de segurança pública para a cidade, capaz de promover sentimento de segurança aos cariocas, bem como, produzir segurança comunitária. Para tal, foram analisadas reportagens de ambos os jornais, entre os anos de 2010 e 2013. Ao longo dos capítulos, observamos como os discursos proferidos pelos jornais enfatizam estereótipos e representações sociais de favelas como espaços de violência, crime e medo. Os discursos sobre a chegada das unidades relatam benefícios gerados nas comunidades, e a pesar dos jornais relatarem os problemas que envolvem a UPP, eles pouco criticam, efetivamente, o projeto em seu discurso e tampouco a mídia indicou discursos que pudessem instigar a sociedade e o próprio governo a repensar este modelo de segurança pública |
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O crescimento do tráfico de drogas, a partir dos anos 80, na cidade do Rio de Janeiro, levou a uma errada associação, pelo senso comum, de pobreza e criminalidade. O aumento do sentimento de insegurança da população carioca fez as favelas ser palco de diversas experiências de policiamento comunitário, e a mais emblemática delas e com maior alcance é as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi analisar se os jornais O Globo e O Dia constroem as Unidades de Polícia Pacificadoras como um projeto ideal de segurança pública para a cidade, capaz de promover sentimento de segurança aos cariocas, bem como, produzir segurança comunitária. Para tal, foram analisadas reportagens de ambos os jornais, entre os anos de 2010 e 2013. Ao longo dos capítulos, observamos como os discursos proferidos pelos jornais enfatizam estereótipos e representações sociais de favelas como espaços de violência, crime e medo. Os discursos sobre a chegada das unidades relatam benefícios gerados nas comunidades, e a pesar dos jornais relatarem os problemas que envolvem a UPP, eles pouco criticam, efetivamente, o projeto em seu discurso e tampouco a mídia indicou discursos que pudessem instigar a sociedade e o próprio governo a repensar este modelo de segurança públicaCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorThe city of Rio de Janeiro is known as an insecure city. The issue of urban violence, in turn , is beyond what is understood as a crime, but, above all, changing daily habits. The growth of drug trafficking, from the1980s, in the city of Rio de Janeiro, led to a wrong association, by common sense, of poverty and crime. The increase in the feeling o f insecurity of the population of Rio de Janeiro made the favelas are the stage for several experiences of community policing, and the most emblematic of them and with greater reach are the Pacifying Police Units (UPPs). of this In this way, the objective of this work was to analyze if the newspapers O Globo and O Dia build the Pacifying Police Units as an ideal public safety project for the city, capable of promoting a feeling of security for cariocas, as well as producing security community. To this end, reports from both newspapers were analyzed between the years 2010 and 2013. Throughout the chapters, we observe how the speeches given by the newspapers emphasize stereotypes and social representations of favelas as spaces of violence, crime and fear. The speeches about the arrival of the units report benefits generated in the communities, and although newspapers report the problems involving the UPP, they hardly effectively criticize the project in their speech, and neither the media indicated speeches tha t could instigate society and the government to rethink this security model public.application/pdfporUniversidade Federal Rural do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências SociaisUFRRJBrasilInstituto de Ciências Humanas e SociaisSociologiaSegurança públicaUnidades de Polícia PacificadorasSociologyPublic securityPacifying Police UnitsCiências SociaisMídia e construção de espaços seguros no Rio de Janeiro: uma análise sobre as UPPsMedia and construction of safe spaces in Rio de Janeiro: an analysis of the UPPsinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisADORNO, Sérgio. LAMIM, Cristiane. Segurança Pública e Violência: o Estado está cumprindo o seu papel? / Renato Sérgio de Lima , Liana de Paula (organizadores). – 1. Ed., 1 impressão .- São Paulo: Contexto, 2008. “Medo, violência e insegurança”. ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. A indústria cultural – o iluminismo como mistificação das massas. In: Indústria cultural e sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2002. ALBERNAZ, Elizabete; CARUSO, Haydee e PATRICIO, Luciane. Tensões e desafio de um policiamento comunitários em favelas do Rio de Janeiro. Revista São Paulo em Perspectiva, v 21, n 2, p 39-52, jul/dez, 2007 ALMEIDA, Ângela Maria de Oliveira. Abordagem societal das representações sociais. Sociedade e Estado, Brasília, v.24,n.3,p.713-737, set./dez. 2009. BAKHTINIANA, Sobre o acontecimento discursivo em Pêcheux. SP, v. 1, n. 2, p. 165-182, 2º semestre de 2009. BATISTA, Vera Malaguti. Entrevista com Vera Malaguti Batista, divulgada no Blog Vozes da Rua, disponível em <http://a-voz-das-ruas.blogspot.com.br/>. 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A cidade do Rio de Janeiro é conhecida como uma cidade insegura. A problemática da violência urbana, por sua vez, está além daquilo que é compreendido como crime, mas, sobretudo a mudança de hábitos cotidianos. O crescimento do tráfico de drogas, a partir dos anos 80, na cidade do Rio de Janeiro, levou a uma errada associação, pelo senso comum, de pobreza e criminalidade. O aumento do sentimento de insegurança da população carioca fez as favelas ser palco de diversas experiências de policiamento comunitário, e a mais emblemática delas e com maior alcance é as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Desta maneira, o objetivo deste trabalho foi analisar se os jornais O Globo e O Dia constroem as Unidades de Polícia Pacificadoras como um projeto ideal de segurança pública para a cidade, capaz de promover sentimento de segurança aos cariocas, bem como, produzir segurança comunitária. Para tal, foram analisadas reportagens de ambos os jornais, entre os anos de 2010 e 2013. Ao longo dos capítulos, observamos como os discursos proferidos pelos jornais enfatizam estereótipos e representações sociais de favelas como espaços de violência, crime e medo. Os discursos sobre a chegada das unidades relatam benefícios gerados nas comunidades, e a pesar dos jornais relatarem os problemas que envolvem a UPP, eles pouco criticam, efetivamente, o projeto em seu discurso e tampouco a mídia indicou discursos que pudessem instigar a sociedade e o próprio governo a repensar este modelo de segurança pública |
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2016 |
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BRAGA, Maria Manuela Mendonça Ferreira. Mídia e construção de espaços seguros no Rio de Janeiro: uma análise sobre as UPPs. 2016. 94 f. Dissertação( Mestrado em Ciências Sociais) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,Seropédica, 2016. |
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BRAGA, Maria Manuela Mendonça Ferreira. Mídia e construção de espaços seguros no Rio de Janeiro: uma análise sobre as UPPs. 2016. 94 f. Dissertação( Mestrado em Ciências Sociais) - Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro,Seropédica, 2016. |
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